Olá Amigos!
Em alguns momentos,falando com amigos, pouco se sabe da adolescência de Jesus. Pois os discípulos nada disseram sobre esta fase de Jesus.
Ora , em 1887, o jornalista e médico russo Nicolas Notovitch empreendeu uma série de viagens pelo oriente pois tentava conhecer e estudar no terreno os povos que habitam a Índia.
Um dia no decurso de uma visita a um convento budista soube pelo chefe dos lamas que nos arquivos de Lhasa se guardavam memórias muito antigas da vida de Jesus “profeta Issah”e das nações do Ocidente e que alguns grandes mosteiros possuíam cópias e traduções dessas crónicas.
Surgiu -lhe então o grande interesse em viajar para o Tibete.
Não vou descrever-vos as peripécias da viagem até ao mosteiro de Himis, no Tibete, onde os monges lhe dão a conhecer um manuscrito sobre a vida do “Santo Issah”-um “profeta judeu” em tudo correspondente à figura de Jesus, mas , não vou deixar de contar-vos algumas conversas e explicações dadas pelo chefe dos lamas.
-“Como já vos tinha dito,o homem está e estará sempre na infância. Ele entende tudo, vê e sente a grandeza da natureza, mas não vê nem adivinha a grande alma que criou e animou todas as coisas.O homem sempre buscou coisas tangíveis não lhe era possível acreditar por muito temp0 naquilo que escapava aos seus sentidos materiais.Tentou encontrar o meio de contemplar o Criador, procurou estabelecer uma ligação directa com aquele que tanto bem lhe fez e também, segundo pensa, tanto mal.Por isso se pôs a adorar cada parte da natureza da qual recebia algo de bom. Temos um exemplo marcante nos antigos Egípcios, que adoravam animais, árvores e pedras, ventos e chuvas: Outras nações, mais mergulhadas na ignorância, apercebendo-se de que os resultados do vento nem sempre eram um bem e que a chuva não trazia consigo, inevitavelmente, uma boa colheita, vendo os animais recusando-se a obedecer aos homens, puseram-se à procura de intermediários directos entre si e a grande força misteriosa e insondável do Criador.
Da alta antiguidade aos nossos dias, o homem sempre tendeu apenas para a realidade palpável.
Na sua nulidade e cegueira de espírito, os homens são incapazes de conceber o laço invisível e espiritual que os une à grande Divindade; isto explica que por que razão procuraram coisas palpáveis, do domínio dos sentidos; e com isto trouxeram um grande enfraquecimento ao principio divino.De todo o modo, nunca ousaram atribuir ás imagens visíveis, saídas das suas mãos, uma existência divina e eterna.Podemos ver o mesmo no bramanismo, onde o homem, abandonado à sua tendência para a forma exterior, criou pouco a pouco um exército de deuses e semi-deuses.
Foi talvez o povo israelita que demonstrou de forma mais flagrante o amor do homem por tudo o que é concreto; apesar de uma série de milagres deslumbrantes feitos pelo grande Criador,que é o mesmo para todos os povos, o povo de Israel não conseguiu evitar fundir um deus de metal, na própria hora em que o seu profeta Mossah se encontrava com o Criador!” ( Interessante falava de Moisés ,quando subiu ao monte Sinai e recebeu as tábuas dos dez mandamentos).
“O budismo passou pelo mesmo. Foi o nosso grande reformador, Çakyamuni, quem compreendeu verdadeiramente a majestade una e indivisível de Brama e fez todos os esforços para impedir o fabrico de imagens , ele separara-se dos brâmanes politeístas e pregara a pureza e a imortalidade de Brama.O sucesso que ele e os seus discípulos obtiveram junto da população valeu-lhes ser perseguido pelos brâmanes que, com a criação de novos deuses, tinham encontrado uma fonte de lucro pessoal, ao mesmo tempo que contrariando a lei de Deus, tratavam o povo de forma despótica.
