Escola Arcana – A Fundação da Hierarquia

Olá Amigos!

A FUNDAÇÃO DA HIERARQUIA
Mais ou menos pelo meio da época Lemuriana, há cerca de 18 milhões de anos deu-se um acontecimento notável que provocou certos factos.

O Logos Planetário do nosso sistema terrestre, um dos “7 Espíritos perante o trono”, encarnou-se fisicamente e sob a forma de SANATKUMARA -o Antigo dos DIAS ou o Senhor do Mundo – desceu a este planeta físico e aqui ficou desde então.

Em razão da extrema pureza da sua natureza e porque é do ponto de vista humano, relativamente imaculado e portanto incapaz de reagir seja a que for no plano físico, não podia tomar ou ocupar um corpo físico denso semelhante ao nosso e portanto deve agir no seu corpo etérico.

Ele é o maior de todos os Avatares. Atendendo a que é a reflexão directa da grande Entidade que vive, respira e age através de todas as evoluções neste planeta.
AVATAR: na minha opinião será um ser de extraordinária grandeza
que de tempos a tempos vem ao mundo para demonstrar uma determinada teoria,
um determinado tipo de evolução.Considero Buda um dos grandes AVATARES:
Nele nós vivemos, movemo-nos e temos existência e nenhum de nós pode passar para além do Raio da sua Aura. O Senhor do Mundo está relacionado como Logos planetário da mesma maneira que o homem físico está relacionado com a sua mónada ou Espírito Superior.

Com SANATKUMARA veio um grupo de outras Entidades altamente evoluídas que representam as forças emanando dos centros da cabeça, do coração e da garganta do Logos Planetário.
Os seus lugares foram tomados sucessivamente pelos homens logo que estes foram capazes. Mas até muito recentemente só houve um pequeníssimo número da nossa humanidade nesse3s lugares.

Os que formam actualmente o grupo que rodeia o Senhor do Mundo foram recrutados principalmente nas fileiras daqueles que foram iniciados na cadeia lunar ou seja o ciclo de evolução que precedeu o nosso, ou que viriam de outros sistemas planetários, dentro do nosso sistema solar.
O resultado desse acontecimento há milhões de anos foi prodigioso e ainda hoje se faz sentir.

è preciso compreender que o sistema planetário da Terra, e o seu globo denso que é a terra tal qual a vemos e os globos interiores mais subtis, que nós não vemos mas que existem, são para o Logos Planetário o que o corpo físico e os outros corpos etérico, astral e mental são para o Homem-Alma e Espírito.

Aqui nesta Escola a alma está entre o homem físico e o espírito. O espírito é a manifestação superior ou monada e a alma é a manifestação desse espírito noutro plano mais baixo ou material.

Também nesta Escola Jesus e Cristo são Entidades completamente diferentes. Cristo é uma Entidade Superior, entre a raça humana é o Ser mais adiantado;e que conseguiu avançar mais dentro da nossa evolução e já não habita em corpo físico há muito tempo. Há medida que as pessoas vão evoluindo vão vibrando cada vez em corpos mais subtis e é-lhes muito difícil depois tornarem a vir a corpos físicos, porque a vibração é tão baixa que elas não aguentam. Foi resolvido pelas hierarquias superiores que Cristo viesse à terra mais uma vez.

Portanto Jesus durante vários anos esteve preparando o seu corpo físico, viveu até junto dos Ecénios, dizem até que foi à Índia, a fim de preparar o seu corpo físico de tal maneira que pudesse receber Cristo durante um certo tempo. E só o pôde receber durante 3 anos, dos 30 aos 33. E só assim se explica que o corpo de Je3sus tivesse desaparecido depois da morte, porque a vibração de Cristo era tão intensa que destruiu os átomos do corpo de Jesus.

Diz-se que na cabeça do Homem físico há 7 centros de força que estão relacionados com os outros centros do corpo e graças aos quais a força do Ego se distribuiu e circula.

SANATKUMARA, com os outros 6 Kumaras, têm uma posição idêntica. Isto é um pouco confuso de compreender mas se recorrermos à Imaginação e á Analogia, pois o que está em baixo é igual ao que está em cima e, salvo as devidas proporções, o microcosmos reflecte o Macro cosmos, talvez possamos aprender alguma coisa.

Este grupo central de 7, contando SANATKUMARA e os 6 KUmaras que o acompanham são os agentes directos e transmissores de energia, da força, do desígnio e da vontade do Logos Planetário, no seu próprio Plano.

O centro Planetário da cabeça trabalha directamente através dos centros do coração e da garganta e assim dirige todos os outros centros. Isto é uma tentativa de mostrar a relação que há entre a Hierarquia e o Centro Planetário, assim como a estreita analogia entre o método de funcionamento de um Logos Planetário e do Homem-o Microcosmos.

Assim- o 1º resultado desse acontecimento longínquo foi a individualização.

Um abraço
maria

Escola Arcana – Hierarquia

Olá Amigos

HIERARQUIA
HIERARQUIA – é o conjunto, no planeta, das forças do 5º Reino Espiritual.

Trabalho da Hierarquia

– Procura as condições favoráveis ao desenvolvimento da auto-consciência em todos os seres.
– Desenvolve a consciência nos 3 reinos inferiores: Como todos sabem, há 5 reinos na natureza mineral, vegetal, animal, humano e espiritual.
– Transmite aos homens e aos Devas, ou Anjos, a vontade do LOGOS Planetário,e através deste a do Logos Solar.

Um Logos é uma entidade superior que usa como manifestação física um Planeta ou um Sistema, para assim contribuir para a evolução do Cosmos.

O segredo do verdadeiro conhecimento do tipo de energia que o nosso sistema solar deve manifestar, foi retirado aos homens na Época Atlante devido ao mau uso que faziam dos seus conhecimentos superiores. Esse segredo será revelado somente quando a humanidade reconhecer e funcionar como grupo, e só então os problemas mundiais se resolverão.

O homem é demasiado egoísta, mas não há razão para desânimo pois a consciência de grupo já é mais que uma visão e a fraternidade e o sentido de obrigação que ela implica, começam a penetrar a consciência dos homens por todo o lado.

– Um outro trabalho da hierarquia é dar um exemplo à humanidade.
Todos devem saber que a Hierarquia é composta daqueles que venceram a matéria e que chegaram ao fim percorrendo exactamente as mesmas etapas que os indivíduos têm de vencer hoje.

Estes Mestres espirituais lutaram e combateram pela vitória e pelo domínio sobre o plano físico, debateram-se nos mesmos nevoeiros, perigos, dificuldades,sofrimentos e dores da vida de todos os dias.

Percorreram passo a passo o caminho da dor, passaram por todas as experiências, ultrapassaram todas as dificuldades e venceram. Estes Irmãos mais velhos da Raça, sofreram a CRUCIFICAÇÃO DO EU pessoal e conheceram a última e total RENUNCIA que é o prémio de cada aspirante.

Não há agonia nenhuma, nenhum SACRIFÍCIO ARRASANTE, nenhuma VIA DOLOROSA que eles não tivessem atravessado na SUA ALTURA e é nisso que reside o direito que têm hoje de SERVIR, e a FORÇA DA SUA CHAMADA.

Conhecendo a quinta essência da dor, a profundidade do pecado e do sofrimento, os seus métodos podem ser exactamente adaptados às necessidades do individuo;ao mesmo tempo sabendo que a libertação se compra à custa de sofrimentos e do sacrifício da forma física por meio de fogos purificadores, podem actuar com mão firme, continuar e persistir mesmo quando a forma parece ter atingido a medida máxima do sofrimento e o seu AMOR triunfa de todos os falhanços, porque é fundado na paciência e na EXPERIÊNCIA.

