Autor Tópico: Pensamentos  (Lida 74273 vezes)

Offline Abrame

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Re: Pensamentos
« Responder #150 em: Setembro 24, 2018, 18:20:38 pm »
Companheiros do Caminho
Apenas mais um texto que saiu naturalmente do Abrame para vossa apreciação.

VEREDA VITAL

Pensamos que devemos observar as nossas emoções e o comportamento de nossos atos, em presença de tudo quanto nos rodeia de acordo com a Creação e tudo que foi estabelecido e organizado ao longo de muitos séculos pelo próprio homem, para podermos controlar os nossos sentidos e conseguir compreender em profundidade os padrões cósmicos e a sua razão de ser.

O Homem pensa, intelectualiza e dá forma corporal às suas deduções, em atos e pensamentos erróneos e superficiais, projetando, construindo e estabelecendo naturalmente a sua estrutura mental, que não podia deixar de ser senão dualista, tal como o próprio mundo material onde se encontra.

Deste modo, observando tudo quanto o envolve e lhe é solicitado pelos mundos de matéria densa, estabelece assim as suas conclusões através de Leis com preceitos e preconceitos estabelecidos por via da interação da existência na humanidade, que são autênticas normas – mais ou menos diversificadas conforme o local geográfico onde os diversos povos se agruparam – que regulamentam e controlam a forma de estar e de viver. 

Nesta perspetiva, o Homem adquiriu a ideia de que é o corpo físico, porque se distanciou do espírito absoluto de onde proveio e a alma se promiscuiu com todos os desejos e negatividades do Egocentrismo profânico.

Diz o Mestre Jesus em Mateus 22,21 respondendo à questão do Tributo: «Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». Pensamos que esta frase é muito mais profunda e abrangente, e por isso a compreendemos como “Dai pois ao mundo o que é do mundo e ao Espírito o que é do Espírito”, porque o Mestre Jesus também nos cientificou em João 4,24 «Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em Espírito e Verdade».

E mais nos diz o Mestre em Mateus 6,33: «Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas», porque ao integrarmo-nos na consciência absoluta não sendo possuídos por nada, somos senhores de tudo.

E aqui temos bem diferenciada a linha que separa a dualidade «Matéria e Espírito» – «Finito e Infinito» – «Ilusório e Realidade».

Pensamos que todo o esforço do homem tem que ser dirigido para inverter a compreensão do que é o corpo físico. Este é apenas um veículo, devendo o homem construir a sua consciencialização na aspiração espiritual da consciência do Todo, na procura da realidade que é, para chegar ao término desses caminhos dualistas em que eles se esgotam e se transformam num único caminho luminoso que conduz à Realidade Suprema da Vida Infinita.
Abrame           
Com um grande abraço espiritual.

Offline Abrame

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Re: Pensamentos
« Responder #151 em: Outubro 24, 2018, 17:17:58 pm »
Companheiros do Caminho
Mais um texto do Abrame para vossa apreciação. 

 "VISÃO DE SINTESE"

Conjuntamente com tudo o que Deus creou, foram também creadas as leis que sustentam e administram a creação, sendo essa a razão por que o Universo é harmonia e tudo acontece nas suas diversas dimensões em perfeito equilíbrio e ordem.

Qualquer ação desequilibradora provoca logo de imediato uma reação retificadora.

Segundo Einstein, o Universo é a própria lei universal.

Tudo existe subordinado a leis onde tudo o que nos acontece – que classificámos de bom ou de mau – são efeitos de causas provocadas por nós e que nada mais são que reações retificadoras provenientes de ações de natureza positiva ou negativa que acionámos já nesta reencarnação ou em anteriores.

Pode essa reação tardar por motivos de necessidade evolutiva mas ela virá com absoluta infalibilidade, na hora certa, com a dosagem de retificação adequada.

É essa a sua exigência. Ninguém poderá alterar o equilíbrio correto do Universo em todas as suas multiplicidades visto este proceder natural e inexoravelmente, interagindo, ao seu reajuste.

A ação que deu lugar a uma perturbação da normalidade vai provocar, infalivelmente, a reação do que foi perturbado.

E estes dois fatores, ação e reação, atuando como causa e efeito, mantêm o equilíbrio do todo através de uma interação. À reação negativa provocada chamou-se “pena que resulta em sofrimento”.

No caso do Homem, na sua ascensão, à ação negativa que ele provocou chamou-se culpa e em termos de religião chamou-se pecado.