Os nossos primeiros pregadores sagrados, a que entre nós se dá o nome de budas ( o que quer dizer sábios e santos, pois o Grande Criador encarnou neles), estabeleceram-se em vários pontos do globo.Como os seus sermões visassem sobretudo atacar a tirania dos brâmanes e a exploração da ideia de Deus, que para eles era um verdadeiro comércio, a quase totalidade dos budistas (quer dizer, aqueles que seguiram a doutrina dos santos pregadores) passou a encontrar-se nos povos humildes da China e da Índia. De entre os pregadores sagrados, dedica-se uma veneração especial ao Buda Çakyamuni, conhecido entre os chineses pelo nome Fô, que viveu há 3 mil anos e cuja pregação trouxe toda a China para o caminho do verdadeiro Deus, e o Buda Gothama, que viveu há 2mil e 500 anos, e que converteu cerca de metade dos hindus à palavra do Deus impessoal, invisível e único da sua espécie.”
Perguntou-lhe Notovitch:
-Numa visita que fiz recentemente a um gonpa, um dos lamas falou-me de um profeta (ou, como dizeis, um buda) chamado Issah. Podeis contar-me alguma coisa sobre a sua existência?
“O nome de Issah é muito respeitado entre os budistas, respondeu ele, mas raramente é conhecido, a não ser dos chefes dos lamas que leram os rolos relativos à sua vida.Tem havido uma infinidade de Budas semelhantes a Issah e os 424 mil rolos que existem estão repletos de detalhes sobre cada um deles; mas muito pouca gente leu sequer a centésima parte. Por respeito ao costume estabelecido, cada lama que visita Lhasa não deixa de oferecer uma ou mais cópias desses rolos ao mosteiro a que pertence. O nosso gonpa, como outros, tem já um grande número, que leio nas horas de lazer.
Entre essas cópias encontram-se descrições da vida e dos actos do Buda Issah, que pregou a doutrina santa na Índia e junto dos filhos de Israel e que foi morto por pagãos cujos descendentes adoptaram as crenças que ele difundia, e essas crenças são as vossas.
O grande Buda, alma do universo, é a sua encarnação de Brama, mantém-se imóvel até hoje, encerrando em si todas as coisas desde a origem dos seres, e o seu sopro dá vida ao mundo.
Há três mil anos, o grande Buda encarnou no célebre príncipe Çakyamuni mantendo e propagando as doutrinas das suas vinte encarnações. Há 2 mil e 5oo anos, a grande alma do Mundo encarnou de novo em Gothama, lançando os fundamentos de um novo mundo na Birmãnia, em Sião e em diversas ilhas.
Há cerca de 2 mil anos , o Ser perfeito, de novo quebrando por algum tempo a sua inactividade, encarnou no recém-nascido de uma família pobre; ele queria que uma boca pueril,empregando imagens populares, esclarecesse os infelizes sobre a vida depois da morte e trouxesse os homens ao caminho da verdade, indicando-lhes, pelo seu próprio exemplo, a vida que melhor poderia conduzi-los à pureza moral das origens.
quando a criança sagrada alcançou uma certa idade, foi trazida às Índias onde, até se tornar adulto, estudou todas as leis do grande Buda que mora eternamente no céu.”
Perante esta conversa Notovicth estava muito curioso e pergunta-lhe:- Como é Issah olhado no Tibete? terá reputação de santo?
-O povo ignora a sua existência; só os grandes lamas o conhecem, por se terem entregue ao estudo dos rolos onde a sua vida está relatada. Mas como a sua doutrina não faz parte canónica do budismo, e como os oradores de Issah não reconhecem a autoridade do Dalai Lama, no Tibete não se reconhece o profeta Issah como um dos santos principais.
Esta conversa deixou Notovitch muito curioso e perguntou: – Seria para vós um pecado ler essas cópias a um estrangeiro?
_ O que pertence a Deus, respondeu-lhe o lama, pertence igualmente aos homens: o nosso dever obriga-nos a propagar a sua doutrina.
Segundo o Apócrifo de Himis, Jesus passara os seus anos de juventude e formação na ´Índia e no Tibete e no actual Irão, estudando as Escrituras orientais e aprendendo os métodos tradicionais de cura pela oração .
vou então descrever-vos alguns desses escritos.