Um abraço
maria

Escola Arcana – Os Mestres

Olá Amigos!

Os Mestres – A Hierarquia do Planeta e as Iniciações
Tudo o que irei escrever não está provado por provas concretas e indesmentíveis. Baseio-me nas explicações transmitidas a A. Bailey pelo mestre DJWAL KOOL – o Tibetano – mas tenham sempre presente as palavras do BUDA:
– Só devemos acreditar num escrito, numa doutrina ou numa afirmação, quando a nossa razão e a nossa
experiência íntima as confirmem.

Portanto, eu transmito-vos um resumo do que estudei e li, e cada um é livre de acreditar ou não no que vai ouvindo.
O que mais me seduziu na doutrina da Escola Arcana, foi saber e acreditar que há uma Hierarquia viva no Planeta em que vivemos, que é constituída pelos Mestres da Sabedoria que velam por nós e tentam ajudar a Humanidade.
Não estamos sós, como nunca estivemos e se, durante muitos milhões de anos, os Mestres se mantiveram num relativo silêncio, vivendo um pouco à parte dos homens, hoje vamos aproximando da época em que ELES novamente virão viver entre nós, física e etéricamente, e em que nós seremos capazes de os ver e contactar diariamente com ELES, como já alguns de nós, mais evoluídos, o fazem hoje.
Antes de entrar propriamente no tema Hierarquia, quero lembrar para todos vós a constituição do homem, que é essencialmente tripla:

Assim, temos:

1º A MONADA, ou Espirito Puro, O Pai nos Céus;
O homem só entra em contacto com ela aquando das últimas Iniciações, quando se aproxima do fim da sua viagem e se tornou perfeito.

2º O EGO, ou Eu Superior, ou a Individualidade, ou a Alma.
O Ego começa a fazer sentir o seu poder nos homens avançados e de maneira crescente, ainda sobre o Caminho da Provação, até que à 3ª Iniciação, o domínio do Eu Superior sobre o Eu Inferior seja perfeito e que o aspecto mais elevado comece a fazer sentir a sua energia.
O Ego reflecte-se na 3ª junção ou Personalidade, ou Eu Inferior – o Homem sobre o Plano Físico.

Este aspecto do homem físico é triplo:

Corpo Mental – ou Manas Inferior
Corpo de Desejos – Corpo Astral
Corpo Físico e Corpo Etérico – ou corpo físico denso.

A evolução tem por fim levar o homem à realização do aspecto Egoico e de submeter a natureza inferior à sua vontade.
Isto vai-se fazendo ao longo de inacreditável número de vidas e de reencarnações e, à medida que vamos passando pelas diversas Iniciações de que falarei mais adiante.
Para melhor compreender certos factos devo relembrar o seguinte; que vem explicado em vários livros de ocultismo da nossa época e sobre o que é bom reflectir:

“Em 1º Lugar: – Para crear o Sol e os 7 Planetas Sagrados que compõem o nosso Sistema Solar, o nosso LOGOS Solar empregou a matéria que já possuía determinadas qualidades, adquiridas em evoluções anteriores, pois como sabem, nós encontramos-nos a meio do caminho: já vimos de qualquer lado e iremos para outro a partir daqui.

Em 2º Lugar: – Toda a manifestação é de natureza Setenária e a Luz Central, que chamamos Deus, o único Raio da Divindade, manifesta-se primeiro como triplicidade e depois como Setenário – O Deus Único manifesta-se por Deus Pai – Deus Filho e Deus Espírito Santo, e estes três são de novo reflectidos pelos “Sete Espíritos perante o Trono” – ou pelos sete LOGOS Planetários.”

O Raio Único, que se manifesta pelos 3 Raios Maiores e os 4 Raios Menores, formando assim o Divino Setenário ou Sete Raios.
O Raio que os sintetiza todos é o grande Raio AMOR-SABEDORIA; porque Deus é Amor.

” 3º Lugar: – Os 7 Planos de Manifestação Divina ou os Sete Planos Maiores do nosso sistema solar, são apenas os 7 sub-planos em que se divide o Plano Cósmico mais baixo.”

O assunto é de uma complexidade extrema e apenas podemos ficar com uma ideia geral do plano – se pensarmos que só os mais elevados dos Anjos e dos seres Perfeitos começam agora a conceber a estrutura real do Plano – e que o Homem médio, a cuja categoria pertencemos, só é plenamente consciente no Plano Físico, parcialmente no Plano dos Desejos e Emoções, e que apenas começa a desenvolver a sua consciência no Plano Mental é evidente que a compreensão dos dados cósmicos poderá apenas ser rudimentar. A nossa capacidade de compreensão é muito limitada e aquilo que aceitamos como um facto sob o ponto de vista humano, pode não o ser sob o ponto de vista da Hierarquia, que é composta de Seres muito mais evoluídos.
Assim, nós não podemos ainda compreender o princípio que opera através do caleidoscópio incessante dos sistemas solares, dos raios, das hierarquias, dos planetas, dos planos, dos sistemas de Evoluções, das raças e sub-raças, que nos parecem incompreensíveis, mas que para os Mestres se sucedem em ordem e segundo o plano previsto.

Um abraço

Maria

Plano Astral

–    O nome  “Astral ” deriva de “estrelado” pois os primeiros ocultistas ficaram maravilhados com a luminosidade deste plano, no qual existe também maior variedade de cores do que no nosso plano.

–    O Plano Astral é o plano imediatamente a seguir ao nosso plano físico onde vivemos com consciência.

–    E o Plano onde tomam forma os nossos desejos.

–    Os objectos astrais não duram mais tempo do que os objectos do plano físico.Todos os objectos físicos, todas as partículas da nossa matéria têm o seu duplicado astral.

–    Os habitantes deste Plano têm o poder maravilhoso de mudar constantemente de forma, com enorme rapidez, e de exercer uma espécie de magia ocasional sobre aqueles à custa de quem se querem divertir.

–    A faculdade de ver neste plano é diferente da física, e mais desenvolvida, pois um objecto é como que visto ao mesmo tempo por todos os lados ; mas é muito frequente os principiantes errarem ao descreverem o que vêm, quer porque vêem imagens aparecem invertidas, por exemplo: a pessoa pode estar a ver no astral o número 139 e a realidade ser o número 931.

–    A maneira mais corrente de desenvolver a vidência no astral, é concentrar o olhar num cristal. No entanto, os discípulos orientados pelos seus Mestres vão crescendo progressivamente, sem erros e com segurança, de modo que é preferível esperar pela evolução natural.

O ficheiro pdf apresenta de forma esquemática do Plano Astral.pdf

A PAZ esteja convosco.

TEOSOFIA

A grande impulsionadora a fundadora da “Sociedade teosófica” foi uma mulher russa de nascimento, de linhagem nobre, chamada Helena Petrovna Blavatsky. Foi ela que descobriu na Índia, ainda criança, aquele que é conhecido como Krishnamurti. Ele foi ensinado e treinado dentro da sociedade teosófica, sendo tido pelos membros como o “Grande Mestre” da actualidade. O seu nome nessa altura era Alcione.

Mais tarde, Alcione, traumatizado pelo choque da morte do seu irmão mais velho, tem uma crise existencial, revolta-se contra a Sociedade Teosófica e, após uma fase de interiorização e solidão, decidiu tornar-se dissidente da teosofia e propagar os seus próprios ensinamentos, com o nome de Krishnamurti.