Se fosse possível alguém fazer mal sem que esse mal se viesse a refletir nele próprio, o culpado teria prevalecido sobre as leis universais e alterado a Lei de Causa e Efeito, o que deitaria por terra a infalibilidade da Justiça Divina.

Fazendo o Homem parte do todo, torna-se impossível que alguém que provoque sofrimento e dor, seja a quem for, o possa fazer sem o fazer a si mesmo.

Perceber em toda a sua extensão a lei de Causa e Efeito, que é infalível, é ser sábio e ser sábio é deixar de praticar o chamado mal, razão porque praticar o mal é ser ignorante.

Sabendo disto porque era sábio e trazia em sua missão o esclarecimento à humanidade, diz-nos Jesus: «Sede pois misericordioso, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.» (Lc 6,36-37).

Ao pronunciar estes ensinamentos anuncia Jesus ao mundo a lei de Causa e Efeito, conhecida no Oriente como Lei do Karma.

Se todos os homens compreendessem aquilo que Jesus nos transmitiu através destas assertivas, não haveria tanta desgraça sofrida, porque os homens se tornariam compassivos sobre a face da Terra, porque teriam entendido que fazer mal a seus semelhantes, e não só, é fazer mal a si próprio.

O sapiente da ciência do espírito eleva-se ao nível da espiritualidade superior – a da luz da qual proveio – porque mantém perfeita harmonia com a lei do Universo.

As próprias palavras – ser-se espiritualmente superior – querem dizer que o homem sábio espiritualmente é o Homem universal, integral, cósmico, que não deseja possuir uma vantagem parcial contrária à ordem absoluta da creação Divina.

A imanência do espírito Divino, creando de si a substância primordial, tem sempre a mesma origem e a diversidade difunde-se pelos infindáveis estados de luz, energia e matéria composta, o que demonstra e comprova o Creador no seu absolutismo “imanente e transcendente”.

Tudo no Universo se encontra em evolução, resultado de uma primeira fase a que se chamou involução porque tudo vem do centro para a periferia em estado primário e tudo ascende da periferia para o centro em estado sublimado.

Pensamos que foi o que aconteceu com a real essência constituinte da individualidade humana, que desce até à periferia em estado próprio de densidade para possibilitar o contacto exterior com a matéria que se encontra em estado compacto de congelamento.

E foi a partir daqui que a sua alma ascendeu até ao plano hominal, passando pelo mineral, vegetal e animal, primeiro em estado de mónada e depois em estado corporal no qual adquiriu as condições necessárias para receber o livre arbítrio e a inteligência dedutiva, passando o Homem a ser o determinador daquilo que conhecemos como o processo evolutivo da alma.

Deste modo, a partir da ascensão ao plano hominal, passou o Homem a ser responsável pelos seus atos, quer sejam físicos, mentais ou emocionais.

Como a própria palavra evolução define, é algo que vai crescendo com a obtenção do conhecimento que produz a consciencialização que a alma gradualmente vai adquirindo com a experiência vivida nos planos de vida na forma que percorreu.

Na pergunta 540 de “O Livro dos Espíritos”, sob a rubrica de “Ação dos espíritos aos fenómenos da natureza”, o seu último período diz o seguinte: «É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até ao arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender no seu conjunto!»

Em absoluto, nada na creação se poderá eliminar ou extinguir, seja em estado material ou espiritual, visto que tudo que foi creado provém da mesma substância primordial que, por sua vez, foi creada pelo espírito Divino – o Ser absoluto – e, seja o que for, faz parte do todo.

Sendo assim, como é possível que haja culpados julgando outros culpados?

Se os há é porque ainda não evoluíram, porque ainda não aprenderam a lição em causa própria.

Por isso, inevitavelmente terão que voltar à forma para repetir em outros renascimentos a aprendizagem, vivendo-a, para saberem que julgam naquilo que já foram julgados ou ainda terão que o ser.
   
E como poderão ser condenadores, condenados que já foram ou que ainda virão a ser?

Jesus é pois um sábio, verdadeiro conhecedor das leis cósmicas que regem a perfeita harmonia, bem como a integridade justa de todas as coisas creadas.

É por isso que nos aconselha: «Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; pois com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo.» (Lc 6,38).

E conhecendo como conhecia a mente humana, adverte-nos Jesus referindo-se àqueles cuja mente está poluída pelas mais vis maledicências e intrigas: «Ou como dirás a teu irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.» (Mt 7,4-5).