I
1 A terra estremeceu e os céus choraram por causa do grande crime que acaba de ser cometido no país de Israel.
2 pois torturaram e executaram o grande justo Issah, em quem residia a alma do universo,
3 A qual tinha encarnado num simples mortal, a fim de trazer bondade aos homens e exterminar os maus pensamentos
4 e a fim de trazer à via da paz, do amor e do bem o homem degradado pelos pecados, e lembrar-lhe o Criador único e indivisível cuja misericórdia é infinita e sem limites.
5 eis o que contam a esse respeito mercadores vindos de Israel.
II
1 O povo de Israel, que habitava uma terra fértil de duas colheitas por ano e possuía grandes exércitos, suscitou com os seus pecados a cólera de Deus.
2 que lhe infligiu um terrível castigo, levando-lhe a terra, os animais e toda a sua fortuna; Israel foi reduzido à escravatura por faraós poderosos e ricos que então reinavam no Egipto.
3 ….
4…..
5 E nessa grande calamidade, o povo de Israel, lembrando-se do seu protector celeste, dirigiu-se a ele e implorou a sua graça e misericórdia.
6 Um ilustre faraó que reinava então no Egipto tornou-se célebre pelas suas muitas vitórias, pelas riquezas que havia acumulado e pelos vastos palácios que os seus escravos lhe haviam erigido.
7 Este faraó tinha dois filhos, um dos quais chamado Mossah, sábios israelitas ensinavam-lhe diversas ciências
8…
9Vendo que os Israelitas, apesar dos insuportáveis sofrimentos que padeciam, não queriam abandonar o seu Deus para adorar deuses criados pela mão do homem, que eram os deuses da nação egípcia.
10…
11….
12…O príncipe Mossah foi pedir a seu pai que atenuasse a sorte daqueles infelizes, mas o Faraó voltou-se contra ele e aumentou os tormentos que os escravos sofriam.
13 Aconteceu que, pouco tempo depois, uma grande infelicidade visitou o Egipto; a peste chegou para dizimar novos e velhos, homens de saúde e enfermos, o Faraó acreditava tratar-se de castigo imposto sobre si pelos seus próprios deuses;
14 Mas o príncipe Mossah disse a seu pai que era o Deus de seus escravos que intercedia em favor dos infelizes e punia os egípcios,
15 O Faraó ordenou então a Mossah, seu filho, que prendesse todos os escravos de raça judia, os conduzisse para fora da cidade e fundasse, distante da capital, uma outra cidade onde deveria ficar com eles.
16….
17 conduziu-os então à terra que eles tinham perdido por causa dos seus pecados, deu-lhes leis e recomendou-lhes que rezassem sempre ao criador indivisível cuja bondade é finita.
18 Depois da morte do príncipe Mossah, os Israelitas observaram rigorosamente as suas leis; e Deus recompensou-os dos males a que haviam estado expostos no Egipto.
19 O seu reino tornou-se o mais poderoso de toda a terra, os seus reis tornaram-se célebres pelos seus tesouros e uma longa paz reinou entre o povo de Israel.
III
1 A glória das riquezas de Israel espalhou-se por toda a terra, e as nações vizinhas invejavam-nas,
2……
3……
4 eles começaram por esquecer todos os favores de que haviam sido acumulados, só raramente invocavam o nome de Deus e pediam protecção a magos e a feiticeiros.
5…..
6 Vários séculos tinham passado desde a sua saída do Egipto quando Deus pensou de novo castigá-los.
7……
8 Uma vez vieram pelos mares pagãos do país de Rómulo, submeteram os Hebreus e designaram chefes de exército que, por delegação do César, os governavam
9 Destruíram-se os templos; obrigou-se os habitantes a não adorarem o deus indivisível e a fazerem sacrifício de vítimas aos deuses pagão.
10….
11…Quanto às crianças, foram passadas a fio de espada; em breve só se ouviam soluços e gemidos no país de Israel.
12 Nesta aflição extrema, os habitantes lembraram-se do seu grande Deus; imploraram a sua graça e suplicaram o seu perdão, o nosso Pai, na sua bondade infinita, escutou a sua oração.