Blavatsky morreu em 1981, tendo deixado os seguintes livros: “Doutrina Secreta”, “Isis sem Véu” e “Chave da Teosofia”.

Para além de Madame Blavatsky, outros membros da Sociedade tiveram uma projecção bastante grande, devido à sua evolução, aos seus dotes de clarividencia (microscópica) e devido aos livros que escreveram.Entre eles destacamos : Annie Bessant, A. Sinnett, W.C.Leadbeater etc

Um abraço
Maria

Mandamentos e Tradições

Amigos
Como o Abrame tornou público mais uma das suas divagações de análise espiritual aproveito a oportunidade para transcrever mais um texto a que ele chamou ” Mandamentos e Tradições “.

Ditos de Jesus

Sempre, em todos os tempos, vieram ao mundo seres espirituais em missão de ajuda à humanidade para que esta pudesse encontrar caminhos que permitissem desenvolver com maior brevidade a sua evolução.

Para além de outros avatares também Moisés, os profetas, Jesus e os apóstolos, nas suas missões de ajuda, estabeleceram à humanidade condutas de comportamento justas e harmoniosas, em face do lento evoluir do homem, em conformidade com a espiritualidade alcançada pela sua alma naquele momento.

Mas os homens, em suas várias interpretações, foram aqui, ali e acolá adaptando os ensinamentos recebidos através do intelecto de acordo com os seus interesses, significados próprios e adaptações à sua vida do dia-a-dia de vaidade e de orgulho religioso, transformando-os em tradições convenientes à sua imagem e semelhança, ficando no esquecimento os valores divinos.

Cumprindo a tradição, o homem foi esquecendo os valores profundos do religar do templo, preso a dogmas e mais preceitos humanos, exercendo o culto exterior, deixando assim desse modo o interior cheio de rapina e podridão.

Por esse motivo diz Jesus: “sois semelhantes a sepulcros caiadas por fora e podres por dentro”. (Mateus 23-27) e, deste modo, tudo serve e vai servindo ainda hoje para contradizer os valores anunciados por Jesus, para justificar as consciências daqueles que  servindo-se da mentira e do engano, puxam a brasa às suas conveniências.

Comer o pão sem lavar as mãos representa, no seu entender, um grande pecado, que grande ofensa a deus! Tal como hoje, não se chama pecado comer o pão do suor alheio, mas comê-lo sem lavar as mãos é crime de bradar aos céus.

A tradição domina; comer à mesa da comunhão  humana bem apetrechada e suculenta  com as mãos lavadas e cheirosas de desinfectantes, é ter a certeza de que dali se sai limpo de pecado.

Não é que se deva comer sem lavar as mãos. Por uma questão de higiene é absolutamente aceitável, mas até ser isso um conceito divino a nível de pecado é menosprezar a inteligência que deus nos deu.

A tradição assim manda. Tratam-se dos templos de pedra com adornos, flores e passadeiras, num esmero sofisticado, num fausto impressionante, com pobres cada vez mais pobres, enfermos que sofrem e desprotegidos que choram.

Para isso ninguém olhou como causa de grande pecado do egoísmo, produto da ignorância espiritual do homem.

Desde que tudo brilhe, pelo requinte e riqueza e hajam sinos e música, dando vida barulhenta ao culto exterior espectacular, para aderência de adeptos, esquecem-se as misérias humanas e o ensinamento de Jesus ao dizer-nos: “que o reino dos céus está dentro do homem.”

Cumprida a tradição, ficam os momentos de prazer e de satisfação da festa participada que subtraem os valores espirituais do mandamento.

O mandamento é de deus e deus não se vê porque é espírito, segundo nos disse Jesus. A tradição é dos homens, e por isso a tratam com desvelo.

Não será coerente que numa humanidade adulta, consciente do seu objectivo espiritual, os proventos disponíveis devessem ser canalizados para lares de terceira idade, para crianças órfãs e desvalidos, bem como assim para a construção de hospitais, escolas e bibliotecas, etc. Onde o homem pudesse aprender e, por si só, ascender à compreensão do ser?

Pois será! Mas se o dinheiro fosse para isso, como se fomentariam e financiariam as guerras, como se poderia espalhar, pelo mundo fora, a droga leve e pesada, que degrada o homem e é motivo de tanta miséria? Como se poderia, sem dinheiro, espectaculizar as grandes cerimónias de faustos exteriores das diversas espiritualidades mundiais?

Tudo isto em benefício apenas de alguns, não obstante haver muitos homens e mulheres de boa fé, trabalhando nesse sentido, pensando estar a contribuir para o bem de seus irmãos.

Jesus alertou-nos para termos cuidado com os falsos profetas.

O mundo, no tempo de Jesus, não difere do nosso na observância destes conceitos.

Não compreendendo a mensagem espiritual porque impeditiva dos vários interesses em jogo, usa-se e abusa-se através de tudo que possa dar prazer e fomente o poder do ter.

Em todas as classes sociais, sem excepção, a perversão de carácter salienta-se de maneira tão sofisticada, que é preciso andarmos no mundo bem atentos e cautelosamente despercebidos, para se poder fazer alguma coisa.

A lei implantada é a de salve-se quem puder, pois em qualquer actividade o homem se confronta com outros homens que para atingirem os seus objectivos, não olham a meios.

Como as leis divinas têm um outro fundamento em que vigora o amar a deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo, há que ignorá-las porque não servem ao mundo de competição actual.

Fariseus anónimos surgem-nos de todos os lados com perguntas insidiosas, escribas pervertidos na busca de sensacionalidade desnaturam a missão da imprensa, falsos profetas e obreiros fraudulentos especulam com as coisas mais sérias, não tendo em conta o sacrifício daqueles nossos irmãos que, em missão de solidariedade e fraternidade, vieram ao mundo, no anseio de elevar o nível de conhecimento espiritual da humanidade a fim de evoluir para um estado de fraternidade tendo como princípio a doutrina crística do amor a deus e ao próximo.

Mas quando surgem os festejos, espectáculos de tradição religiosa, lá estão eles, todos pressurosos, engordando seus proventos mercantilmente.

Foi exactamente por isso que Jesus, entrando no templo e deparando-se com aquele negócio infame da venda de pombos destinados à prática de sacrifícios e câmbio de dinheiro, não pôde conter a sua indignação, e, exaltando-se, volteou com energia sobre a cabeça uma dobra de cordas, espalhando assim o caos com o derrube de mesas, libertando animais e provocando a queda das moedas por todo o pavimento.

Jesus bem compreendeu a sinuosidade daquelas mentes dominadas pelo príncipe deste mundo quando disse: ” este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. ” (seg. Mateus 15,8).

A misericórdia, salvo raras excepções, não mais alimenta os corações e a fé, por assim ter deixado de aquecer as almas com a sua chama vivificadora, porque a palavra divina foi invalidada por causa de interpretações e conceitos tradicionais.

Os profundos ensinamentos de Jesus estão envolvidos na neblina cerrada dos interesses mundanos que, baseados nos preceitos deteriorados, consagraram a tradição religiosa servindo os interesses egoístas e olvidando o sentido profundo de desenvolver em nós a capacidade de amar todos os seres viventes como manifestação divina, a exemplo do que o espírito ensinou a Abraão, a Moisés e que Jesus tão bem nos transmitiu.

Dir-se-à! Muita coisa se tem feito em benefício dos mais desfavorecidos, que não têm pão para a boca e  tecto para dormir.

É verdade que sim, e devemos honrar e exaltar as excepções porque é um dos deveres de honestidade  e de amor por quem sofre. Mas não se pode, no entanto, esquecer a reciprocidade monetária, pois que, de uma maneira geral, só servem àqueles que podem pagar ou têm bens para doar.