Deste modo Ele adverte e ensina aos homens a forma de proceder, para que a alma humana possa crescer em perfeito equilíbrio e sintonia com o todo.

Não julgueis, não condeneis, sede pois humildes porque nenhum de nós, homens, está isento de julgamento e de condenação por via de nossa ignorância.

Como um provérbio bastante popular nos esclarece: “Diz o roto ao nu, porque não te vestes tu?”

Nenhum ser, por mais forte que tenha sido creado, poderá frustrar um só dos planos da creação.

Por maiores desmandos que o Homem provoque, jamais poderá alterar a harmonia do todo.

Sabemos que o nosso mundo concentra luz e sombra e nele coexistem os chamados bem e mal, pois nessa dicotomia funciona o livre arbítrio que Deus introduziu na creação e que leva as leis inexoráveis do Universo a tudo repor no seu devido lugar.

Quando o Homem desrespeita alguma das leis cósmicas, faltando à verdade, à justiça, ao amor por todas as coisas creadas, desarmonizando e criando caos, entra na área da culpabilidade, recebendo o reverso que designámos por pena, objetivada pelo sofrimento.

Ao proceder a qualquer desestabilização da lei, por ignorância ou por interesses materiais, dominado pelo seu ego, logo, naturalmente, as leis cósmicas espirituais interferem para que vivencie aquela situação a fim de que fique consciencializado do mal praticado.

Por este motivo todos os grandes mestres da ciência espiritual cósmica afirmam que “só vivendo se sabe”.

Logo, com a medida com que medirdes, sereis medidos.

Deus deixaria de ser soberanamente omnipotente se o Universo pudesse ser alterado pelos seres que nele habitam. Mesmo quando tudo parece caos, é apenas ilusão porque nessa aparência estão forças cósmicas em movimento.

Do aparente caos observado provém sempre algo de superior e belo, na contínua transformação evolutiva.

A culpa é algo de negativo, como negativo é também a pena, o sofrimento.

Como já foi dito, o negativo da culpa produz de imediato o processo da pena. Por isso negativo gera negativo, pelo que pensamos que esse processo é a homeopatia cósmica do universo.

O bem nascido do amor produz o bem, que logo nasce do objeto visado, visto o positivo gerar o positivo.

Se assumirmos atitudes negativas como, por exemplo, odiando, o Universo assumirá atitudes negativas contra nós fazendo-nos ser odiados para nos transformarmos.

Se, pelo contrário, assumirmos atitude positiva como, por exemplo, amando, o universo assumirá atitude positiva, amando-nos.

É deste modo que se mantém o equilíbrio estável do Universo. E isto não é de agora mas de sempre, desde o princípio.

Tudo se desenrolou dentro de leis inalteráveis que tudo regem e tudo providenciam.

Na natureza não há a possibilidade de alterar leis, de revogá-las, de fazer novas ou de acrescentar as existentes porque tudo foi previsto e resolvido pela omnisciência Divina e declarado pelo Ser absoluto, o Creador “que tudo estava bem”.

Toda a sabedoria do Homem é cientificar-se de como tudo funciona na creação e, desse modo, não mais assumir atitudes negativas mas sempre atitudes positivas, sabendo que o grande arcano do Universo é o amor.

Toda a sabedoria consiste em que o Homem, espontaneamente, harmonize a sua manifestação subjetiva com a eterna e indestrutível realidade objetiva do Universo, sintonizando e fidelizando o seu minúsculo querer e agir com o grande querer, que é o agir Divino.

Porque quem nos mede com a mesma medida é a inexorável retidão das leis cósmicas – através do elemento a que denominámos consciência, servindo-se dos requisitos da natureza do Homem – intrínseca na natureza do todo.

A verdade e a justiça estão intrinsecamente representadas na natureza da própria creação, devidamente coordenadas.

A harmonia universal, subjetivamente negada pela culpa ou afirmada pelo amor, não pode, em hipótese alguma, deixar de agir no mesmo sentido, negativo ou positivo, sofrimento ou felicidade, levando em linha de conta os diversos graus atenuantes de consciência já obtidos pela alma.

Deste modo se considera perfeita a Justiça Divina pelo que devemos, antes de tomar posição, recordar que tudo quanto de nós sai, volta e por tal motivo devemos estar atentos para pró-agir corretamente.