IV
1 Nesse tempo, veio o dia que o Juiz cheio de clemência escolheu para encarnar num ser humano.
2 E o Espírito eterno, que permanecia num estado de completa inacção e de suprema beatitude, despertou e separou-se, por um período indeterminado, do Ser eterno
3 A fim de, revestido de uma imagem humana, ensinar o caminho da identificação com a Divindade e da obtenção da felicidade eterna,
4 E para mostrar, pelo seu exemplo, como era possível alcançar a pureza moral e separar a alma da sua morada física, para que se pudesse alcançar a perfeição necessária a aceder ao reino do Céu, que é imutável e onde reina a felicidade eterna,
5 Pouco depois, uma criança maravilhosa nasceu na terra de Israel, pela boca desta criança, o próprio Deus falava das misérias corporais e da grandeza da alma.
6 Os pais do recém-nascido eram pessoas pobres, pertencendo a uma família de grande piedade que esquecia a sua antiga grandeza na terra para celebrar o nome do Criador e lhe agradecer as dores com que a punha à prova.
7…….
8 A divina criança, a que foi dado o nome de Issah, começou com tenra idade a falar do Deus único e indivisível,exortando as almas transviadas a que se arrependessem e purificassem dos pecados de que eram culpados.
9…….
10 quando Issah atingiu os 13 anos, idade em que um Israelita deve escolher uma mulher,
11 A casa onde seus pais ganhavam a vida com os seus modestos ofícios começou a tornar-se local de reunião para ricos e nobres, que desejavam ter como genro o jovem Issah, já celebre pelos seus discursos em nome do Todo-Poderoso.
12 foi então que Issah deixou clandestinamente a casa paterna, saiu de Jerusalém e, na companhia de mercadores, se dirigiu para Sindh,
13Com o fito de se aperfeiçoar na palavra divina e estudar as leis dos grandes Budas.
V
1 No decurso do seu 14º ano, o jovem Issah, abençoado por Deus, veio do Sindh e estabeleceu-se entre os Arianos, no país querido de Deus.
2 A fama iria espalhar o nome da maravilhosa criança ao longo do Sindh setentrional; quando ele atravessou o país dos cinco rios e o Radjiputan, os seguidores do deus Djaïne imploraram-lhe que ficasse com eles.
3 Mas ele deixou os admiradores fervorosos de Djaïne e rumou a Djagguernat, no Orsis, onde repousam os restos mortais de Viassa-Krishna e onde os padres brancos de Brama o acolheram.
4 Ensinaram-no a ler e a compreender os Vedas, a curar através da oração, a explicar a Sagrada Escritura ao povo, a expulsar o espírito maligno do corpo do homem e a dar-lhe uma imagem humana.
5 Passou 6 anos em Djagguernat, em Radjagriha, em Bénarès e noutras cidades santas; toda a gente o amava, pois Issah vivia em paz com os Vésas e os Sudras, a quem ensinava a Escritura Santa.
6 Mas os Brâmanes e os Kchatrias disseram-lhe que o grande Para-Brama os proibia de se aproximarem daqueles que haviam nascido do seu ventre e dos seus pés;
7 Que os Vésas só estavam autorizados a ouvir a leitura dos Vedas, e isto apenas nos dias de festa;
8 Que aos Sudras era vedado não só assistir à leitura dos Vedas como contemplar os próprios livros; pois a sua condição destinava-os a servir, perpetuamente e como escravos, os Brâmanes, os Kchatrias e os próprios Vésas;
9 ” Só a morte pode libertá-los da sua escravidão”, disse Para-Brama. ” Deixa-os, pois, e vem connosco adorar os deuses que se enfurecerão se lhes desobedeceres”.
10 Mas Issah não lhes deu ouvidos e foi para junto dos Sudras pregar contra os Brâmanes e os Kchatrias.
11 Insurgiu-se fortemente contra que alguém se arrogue o direito de despojar os semelhantes dos seus direitos de homem; com efeito, dizia ele,” Deus Pai não estabeleceu qualquer diferença entre os seus filhos, e todos lhe são igualmente caros”
12 Issah negou a origem divina dos Vedas e dos Puranas, pois, ensinava ele àqueles que o seguiam, uma lei fora dada ao homem para se guiar nas suas acções.