Tenhamos perseverança, porque nada se perde. Tudo tem uma razão de ser e a justiça divina é bem infalível, visto tudo estar previsto com perfeição na creação.

Quando o sol se esconde no horizonte, o planeta é envolvido em escuridão, tudo lembra caos. Mas, mais adiante, surge a alvorada e o mesmo sol ilumina o mundo e dá-lhe vida.

A uma época de miséria física e moral, sucede outra de fartura e de bem estar, assim como às seis vacas gordas, sucederam as magras, e tal como josé assim interpretou no sonho do faraó, as espigas bem gradas vieram substituir as deterioradas.

Segundo o que está escrito, estão chegados os tempos da colheita, e para isso haverá a separação natural do trigo do joio.

A uma época de provação sucederá uma de regeneração. Sem qualquer dúvida, cá estaremos todos, uns e outros, para ver e viver.

E tudo isto com base em mandamentos/tradição.

São os dez mandamentos trazidos por Moisés do monte Sinai, atribuídos a mensagem directa de deus, que visa a ética.

Moisés tinha necessidade de leis morais para conter as negatividades daquele povo judaico que, por analogia, se pode atribuir à humanidade em geral em termos de imoralidade, de possessão e de adoração de falsos deuses, a fim de que os pudesse conduzir a uma existência de valores superiores.

São conceitos que não foram interiorizados espiritualmente para modificação do eu inferior, mas sim observados no rigor do comportamento exterior, de tal forma drásticos, que levava ao extremo do apedrejamento até à morte do infractor.

Era a lei de talião, que interpretavam de acordo com as suas conveniências, em cuja sagacidade e hipocrisia eram peritos. E ainda hoje assim é, visto não haver grande diferença da actuação do intelecto, ao serviço do ego humano.

E ainda hoje existe na humanidade, para nossa vergonha, a pena de morte.

Depois de séculos de ignorância, surge-nos em determinado tempo, Jesus, o arauto do amor, e porque não vindo revogar a lei ou os profetas, mas levá-los à perfeição, explica ao homem que deus é amor e que só através do perdão o ser se redime, na compreensão de que somos todos irmãos e que a lei abrange não só um povo – o povo de Israel – mas a humanidade toda.

E diz-nos, buscando o que estava escrito há séculos: ” amarás o senhor teu deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua força e de todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo.”

Para que isto se possa conseguir é necessário que   o homem se consciencialize, cumprindo a tríade  dos deveres indispensáveis, fazendo deles a sua ética.

1º para com deus
2º para consigo mesmo
3º para com o próximo

Nisto resumiu Jesus a lei e os profetas.

Sendo deus o autor da nossa existência, o nosso verdadeiro pai, devemo-nos dedicar primeiramente a deus, com todos os nossos haveres, a nossa própria vida.

Os deveres do homem estão em relação com o seu grau de entendimento, com as suas aptidões físicas, intelectuais e psíquicas. É preciso que se instrua em espírito e verdade porque lá está o ensinamento que manda que é preciso que em primeiro lugar procures as coisas do espírito.

Ninguém pode dar o que não tem, mas é fora de dúvida que devemos dar a deus tudo o que temos, pois, verdadeiramente, nada é nosso porque tudo o que temos foi-nos outorgado por ele como merecimento ou teste e sempre que damos algo a qualquer ser vivente, o estamos a fazer ao próprio senhor de tudo.

É do cumprimento desses deveres em consciência que começa a felicidade.

Satisfeitos os deveres que temos para com deus, ocorre-nos tratar daqueles que se relacionam com a nossa própria individualidade. E essas obrigações são de natureza material, intelectual e espiritual.

O homem vem aos mundos da forma para, em contacto com a matéria, progredir e esse progresso depende do bom emprego que possa fazer do tempo reencarnatório para zelar e proteger o seu corpo, proporcionando-lhe a natural manutenção de saúde e cultivar a alma, que é sua real individualidade, sem detrimento um do outro.

Pela mesma maneira, lhe cumpre fazer para com o seu próximo.

Próximo é aquele que se aproxima de nós, seja em corpo material ou espiritual.

Há próximos que estão longe de nós estando tão perto e próximos que estão tão perto estando longe.

No âmbito da alma, age a lei da similaridade.

No terreno da matéria, a lei da atracção.

Os principais próximos são aqueles que nos estão ligados pela lei da afinidade psíquica.

O homem que cumpre o seu dever, a nada mais fica obrigado. Quando o homem faz o que pode, deus faz por ele o que ele, por si mesmo, não pode fazer.

Por isso nos diz Jesus: ” as obras que eu faço não sou eu que as faço mas o pai é que faz as obras, de mim mesmo eu nada posso fazer “. (João 14,10-12)

Feliz daquele que faz tudo o que pode e deve fazer, pois esse é o bom emprego do talento, que leva à aquisição de outros muitos talentos porque o retorno é sempre pródigo.

Pois três são os deveres indispensáveis do homem: para com deus. Para consigo mesmo e para com o próximo.

O chamado preceito consciencial é este: ama a deus, ama a ti mesmo, ama o teu próximo, instrui-te e procura também instruir os seres viventes que são teus irmãos, porque deus, nós e toda a creação são um.

Faz tudo isso com todo o teu entendimento, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e estarás com o pai do céu, como lhe chamou Jesus.

Este é o mandamento supremo que todo o homem deve consciencializar, recebendo-o do espírito de deus pois ele mostra-nos a genuinidade divina.

15-09-1980 Abrame

Do vosso amigo com sentimentos fraternos. Hermes

Teosofia – Annie Besant

Olá amigos!

TEOSOFIA

A Sociedade Teosófica foi organizada em Nova Yorque em 1875. O objectivo dos seus fundadores foi experimentar na pratica os poderes da natureza e disseminar entre os cristãos as informações e conhecimentos das religiões do Oriente. A Sociedade não possui uma sabedoria própria a defender ou ensinar. É simplesmente o receptáculo de algumas verdades emitidas por grandes videntes, iniciados e profetas das idades históricas (e até pré- históricas). Muitos membros da Sociedade Teosófica visitaram a Índia; muitos nasceram na Índia e presenciaram muitas demonstrações (umas verdadeiras e outras falsas) de poderes para-normais. A referida sociedade contou e conta com milhares de adeptos espalhados por quase todos os países. Os membros  budistas e bramanes chegaram a ser mais numerosos do que os europeus. Formou-se uma Liga Internacional e agregou-se ao nome da Sociedade o subtitulo de “A Fraternidade Humana”.

Depois de variada correspondência trocada entre a Sociedade e a Arya-Samaj, fundada pelo Swami Dayanand, fundiram-se ambas e o Conselho Supremo de Nova Iorque decidiu enviar uma delegação especial à Índia, para estudar o terreno do sânscrito, língua em que foram escritos os “VEDAS” e relativamente aos manuscritos e fenomenologia do Yoga. No dia 17 de Dezembro de 1878, a Delegação por 4 pessoas, saiu de Nova Yorque com destino a Bombaim, onde desembarcou em Fevereiro de 1879.

O nome “Teosofia” data do Séc. III da nossa era. “Teo” significa Deus e “Sofia” significa ciência, estudo. Por isso Teosofia designa o estudo ou a ciência de Deus. As primeiras pessoas que a utilizaram foram Ammonio Saccas e os seus discípulos, que fundaram o sistema Teosófico  Eclético.