E sendo assim que pensamos, não podemos deixar de observar aquela recomendação que Jesus nos faz: «Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. Eu porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo Céu, porque é o trono de Deus; nem pela Terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar; sim, sim; não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.» (Mt 5,33-37).

Muitas pessoas recorrem ao juramento, não só para se fazerem acreditar como também o exigem para ficarem tranquilos.

Mas há ainda quem jure em nome de Deus, o que não deixa de ser um perjúrio levando em conta o que atrás se encontra descrito como conselho de Jesus.

Os homens estão habituados a mentir uns aos outros para conseguirem obter os seus fins. E o hábito tornou-se tão vulgar que jurar ou não jurar não altera absolutamente nada neste mundo porque, de uma maneira geral, ninguém acredita.

Mas no âmbito da ciência do espírito onde a consciência se torna juiz de nós mesmos, é muito gravoso jurar-se falso, porque cria-se sofrimento devido à abrangência da acuidade da consciência.

De uma maneira geral todo o mundo mente, assim como se pode jurar falso.

Todo o mundo mente e leva as pessoas, desde tenra idade, a mentir induzidas pelos adultos a fim de colmatar esta ou aquela situação, usando para isso diversas desculpas.

Há pois alguns pretextos para se mentir: “esta mentira não prejudica ninguém” ou “é apenas uma mentira piedosa”, o que na realidade não deixa de ser uma refinadíssima mentira para além de ser aberto um precedente.
 
Pensamos que quando Jesus propôs esta imensa verdade, queria dizer-nos que não é o facto de nos debruçarmos em sintomas para os resolver que interessa, mas sim eliminar a verdadeira doença – a mentira.

Se a humanidade se habituasse a nunca mentir, que necessidade existiria do juramento? Um simples sim, ou um simples não, seria o suficiente.

Aquele que compreendeu os altos desígnios da mensagem crística, faz consigo mesmo o sagrado pacto de nunca faltar à verdade, por maiores que sejam as vantagens ou desvantagens.

Quando, às vezes, nos detemos nos anúncios de publicidade, podemos verificar as artes mágicas especializadas em ludibriar os outros semelhantes de modo a levá-los a satisfazerem os seus interesseiros objetivos.

No homem profano, o escrúpulo é o sentimento que ainda não faz parte da sua consciência e, por isso, nele tudo é mentira e hipocrisia em função da estrutura social que o próprio Homem criou e na qual ele se movimenta.

Certos países ditos cristãos na observância da justiça humana, obrigam as testemunhas a jurar sobre a Bíblia que só dirão a verdade, o que na maior parte das vezes não corresponde ao exigido.

Inconcebível factício pois estão jurando sobre o próprio livro cristão onde está escrito – como princípio espiritual – que não jurareis de forma alguma.

A verdadeira felicidade não germina senão num clima de verdade incondicional absoluta.
   
Muitos foram os homens que por amor à verdade sofreram tormentos imensos. Enquanto os seus corpos eram selvaticamente supliciados e sacrificados, as suas almas elevavam-se e enchiam-se de luz.

Sendo Deus a própria verdade, tanto mais divino é o Homem quanto mais intransigentemente abraçar a verdade.

Jesus, na sua missão, falou a seres humanos de diversas condições: humildes, incultos, cultos e outros, ditos senhores conhecedores das leis Divinas.

Porque razão o compreenderam melhor uns que outros? Se é que houve alguém que o compreendesse integralmente!

Porque, parafraseando Mateus em 13,12 e Lucas em 8,18 “Ainda hoje uns já têm e outros ainda não têm. Uns estão dormindo e outros estão acordados”. Tudo portanto depende do grau evolutivo em que se encontram.

E isto é padrão cósmico para toda a creação.

Ao fim e ao cabo cada um está no lugar a que chegou evolutivamente, mas todos, sem exceção, mereceram a disponibilidade de Jesus.

Porque Jesus já era amor e, sendo amor, é uma dádiva Divina de compaixão.  Abrame.