13 ” Teme ao teu Deus, não te ajoelhes a não ser perante ele, e só a ele faz as oferendas que provenham dos teus ganhos”.
14 Issah negou a Trimurti e a encarnação de Para-brama em Vishnu, Shiva e outros deuses, pois dizia ele:
15“O Juiz eterno, o espírito eterno compõe a alma única e indivisível do universo, a qual cria, contém e vivifica o todo”.
16 “Só ele existe, ele que quis e criou, ele que existe desde a eternidade e cuja existência não terá fim; ele não tem semelhantes, nem no céu nem na terra”.
17“O grande criador não partilhou o seu poder com ninguém, e muito menos com objectos inanimados, como vos ensinaram, pois só ele é todo-poderoso”.
18 ” Ele quis, e o mundo surgiu, com um pensamento divino, reuniu as águas e separou-as da parte seca do globo. Ele é a razão da vida misteriosa do homem, em quem insuflou uma parte do seu ser”.
19 ” E ao homem subordinou as terras, as águas, os animais e tudo o que ele criou e conserva numa ordem imutável, fixando para cada coisa uma duração própria”.
20 ” A cólera de Deus em breve será desencadeada sobre o homem, pois esqueceu o seu Criador, encheu os seus templos de abominações e adora uma multidão de criaturas que Deus lhe subordinara”,
21 ” Pois, para agradar a pedras e a metais, sacrifica seres humanos, nos quais reside uma parte do espírito do Altíssimo”
22“Pois humilha aqueles que trabalham com o suor do seu rosto para cair nas boas graças de um mandrião sentado a uma mesa sumptuosa”.
23 ” Aqueles que privam os seus irmãos da felicidade divina, dela serão privados, e os Brâmanes e os Kchatrias tornar-se-ão os Sudras dos Sudras, com quem o Eterno eternamente permanecerá”.
24 ” Pois no dia do último Julgamento os Sudras e os Vésas serão perdoados devido à sua ignorância, e Deus fará recair a sua cólera sobre aqueles que usurparem os seus direitos”.
25 Os Vésas e os Sudras foram tomados de viva admiração e perguntaram a Issah como haveriam de rezar para não perderem a sua felicidade.
26 ” Não adoreis os ídolos, pois eles não podem ouvir-vos, não escuteis os Vedas, onde a verdade está alterada, não vos considereis sempre melhores do que os outros, e não humilheis o vosso próximo”.
27 “Ajudai os pobres, protegei os fracos, não façais mal seja a quem for e não cobiceis aquilo que não tendes e vedes na casa dos outros”.
VI
1 Os padres brancos e os soldados, sabendo do discurso que issah fizera aos Sudras, decidiram a sua morte e para esse efeito enviaram os seus criados em busca do jovem profeta.
2 Mas Issah, advertido pelos Sudras do perigo que corria, deixou a região de Djagguernat durante a noite, alcançou a montanha e fixou-se no pais dos Gautamides onde o grande buda Çakyamuni tinha visto a luz do dia, no meio do povo que adorava o único e sublime Brama.
3 Após ter aprendido na perfeição a língua pali, o justo Issah entregou-se ao estudo dos rolos sagrados dos Sutras.
4 Seis anos depois, Issah, a quem Buda escolhera para espalhar a sua palavra santa, sabia explicar perfeitamente os rolos sagrados.
5 Deixou então o Nepal e os Montes Himalaia, desceu ao vala de Radjiputan e encaminhou-se para oeste pregando aos diversos povos a suprema perfeição do homem,
6 E o bem que devemos fazer ao próximo, que é o meio mais seguro de nos dissolvermos no Espírito eterno; dizia Issah: “Aquele que recupera a sua pureza primitiva, morre tendo obtido o perdão das suas faltas e tem o direito de contemplar a majestosa face de Deus”.
7 atravessando os territórios pagãos, o divino Issah ensinava que a adoração de deuses visíveis era contrária à lei natural.