Os objectivos da Teosofia são vários; porém os maia importantes de todos são aqueles que possam contribuir para o alívio do sofrimento humano sob qualquer forma, tanto moral como fisicamente; tem que inculcar a ética e purificar a alma se deseja aliviar o corpo físico, cujos transtornos, exceptuando-se em casos acidentais, são hereditários.

Os seus ensinamentos não são novos, tentam confirmar e apoiar os pergaminhos salvos na ocasião do incêndio da Biblioteca da Alexandria; a tradição universal existente tanto na China como no Japão; a tradição existente na Índia, cujos verdadeiros comentários secretos,que explicam Os VEDAS (a mais antiga escritura sagrada conhecida até hoje)ainda não estão visíveis para os profanos, mas estão à disposição dos Iniciados em furnas e criptas secretas; e as crenças budistas.

Cada culto religioso ou filosófico antigo, compreendia um ensinamento esotérico (ou secreto só para iniciados – chamado interno) e um culto exotérico (ou público – chamado circulo externo). Os Mistérios dos antigos compunham-se em “Maiores”(secretos) e “Menores” (públicos), como nas famosas solenidades chamadas na Grécia: Eleusinas.A partir dos Hierofantes de Samotrácia,  Egipto ,os Bramanes iniciados da antiga Índia e até os Rabinos Hebreus, todos, temendo a profanação ocultaram as suas verdadeiras crenças. Também o Budismo do Norte tem os seus “veículos”  “maiores” e “menores”, conhecidos como Mahayana (esotérico) e Himayana (exotérico), que são duas escolas.

Pitágoras denomina a sua “Gnosis” como ” o conhecimento das coisas que são” e reservaesses ensinamentos apenas para os seus discípulos, que haviam jurado segredo sobre os mesmos. Em resumo: Teosofia é a Religiãoda Sabedoria. Sendo que a palavra”Religião” significa “re-ligar”, a Teosofia seria a  re – união com a Sabedoria.

A posição da Teosofia em relação ao Espiritismo é a seguinte:

“….aqueles a quem os milhões de espíritas chamam Espíritos dos Mortos nos quais a igreja romana vê os demónios de Satanás, não vemos uma coisa nem outra, damos a eles o nome de Dhyan Choans, Devas, Pitris Elementais (superiores e inferiores), por vezes imperfeitos, mas nunca santos.” (revista Lucifer).

A Teosofia debruça-se ainda sobre o matrimónio, educação, alimentação,etc. Talvez pelas razões atrás expostas (ocultação da verdadeira sabedoria) tanto quanto sabemos a generalidade dos ensinamentos de Teosofia, embora clarificando e aprofundando bastante os ensinamentos espirituais, está altamente intelectualizada, não havendo praticas reais e efectivas que conduzam à evolução interiorizante espiritual.

Há vagamente a existência dum grupo restrito (esotérico), de elite, com actuação pouco prática no que respeita à evolução da alma.

Existem vários “ramos” de estudo, ocupando-se de discussões meramente intelectuais.

No entanto, reconhecemos o valor dos seus ensinamentos e por isso os difundimos. Pois eles trouxeram ao Ocidente uma sabedoria incalculável.

Estão descritos alguns destes ensinamentos já no fórum como:

PRANA

ANIMAIS

VEGETAIS

MINERAIS

MORTE ACIDENTAL E SUICIDIO

MORTE NATURAL

REENCARNAÇÃO

CENTELHA

EVOLUÇÃO HUMANA

O BEM E O MAL

A LEI DO SACRIFICIO

FINAL DA EVOLUÇÃO HUMANA

Bibliografia: Doutrina Secreta)  }      H. P. Blavatsky

Doutrina Teosófica}

Sabedoria Antiga de Annie Besant

Maria

Vida terrena – destino – comunhão com Deus

Amigos

Por o Abrame ter trazido a lume outro texto a que deu o título de -vida terrena-destino -comunhão com deus – transcrevo-o para vossa apreciação.

“vida terrena- destino – comunhão com deus”

ditos de Jesus

No evangelho de João está escrito: tornou pois Jesus a dizer-lhes “em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas – todos quantos vieram antes de mim eram ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram – eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, salvar-se-á e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (jo10,7-10).

Eis, nestas frases, a extrema sabedoria de Jesus que, em simples e poucas palavras, expressa a trajectória da alma humana, desde a sua creação até à culminância espiritual da evolução hominal.

Pela análise que temos feito “Jesus” foi o nome que lhe foi atribuído pelos seus pais.

“Cristo” é a palavra grega que ao ser traduzida do sânscrito e do aramaico por tradutores gregos quer dizer textualmente – messias – pois estava profetizado, no chamado velho testamento, a vinda de um  messias, ungido, escolhido,  cujas palavras são sinónimos.

Das duas palavras “Jesus Cristo nada mais se pode acrescentar, a não ser que Cristo é o messias que simboliza a doutrina que veio pregar ao mundo e que se baseia no amor a deus e ao próximo como a si mesmo.

Quando Jesus profere as palavras acima descritas no evangelho de João quer apenas dizer: se seguires a doutrina que vos ensino chegareis à vida com abundundâcia – a vida eterna.

Quando dizemos que alguém é cristão, queremos dizer que esse alguém segue a doutrina do messias, ou quando dizemos que alguém se cristificou, queremos dizer que a alma desse alguém se identificou com a doutrina do messias Jesus, que, pela iluminação da sua alma, se tornou um com deus.

É por isso que, ao ser inquirido de estar a destruir a lei, ele respondeu: “não penseis que vim revogar a lei ou os profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. ” tudo se encontra em evolução.

Entendamos por:  vida:  a verdadeira, a infinita, aquela que a alma veio ultrapassando na morte e nos renascimentos nos mundos da forma e em outras dimensões, para além da terra e de transcendência infinita.

-por destino do ser: a programação sistemática ao longo dos milénios por exigência evolutiva de vidas sucessivas na procura gradual da sua identidade perdida.

-por ovelhas: a multidão de almas humanas das diversas humanidades que percorrem o caminho da experienciação da creação, obtendo por mérito próprio o conhecimento das leis divinas que as leva a compreender a regência universal de tudo que foi creado.

E despojando-se a pouco e pouco da materialidade que as tráz prisioneiras das solicitações inferiores, esforçando-se   por purificarem-se, conduzir-se-ão ao objectivo da perfeição e da verdadeira sabedoria como filhos de deus, ou seja, à vida em abundância.

A vida na terra, a material no mundo da forma tal como todos os outros mundos similares do cosmos – é para a alma creada em condições de simplicidade e ignorância, (pois era pura e inocente no acto divino da sua creação)  e  define-se como a estância universitária da sua aprendizagem.

Há dois tempos de vida: aquela que é vida na morte como transição a outras dimensões estagiais da evolução e aquela outra vida que representa o estado de consciência adquirida na culminância da primeira, de que deus é absoluto e que o ser é parte integrante do todo divino.

Há pois duas fases da vida, porque a vida é só uma. Tudo depende da passagem de completa ignorância para a de completa sabedoria, ou seja, a transição da inconsciência de si mesmo para a consciência de quem é.

O intervalo é grande, por isso os milénios se justificam visto que a alma tem que percorrer vários planos inferiores, minerais, vegetais e animais e só quando atinge o hominal está em razoáveis condições inconscientes para a transição para a semiconsciência, transitando depois de muitas reencarnações para o normal exercício da consciência. Mais tarde advirá a  super-consciência, e só muito perto da culminância hominal será senhor da supra-consciência.

No princípio a terra deveria ter sido como um paraíso pois os seres, na sua inconsciência, não conheciam o bem nem o mal e desse modo viviam naturalmente.