Um grande abraço espiritual
 

Offline Abrame

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Re: Pensamentos
« Responder #152 em: Janeiro 01, 2019, 11:48:18 am »
Companheiros do Caminho
Aqui temos mais um texto do Abrame para vossa apreciação

 O AMOR!
Falar de Amor ainda em território profano de evolução, é intelectualizar o conceito mental absorvido pelos pensamentos depositados na nossa mente pela análise superficial de tudo que nos rodeia nos Mundos de matéria densa.
Na verdade, o Amor é o grande arcano do Universo. Deus é Amor. Nós seremos em consciência absoluta Amor. Só que ainda não temos a consciência intrínseca desse imenso poder, embora o que somos o possua desde aquilo que somos.
Retiremos da mente do nosso interior todos os sentimentos negativos que ainda agora e, por muito tempo exerceremos como personas piedosas no comportamento formal que os nossos interesses e desejos reclamam por não sabermos quem somos.
No prosseguimento evolutivo vivido na obtenção do conhecimento espiritual, nasce em nós determinados sentimentos que nos levam aos primeiros degraus da sensibilidade de vivências interiores a que chamamos de amor, que englobam vários sentimentos morais que o próprio homem criou e que passaram a fazer parte dele, como: a caridade, a fraternidade, a compaixão, a amizade, a gratidão, o respeito pelo próximo, o socorro ao desvalido, a dádiva desinteressada, etc., etc. na medida evolutiva do caminho para o que será o verdadeiro Amor.
O Verdadeiro Amor não se faz, porque Ele já “É” e por isso, incondicional.
Jesus nos esclareceu: “Amarás o Senhor teu Deus com toda a tua alma, com toda a tua mente, com todo o teu coração e com todas as tuas forças, e amarás o próximo como a ti mesmo”.
Ele não disse só, demonstrou-o em diversos episódios da sua vida terrena.
Todo o mundo conhece esta frase lapidar, mas o conhecimento tem duas vertentes enquanto adquire consciência pelo discernimento, a intelectual, e aquela em que a inteligência se une ao coração. E, é aqui, nesta última, que o conhecimento se completa, transformando-se em sabedoria e perfeição absoluta pela união com a consciência do Todo.
O intelecto é frio e isolado, serve apenas o ego físico, mental e emocional, a personalidade humana, não passa através do desejo de uma ferramenta da intelectualidade, secundada pela mente profana, o que não permite a interação da realidade do Eu Superior.
Todo o conhecimento para fazer parte da consciência do Todo tem que ser vivido no mais íntimo da nossa alma. Viver na realidade é Amar.
Nas várias religiões e unidades espirituais não deixam de estar incluídos os imensos sentimentos que comportam o amor que agem, quando sentidos, já por verdadeira emotividade na alma humana através daquilo que somos.
Na Doutrina Espírita também nos encontrámos e deparámos com essa valência, onde no “Evangelho Segundo o Espiritismo” Alan Kardec menciona que “Fora da Caridade não há Salvação” cujo conhecimento lhe é proporcionado pelo estudo teórico validado pela observação prática no âmbito da vivência da dor e do sofrimento, tanto seu como do seu próximo, apenas porque não sabemos quem somos.
Amar é o verdadeiro viver. É fator imprescindível, pois que é pela sua condução exemplar no decurso das suas vidas de aprendizagem nos mundos da forma que o Homem atinge o estado evolutivo que o torna acreditado, respeitado e livre, devido ao exercício da verdade da sua vida e, também, para além da sua credibilidade espiritual, científica e filosófica.
Na procura da Verdade Suprema existem dois tipos de Ciência, ”A Ciência do Exterior e a Ciência do Interior”. Na conjugação e discernimento destas duas ciências encontraremos a razão da existência infinita do Ser da Vida.
Pensamos que perceber a diferença funcional de cada uma destas ciências, no contexto evolutivo, é fundamental para encontrar o caminho que leva a alma humana a chegar à transcendência da consciência do Todo.
Abrame.
Um grande abraço espiritual e o desejo de um Bom Ano.