8 “Pois ao homem” , dizia, “não foi dado o poder de ver a imagem de Deus ou de construir uma multidão de divindades à semelhança do Eterno”.
9……
10…..
11 ” Tal como um pai agiria com os seus filhos, assim Deus julgará os homens, depois da morte, de acordo com as suas leis misericordiosas, nunca ele humilharia o seu filho fazendo emigrar a sua alma para o corpo de um animal, como para um purgatório”.
12…13…14…15…16…
VII
1 As palavras de Issah espalhavam-se entre os pagãos dos países que atravessava, e os habitantes abandonavam os seus ídolos
2 …3…..4….5….6…7….8….9…10….11….
12 Vendo a impotência dos seus sacerdotes, os pagãos acreditaram nas palavras de Issah; e receando a cólera da Divindade, despedaçaram em bocados os seus ídolos, quanto aos sacerdotes, fugiram para escapar à vingança popular.
13 E Issah ensinou ainda os pagãos a não se esforçarem por ver o Espírito eterno com os seus próprios olhos terrenos, mas se aplicassem a senti-lo através do coração e, por meio de uma alma verdadeiramente pura, a tornarem-se dignos da sua graça.
14 E dizia-lhes: “Não façais sacrifícios humanos e não imoleis nenhum animal a que tenha sido dada vida, pois tudo o que foi criado o foi para benefício do homem”.
15 ” Não cobiceis o bem alheio, pois seria tirardes ao próximo aquilo que ele conquistou com o suor do seu rosto”.
16 “Não enganeis ninguém, para que não sejais vós também enganados, justificai-vos antes do julgamento final, pois então será tarde demais”.
17…
18 “Aspirareis à suprema beatitude, não apenas purificando-vos a vós mesmos mas ainda guiando os outros pela via que lhes permita conquistar a primitiva perfeição”.
VIII
1 Pelos países vizinhos ecoou a fama das pregações de Issah, e logo que ele entrou na Pérsia os sacerdotes encheram-se de medo e proibiram os habitantes de irem escutá-lo.
2 Mas ,como viram que todas as aldeias o acolhiam com alegria e escutavam religiosamente os seus sermões, deram ordem para que o prendessem e o fizessem comparecer perante o sumo-sacerdote, onde o sujeitaram ao seguinte interrogatório:
3 De que novo Deus falas tu? Ignoras, infeliz, que Zoroastro é o único justo a quem foi dada a honra de conviver com o Ser supremo?”
4…,5…
6 E Issah respondeu-lhes: “eu não falo de um novo deus, mas do nosso Pai celeste que existia antes do início e existirá depois do fim eterno”.
7…,8…,9….,10….11….,12…13…
14 “as suas almas estavam em Deus, e para acederem ao pai não tinham de recorrer à mediação de qualquer ídolo ou qualquer animal, nem ao fogo que vós usais aqui”.
15…,16…,17…,18…19..
20 “Por isso vos digo: temei o dia do julgamento, pois Deus infligirá um castigo terrível a todos aqueles que tenham desviado os Seus filhos do verdadeiro caminho e que os tenham saturado com superstições e preconceitos”.
21…
22 A vossa doutrina é, pois, fruto dos vossos erros; pois, querendo aproximar de vós o deus da Verdade, haveis criado falsos deuses”.
23 À noite, quando toda a cidade dormia, os sacerdotes conduziram-no fora de portas e abandonaram-no na grande estrada, na esperança de que ele não tardasse a ser presa das feras.
24 Mas, protegido pelo Senhor nosso Deus, o santo Issah prosseguiu o seu caminho sem acidente.
IX
1 Issah, que o Criador elegera para lembrar o verdadeiro Deus aos humanos mergulhados na depravação, tinha 29 anos quando regressou ao país de Israel.
2 Desde a sua partida, os pagãos haviam agravado ainda mais o atroz sofrimento dos Israelitas, e estes haviam sucumbido ao mais profundo desânimo.
3 Muitos entre eles haviam já começado a renunciar às leis do seu Deus e às de Mossah, na esperança de aplacarem os seus cruéis conquistadores.
4….