O sol nascia e iluminava a terra, e as almas viventes apreciavam as belezas que ela continha e serviam-se de tudo o que se lhes deparava bem como do alimento que estava ao seu alcance e refrescavam-se nas águas límpidas e frescas que jorravam pelas encostas das montanhas.

A propagação da espécie humana era absolutamente natural e acontecia obedecendo à lei da atracção sem que isso tivesse qualquer efeito pejorativo. Era o desenrolar da continuidade da formação dos corpos densos que servem a alma, a individualidade humana na sua evolução.

Depois o astro luminoso ausentava-se e vinha a noite, o escuro. E aí, os seres juntavam-se e recolhiam-se nos abrigos que a terra lhes proporcionava, e nesse silêncio profundo, por vezes temeroso, pelo estrugir dos raios, da chuva intensa e dos abalos naturais de transformação em que o planeta se encontrava, surgia a intuição de que um sentimento dentro  deles se manifestava, levando-os a sentir que algo de superior existia para além deles.

Nas fases tão diversas da vida terrestre, a pureza da alma simples e ignorante foi dando lugar a que naturalmente se fossem criando sentimentos inferiores, também tão diversos e nefastos que, com o andar dos tempos, se foram sucedendo e deram lugar ao aparecimento de inferioridades malsãs ainda tão conhecidas no nosso estado evolutivo.

Na alegria e na tristeza, na abastança e na miséria, na velhice e na mocidade, na saúde e na enfermidade, na ignorância e na sabedoria, na vida e na morte, a alma pode, por momentos, paralisar a sua inevitável marcha ascensional à procura da verdade, mas não se furta ao seu destino.

A sabedoria infinita da lei de causa e efeito existente intrinsecamente na creação, projecta acontecimentos vividos do nascimento à morte na vida terrena, estendendo-se pelo futuro e, na sua plenitude, garante os horizontes da vida eterna.

Nós, homens e mulheres, tenhamos esperança e lutemos pela obtenção consciente da concretização do estado de fé, na observância das leis divinas.

A vida nos mundos da forma é luta acérrima para a conquista da consciência do que é deus e do que somos nós, porque deus quis que o nosso destino fosse belo e grandioso e por isso o mostra com promissoras felicidades, baseadas na perfeição e sabedoria, não obstante os ladrões que vêm até nós.

No caminho palmilhado por jesus sob a égide da missão que lhe foi outorgada, ele é o mestre precursor do caminho que conduzirá o ser à consciência da sua natureza espiritual, ou seja, o seu destino.

Jesus nos guia para o destino, e o destino que deus creou  e nos aguarda é o da vida eterna onde reina a perfeição, a sabedoria e a luminosidade em plenitude.

Em determinada altura ele nos diz que é luz e que nós somos luz. Saibamos visualizar esse destino, traçando a nossa conduta com os ensinamentos que ele nos legou, porque a luz atrai a luz e só seguramente, através dessa luz, obteremos a vida em abundância.

O escopo da vida na terra é o aperfeiçoamento da alma. E ele nos anima e aconselha ” sede perfeitos como vosso pai é perfeito nos céus.”

Aquele que deste modo compreende, eleva-se, dignifica-se
e livra-se dos entraves materiais ultrapassando as zonas do sofrimento e da dor causados por si próprio, produto das suas acções que provocaram reacções e deram lugar à interacção, e alcança a felicidade eterna.

Todo aquele que assim não quer compreender, rebaixa-se, desmoraliza-se, e, absorvido pelas paixões terrenas, desce aos   abismos do sofrimento, e não pode furtar-se a erguer-se para  ter que experienciar o produto da sua ignorância e reparar as ignomínias que produziu através das transgressões das leis divinas em vidas na morte.

Quem vive da carne para a carne morre, quem vive do espírito para o espírito é imortal, entenda-se.

E compreenda-se: lutas, vaidades, orgulhos, ódios, invejas, violências, mal quereres, são luz de consciência para os vivos e negros cemitérios para os mortos.

Há os que alcançaram a essência dos ensinamentos de jesus e conservam-se calmos e resistentes às tentações, acima das misérias criadas pelas estruturas sociais do homem que levam à ganância desenfreada; outros porém, jazem sob os escombros de vendavais implacáveis dessa mesma maneira de compreender o mundo e são pasto dessa calamidade de trevas a que chamam adversidade.

Na moeda existem duas faces, como em tudo quanto deus creou. Cada moeda tem sua própria cotação de valor. Ora é elevada, ora é baixa.

Elevada ou baixa, ela será sempre uma moeda. Nada se perde por essa valorização ou desvalorização para se poder chegar à incógnita da perfeição espiritual, porque a alma é imortal.

A lei divina vê passar impassível o tempo, as gerações, as tranformações, as humanidades, as casas planetárias para os seres experienciarem, estando tudo previsto na vida que lhes deu; mas permanece bem inflexível, porque tudo creou com o objectivo do aperfeiçoamento inevitável e seguro do ser, de gerações em gerações consecutivas, na sua acção lenta, mas inexorável, decisiva e depuradora.

Os transgressores da lei descem, porém, às profundezas das paixões vis que contêm, como resposta, o sofrimento e que através da dor sobem à plenitude da imortalidade, devido a que a morte, a inexistência de alguém existente, não existe, porque deus é amor.

Nós somos almas repletas de energia e essa energia tem a sua própria frequência. Ela está vibrando de acordo com a lei da afinidade e vibra em consonância com a nossa evolução que, por sua vez, se harmoniza com os seres e as dimensões da escala evolutiva afim.

E assim logo se percebe que os seres que atingiram determinadas vibrações pelo conhecimento e cumprimento da lei, têm em si vibrações que as levarão, pela afinidade, ao puro convívio de outros seres estabelecidos em dimensões que estão de acordo com as particularidades da alma que chega.

O mesmo acontece para aqueles que ainda não atingiram os predicados espirituais elevados indo pois ser acolhidos na dimensão correspondente à sua frequência vibratória onde a vida se manifesta com ambientes trevosos e desoladores.

A vida na terra é uma ilusão para aqueles que acham que quando a morte corporal chega não há mais nada. A vida no reino dos céus é eterna e só se manifesta visível ao homem no cumprimento da lei.

Por isso Jesus nos ensina: “buscai primeiro o reino dos céus e a sua justiça, que tudo o mais vos será dado por acréscimo.”

Por tudo isto, está escrito na narração dos evangelhos que muitos dos seus discípulos se retiraram, e não andavam mais com ele.

Perguntou então Jesus aos doze: “quereis vós também retirar-vos?” Segundo consta respondeu-lhe Simão Pedro: “senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna, e nós temos crido e conhecemos que és o santo de deus.”

Se o homem não fosse imortal, a existência humana não tinha qualquer sentido, pois deus não seria o deus de amor, porque tudo tinha sido creado para nada, sem qualquer objectivo que merecesse essa creação.

Por isso a imortalidade representa a luz da vida, a alma da nossa alma, a esperança do nosso anseio de perfeição e sabedoria, a razão da sublimação do amor.

Logo, sem a imortalidade, não podia haver alma, e, sem alma, não haveria individualidade, esperança e amor.

A imortalidade é o fim racional e lógico do nosso viver, o alicerce, a rocha viva, é o farol luminoso da alma que, ao imortalizar-se por ter atingido a culminância da evolução hominal se ilumina com toda a sabedoria, desnuda a verdade, e lhe dá prontamente a conhecer todos os segredos dos nossos destinos, envolvendo-nos com o brilho do amor divino que brilha na fronte dos justos.

Portanto, faz-se mister que procuremos a imortalidade, para podermos cientificarmo-nos nas palavras de Jesus.