5 ” Filhos, não vos abandoneis ao desespero” dizia o Pai Celeste pela boca de Issah, ” pois eu ouvi a vossa voz e o vosso clamor chegou até mim”.
6…,7….8…,9….
10 Os Israelitas acorriam em massa à palavra de Issah e perguntavam-lhe onde haveriam de dar graças ao Pai Celeste, uma vez que os inimigos haviam arrasado os seus templos e levado os seus vasos sagrados.
11 Issah respondeu-lhes que Deus não tinha em vista os templos edificados pela mão do homem, mas sim os corações humanos, que são o verdadeiro templo de Deus.
12 ” Entrai no vosso templo, no vosso coração, iluminai-o com bons pensamentos e com a paciência e a confiança inquebrantáveis que deveis ter em vosso Pai”.
13 E os vossos vasos sagrados são as vossas mãos e os vossos olhos; olhai e fazei o que é agradável a Deus, pois, fazendo o bem ao vosso próximo, fareis uma cerimónia que embeleza o templo onde vive Aquele que vos deu a luz”.
14″ Pois Deus criou-vos à sua semelhança, inocentes, de alma pura, o coração cheio de bondade e destinado, não à concepção de projectos malignos, mas a ser o santuário do amor e da justiça”.
15 “Não conspurqueis o vosso coração, pois , digo-vos, o Ser eterno mora sempre nele.”
16 ” Se quereis empreender obras de piedade ou de amor, fazei-o com um coração grande, e que a vossa acção não seja motivada pela esperança no ganho ou por um cálculo comercial”,
17″Pois essa acção não vos aproximaria da salvação, antes vos lançaria num estado de degradação moral em que o roubo, a mentira e o homicídio passam por actos generosos”.
X
1 O santo Issah ia de cidade em cidade, e a palavra de Deus dava coragem aos Israelitas prestes a sucumbir ao desespero; e milhares de homens seguiam-no para ouvir as suas pregações.
2 Mas os chefes das cidades temiam-no, e fizeram saber ao governador principal, que residia em Jerusalém, que um homem chamado Issah tinha chegado ao país e com os seus sermões sublevava o povo contra as autoridades, que a multidão o escutava assiduamente e que em breve ele se desembaraçaria dos seus governos.
3…4…5…6………………………………………………
Acho muito interessante os escritos que foram dados a conhecer a Notovitch. transcrevi alguns para dar-vos uma ideia ,de que na verdade tudo nos leva a crer tratar-se de Jesus.
Diz-nos o autor que na antiguidade, toda a vida pública do Oriente se concentrava no bazar, e as notícias do que se passara neste ou naquele país eram trazidas e espalhadas por caravanas de mercadores, seguidas por derviches que ganhavam a sua subsistência repetindo esses relatos nas praças e nos templos.regressados de uma viagem, os mercadores relatavam com todo o pormenor, nos primeiros dias após a sua chegada, tudo o que haviam visto e ouvido.
As crónicas em questão foram redigidas antes, durante e depois do tempo de jesus Cristo. aquando da sua passagem pelas Índias como simples peregrino que viera estudar as leis brâmanes e budistas,pouca atenção lhe foi concedida, mas quando , um pouco mais tarde, começaram a chegar os primeiros relatos dos acontecimentos em Israel, os cronistas( que logo consignaram por escrito aquilo que lhes contavam sobre o profeta Issah, que todo um povo cansado do jugo dos seus senhores havia seguido e que, por ordem de Pilatos, fora supliciado) lembraram-se de que aquele mesmo Issah de origem israelita tinha recentemente vivido entre eles e entre eles estudara antes de regressar à sua pátria.
Os cronistas foram tomados por um vivo interesse por este homem que tão rapidamente se engrandecera a seus olhos, e pesquisaram o seu nascimento, o seu passado e todos os pormenores da sua existência.
Esta versão agora apresentada ao público redigida 3 ou 4 anos após a morte de Jesus de acordo com testemunhas oculares e contemporâneas, tem muito mais hipóteses de estar conforme à verdade do que os relatos ,cuja composição foi efectuada bem depois dos acontecimentos o que pode ter contribuído para algumas deformações dos factos e alteração do seu sentido.
um abraço
maria