Ele incita-nos a procurarmos a imortalidade, porque ela é básica na nossa ascensão e porque ela existe e está lá à nossa espera. Haja fé e saberemos que é uma realidade. Somos seres espirituais em evolução imortal.

Não basta atender ao chamamento da religiosidade sem conhecer para perceber, e temos a dificuldade de prosseguir sem a certeza da existência real da imortalidade. É pois preciso a convicção, comprovada pela vivência interior, do divino, do prosseguimento da vida além túmulo.

A essa vivência chamou-se fé.

O termo ” vida eterna ” é das maiores preciosidades que Jesus nos legou.

Só assim entendemos a frase: só tu tens palavras de vida eterna.

O mestre obrou maravilhas, como é de todos conhecido através de relatos da sua vida. Seria por essas maravilhas que os apóstolos o seguiam? Ou seria porque só ele tinha palavras de vida eterna?

Vida eterna é o anseio de todo o ser. Instintivamente, o homem, neste mundo, luta contra a chamada morte porque quer viver e dela tem horror.

Tudo que é material se desagrega e desaparece, mesmo as maravilhas que o homem constrói. Só a vida eterna é infinita.

Quando Pedro respondeu a Jesus, ele já tinha presenciado, na companhia de Tiago e João, a vida eterna quando, no tabor, Jesus se transcendeu e ficou acompanhado de Moisés e de Elias envolvidos nas suas almas translúcidas.

A vida eterna é o princípio básico da vida, quer na terra quer em outros mundos e dimensões.

Segundo os relatos da vida de Jesus, ele não só demonstrou àqueles três discípulos a existência da vida eterna, como também, depois da sua morte terrena, se mostrou a todos os discípulos, tendo exposto as mãos a Tomé para que se pudesse certificar de que era ele mesmo.

Seja qual for a forma como os homens o vêem, seja qual for a forma como tudo aconteceu, uma coisa teremos que ter presente: foi, é, e será a sublimidade dos seus ensinamentos, o sacrifício da sua vida terrena, que se mantém há mais de dois mil anos, tão vivo como a própria vida, para vir demonstrar aos homens que a vida eterna é uma realidade.

Para alcançá-la há que merecê-la. Esse é o trabalho, o esforço do homem porque, digam o que disserem, foi Jesus que ensinou o caminho à humanidade.

Tenhamos presente que não seremos nós que descobrimos deus, mas sim deus que se revelará ao homem quando este atingir as condições para o evento.

Não foi em vão que o messias, o ungido, o escolhido e o Cristo (em língua grega) nos disse: ” eu sou o caminho, a verdade e a vida “.

Deste modo terá o homem que vencer as barreiras da ilusão, e procurar a comunhão com deus, que vive no mais íntimo da sua realidade,  a sua alma.

Comunhão tem a sua proveniência do latim commune, que quer dizer: sociedade, participação mútua, e também, por alguns entendidos: parentesco, relações comuns de opinião e crenças.

Deste modo podemos perceber que o espírito de deus e a alma humana participam na comunhão espiritual, tendo nesse acto o suporte inteligente.

O homem livre e interiorizado, tem a sua comunhão com  deus.

O homem livre é aquele que deixou de ser escravo dos valores do mundo e por isso é consciente dos valores divinos.

O homem que é verdadeiramente discípulo de Jesus, deve comungar, em pensamento, com os ensinamentos de Jesus, seu mestre, para conseguir atingir a plenitude divina.

Por estas razões últimas, assim se expressou Jesus: “aprendei de mim que sou humilde e manso de coração, tomai o meu jugo e o meu fardo, sede um comigo, assim como eu sou um com o pai celestial, eu sou o caminho, a verdade e a vida, só por mim ireis ao pai.”

A humildade, o estudo, o raciocínio, a boa vontade, a prece, a renúncia, o trabalho interior, a transformação certa do nosso ego físico, mental e emocional, são elementos indispensáveis para chegarmos bem à comunhão com jesus e, com ele, aprendermos a ser humildes e mansos de coração.

Se vivermos em harmonia e em consciência profunda com os ensinamentos de Jesus, abrir-se-nos-à a estrada que era tão apertada e damos conta de que a porta que era estreita, se encontra agora franqueada para podermos entrar.

Só assim poderemos desvendar as preciosidades que nos estão reservadas da vida eterna, chegar a esse inestimável tesouro que vive na mais íntima realidade do homem, ou seja, mergulhar no inefável abraço do pai, alcançando o infinito amor de deus.

Foi isto que Jesus nos veio dizer, em missão de resgate final e sacrifício, com a certeza e a esperança de que seja qual for a demora que levemos, será este o nosso destino: obter a vida em abundância, sendo um com deus, em real comunhão com o creador e alcançar a vida eterna no seio do pai, como ele chamava a deus.

09-07-1978 Abrame

Um abraço do vosso amigo Hermes

GURU! OH, GURU! – Yogakrisnanda

Olá amigos!

GURU! OH, GURU!

“Quem és tu? perguntou o peregrino.
Sou Deus! respondeu a Divindade.
Não o creio, porque eu não te reconheci!”

E em todos os tempos, a voz do peregrino procura um Deus e um Guru (que é sempre o segundo, o caminho mais fácil para se chegar ao primeiro) preconcebidos à medida dos seus desejos.

Tu não és Deus, pois não usas “colete de veludo”, poderíamos definir-te numa forma existencialista. Ó, Mestre:COMO TE ATREVES A SER DIFERENTE DE TUDO AQUILO QUE EU PENSO QUE DEVES SER?

E nascem os Judas…porque sempre houve tantos Judas quantos Cristos, mas esses Judas não passam de ser aqueles que amam o seu Profeta e desejam obrigá-lo a que realize o milagre: se és Filho de Deus, Salva-te. E o escarnecem e o levam ao Calvário e, ainda o matam, porque estão seguros de ressurreição, porque querem a ave Fénix (que renasce das cinzas).

Diz-se que não há Religião sem Mártires, nem Nação sem Heróis. São necessários? É o drama, a necessidade do holocausto. Porque Rama e Moisés subiram à montanha em vez de morrer; pois, morte é sinónimo de debilidade; porque Jesus teve que morrer crucificado, Joseph Smith linchado;  Ghandi assassinado com um tiro: E a falha não se perdoa a Buda, a Maomé nem a Lutero: morrer no vulgar fracasso da morte.

Mas o povo quer , o povo pede. Morreram, sacrificaram-se para nos salvar e o povo exige sacrifício dos seus ídolos e a perseguição dos seus mártires, mas nunca a sua própria. E o povo pede que os seus mestres sejam ascetas, que não se deixem tentar pelas paixões porque para isso são mestres; e o povo quer ver Deus em cada um deles, para fazer de cada um o Messias e de cada Messias um crucificado. Quer um Deus monótono, repetido, vulgar e quer um Deus feito em série, como os produtos de tecnologia.

E o povo quer salvar-se e busca a salvação, os gurus, os mestres, os pastores, os padres e muda de um para outro. Porém, quer-os todos iguais e quando se sente protestante, ridiculariza os pastores porque casam, porque têm filhos, porque cobram 10% do que ganham os fiéis do templo, e quando se sentem católicos, criticam os padres por não se casarem e por depender de Roma, e quando se fazem maometanos querem comer carne de porco e quando se fazem yogues acham as posturas e as meditações incómodas e difíceis, mas buscam um salvador para se salvar, e as mulheres tentam o asceta e o místico e criticam-no
pela sua impassibilidade e pela sua temperança com a mesma falsidade com que se escandalizam com Rasputin.

E continua a busca, e eles, os que pretendem ser ensinados, são os que ditam o comportamento que deveriam seguir os seus Mestres, os seus Gurus, para serem, verdadeiramente, merecedores de os terem como discípulos e comentam escandalizados como, um guru cobra pelos seus ensinamentos e temem que através das suas modestas colaborações possa o mestre tornar-se opulento. Mas…também o criticam quando os punhos da camisa estão gastos e as suas calças cosidas. – Parece um mendigo! Perde toda a dignidade que deve ter um Mestre!

“E, em verdade, vos digo um de vós me trairá!” De quem poderiam ser estas palavras? De todos os mestres, para além de Jesus.

E em Teresa de Jesus vemos a frívola, em Cagliostro e Mesmer o charlatanismo, em Rasputine a luxúria. eu quero salvar-me, quero encontrar a luz, grita o povo; e aparece o beato, o carola.
E aparece o que compra a glória e a salvação por três piastras e o que empresta dinheiro a juros, dando uma esmola que espera que o Senhor multiplique, o que se crê Bom porque não mata nem rouba, o religioso congénito e o que busca Deus correndo com todos os gastos que originam a procura; e então alguém diz. Eis aí, esse é o Mestre, é o que tem que nos ensinar, é o que tem que nos dar a luz, saciar a nossa sede, tirar os andrajos que nos cobrem e vestir-nos com a capa da sabedoria.

E assim surgem Yogananda, Sivananda,Gurdjieff, Blavatsky, Alice Bailey, Krishnamurti, Roso de Luna. Mas como é possível que estes sejam mestres? Como é possível que Blavastky seja uma grã-sacerdotiza se é blasfema ou vive com o coronel Olcott? Mas como é possível que Gurdjieff seja um eleito se leva até ao desespero e ao suicídio componentes do seu grupo? Mas como pode ser um eleito Sivananda, que se casa 4 vezes, estando vivas as suas 4 esposas? Como pode estar com a Verdade Yogananda, que vive na impassibilidade ante a dor humana e se sente afim com todas as religiões? Onde está esse Tibetano que que não aparece nunca para além dos livros que publica Alice Bailey? Porque é que Krishnamurti não quer gurus nem livros e publica tantos? Que latien é esse do Subud que converte, às vezes, as pessoas em animais? Que loucuras apavorantes encerra o budismo Zen?

Senhor ajuda-me, quero que sejas meu guru, mas não para que me ensines, não para que me orientes, não para que me abras o caminho da luz, senão para que, como uma vulgar cartomante, me digas tudo o que quero que me digas, não o que é, porque o que é não importa se não é o que quero.

contava um negro americano que na visita que fez a Berlim, os meninos brancos e louros o seguiam pelas ruas com admiração do desconhecido. Um deles, mais audaz, esfregou a mão contra as do negro e ao ver que não manchara disse à sua mãe,cheio de espanto:-“Mãe, não está pintado!”

Quantos de vós pretendem tirar a pintura do guru? Quantos de vós buscais o truque do: porque o guru é diferente e por que todos os gurus são diferentes? Isto, porque não aprendestes a lição do grande ensinamento de que o guru há-de ser sempre diferente ou sempre igual, mas íntegro, porque é aí onde está o seu ensinamento, pois, somente encontrareis as mil facetas de Deus na diferença perfeitamente correlata dos gurus.

Se soubésseis que, quando dizeis: hoje o guru desmereceu a minha confiança, ou isto que ele disse não posso admitir, estais a começar a aprender algo, porque no guru há um ensinamento igual no campo positivo como no que parece ser negativo.
Qualquer emotividade que ele produza é um passo para chegar, não ao guru, não à divindade, mas a ti mesmo; porque se não te encontras, se não te separas do rebanho, como queres unir-te ou interpretar a unidade da Divindade que forma o Todo.

Tudo isto que parecem queixas ou criticas realmente seriam desnecessárias se não fosse o problema de “tirar a pintura ao negro” que tanto desencanto causa nos discípulos.

Não busqueis o milagre em forma de jogo de prestidigitação, que faz aparecer flores do oco duma cartola e pensai que se o acto divino de nascer é partir de dentro para fora, a luz que tendes dentro, ninguém poderá dar-vos, mas sim, simplesmente, poderá ajudar-vos a extrovertê-la.

Não julgueis o que não compreendeis. Nem tenteis orientar aqueles a quem pedis orientação. Lembrai-vos de Joãozinho e Maria, que puseram pão ou folhas de pétalas de rosas para distinguir o caminho de volta, não o encontraram, porque são as pedras duras as que nos fazem reconhecer o Caminho.

Yogakrisnanda

Um abraço
Maria

BHAKTI-YOGA

Olá amigos

BHAKTI-YOGA

Bhakti Yoga é a verdadeira e sincera busca do Senhor.
Bahkti é o amor intenso por Deus!

Quando o homem alcança Bhakti, ama todos os seres e a nenhum odeia; fica satisfeito para sempre.
Este amor não pode ser reduzido a nenhum beneficio terreno.

Bhakti é maior que Karma-yoga, maior que raja-yoga; pois enquanto estas pressupõem um objectivo, Bhakti encerra em si a sua própria fruição, os seus próprios meios e o seu próprio fim.

Entre o Conhecimento (Jnana) e o Amor (Bhakti) não há, realmente, grande diferença.
A grande vantagem de Bahkti é que constitui o caminho mais fácil e mais natural para alcançar o grande fim divino que nos propomos!
A sua grande desvantagem está em que, nas suas formas inferiores, degenera frequentemente em deformante fanatismo. Porém esse perigo não existe senão na etapa preparatória. Quando Bhakti amadureceu, não há que temer qualquer dessas odiosas manifestações de fanatismo.
A alma invadida por tal forma superior de Amor, está tão próxima de Deus que não pode converter-se no instrumento para a difusão do ódio.

Não nos foi dado a nós, nesta vida, poder construir harmoniosamente o nosso carácter. No entanto, sabemos que o tipo mais nobre de carácter é aquele onde os 3 elementos: Conhecimento, Amor e Yoga-estão harmoniosamente fundidos.

Aquele que segue o seu guru, ao fazê-lo, considera que a sua obediência é o seu único fim.

A meditação, por outro lado, é a recordação constante (do objecto no qual se medita), como a corrente ininterrupta do azeite quando é vertido de um recipiente para outro.

Quando se conseguiu essa espécie de recordação de Deus, todas as ligaduras se rompem.
Essa recordação é como a visão. Quando aquele que está longe e próximo é visto, os laços do coração se rompem, toda a duvida se desvanece e todos os efeitos das nossas acções desaparecem.
O facto de conhecer, que é a mesma coisa que uma adoração sempre repetida, foi descrito como recordação continua…assim, a memoria que é elevada a uma altura equivalente à percepção directa, está indicada como um meio de libertação.

Isto não pode ser alcançado pelas diversas ciências, nem pelo intelecto, nem pelo estudo das escrituras.
Isto quer dizer que o mero facto de ouvir, pensar e meditar não é o meio de alcançar isto.

O que é intensamente amado, é buscado; quem O ama intensamente, converte-se nele, no mais amado. E o Senhor ajuda: ” Aqueles que estão constantemente dedicados a Mim e Me adoram com Amor, eu dou à sua vontade a direcção pela qual eles Me vêem e vêm a Mim”. Aquele para quem esta forma de percepção directa é uma recordação constante é muito querido, porque lhe é querido o Objecto dessa percepção memorial.
Essa recordação constante é Bhakti! E tudo o que essa pessoa faz é SERVIÇO!

Um abraço
Maria