Offline Abrame

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Re: Pensamentos
« Responder #153 em: Fevereiro 13, 2019, 19:18:12 pm »
                                     O CRER E A FÉ
Temos como princípio que “Só vivendo se sabe” .
É normal dizer-se que se acredita em Deus, ou que se tem muita Fé em Deus no sentido de fé ser “acreditar muito”. Quanto à nossa estrutura e compreensão espiritual, Crer é apenas acreditar em algo do qual não sabemos por apenas ser informativo ou deduzido e Fé ser saber por vivência espiritual paulatinamente adquirida através da ligação ao Divino no mais íntimo da nossa alma.
Na humanidade é muito usual as pessoas usarem estes dois termos nas áreas das religiões e da espiritualidade em geral embora, segundo pensamos, sejam distintas.
Crer é tomar como verdade algo que nos é contado, ou escrito e em que acreditamos sem qualquer prova exterior ou interior de veracidade. É um acreditar registado na nossa mente como real, porque é-nos dito por alguém em quem confiamos, ou ainda, porque o que nos é dito ou deduzido está justificado pela nossa mente profana em função da análise exterior dos preceitos e preconceitos que foram estabelecidos pelo próprio homem através do trajeto evolutivo da alma.
Não podemos deixar de tomar em conta, o que encontramos explanado no célebre livro que muito prezamos chamado “A Bíblia”, embora saibamos que ao longo de muitos séculos ela foi motivo de alterações por diversas exigências de estatutos humanos, visto que por aquilo que Jesus nos legou é sobejamente entendível se nos esforçarmos para compreender de um modo mais ou menos profundo tudo aquilo que nos ensina.   
Pensamos que só vivendo se sabe. Essa é a razão real porque devemos proceder à prática da meditação para podermos entrar em contato com a essência Divina, que se encontra no mais íntimo da nossa alma, para se conseguir a consciencialização requerida com vista à realização do Homem e desse modo, entrarmos no conhecimento da Verdade Absoluta que só Deus nos poderá dar.
Fé vem do termo latino “fides”, que é radical de fidelidade. Fé é uma atitude de fidelidade, de harmonização, de sintonia. Foi a palavra ocidental que melhor se apresentou aos então tradutores do sânscrito, do copta e do aramaico, para transmitir a vivência da alma relativa com a alma absoluta, conforme Jesus e os apóstolos compreendiam esse estado de interação.
 Em Lucas 17,6 disse Jesus: «E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria».
E ainda em Mateus 21,21 disse Jesus: «Jesus, porém respondendo disse- lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito».
Quanto a nós, preferimos interpretar Jesus em aprofundamento espiritual, com o maior rigor que nos for possível, dentro do costume usado desde sempre pelos místicos e enviados em missão de esclarecimento a que Jesus, através de parábolas e ditos não se furtou, fazendo-o em termos esotéricos, e por isso consideramos que se o entendêssemos literalmente seria um absurdo mandar uma árvore plantar-se e ou mandar um monte precipitarem-se no mar. Com isso, o que Jesus fez foi valorizar somente o Poder da Fé na evolução realizadora da alma humana.
Sobre o acima descrito, dos ditos de Jesus, pensamos que a alusão à figueira e à montanha, em termos esotéricos, também sugerem e têm muito a ver com montanhas enormes e árvores com raízes profundas e fartos ramos de negatividades, que são estruturas acumuladas e desvirtuadas da nossa mente profana e que, operam através do nosso Ego.
E disso passaram a entender os apóstolos ao dizerem em Lucas 17,5: «Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a Fé» como se a Fé pudesse ser acrescentada de fora e não manifestada de dentro.
Analogicamente Fé é como um recetor de alta-fidelidade na alma humana, produzindo emissões já pela evolução evolutiva do conhecimento espiritual através da imanação da essência Divina, em alta sintonia.
Aludindo, conforme nossa conceção, à Parábola da Semente em Marcos 4-26-29, Fé é como uma semente, porque é vivência interior com o Divino, que vai germinando e crescendo no interior profundo da nossa alma em evolução sem darmos por isso, porque depois de a sentirmos através da intuição, não mais deixaremos de cuidar dela; porque ela traz-nos a harmonia, a paz e, sobretudo, propicia sermos esclarecidos sobre as nossas interrogações e envolvidos pelo amor Divino, dando assim expansão à nossa consciência e, por conseguinte abrangência silenciosa e estado de compreensão.
Aguardemos pois, com serenidade e silenciosa devoção de Fé, pela explosão incomensurável dessa força luminosa e única no interior sagrado da nossa alma – padrão cósmico – que lhe dá o excelso estado de transcendência, produzida pela manifestação da essência Divina em nós, que a transforma, pelo nascer de novo, em Espírito Puro no seio da Consciência Absoluta.
Abrame     
Mais um texto para vossa apreciação.

Offline Abrame

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Re: Pensamentos
« Responder #154 em: Abril 23, 2019, 15:53:37 pm »
Companheiros do Caminho
Vos envio mais um texto para vossa apreciação do Abrame

                                                 "AS DÚVIDAS"

Benditas sejam as dúvidas, pois o processo evolutivo tem por base - para todo aquele que quer compreender a existência de si mesmo e de todos os seres creados - "as dúvidas" e só adquirirá este conhecimento pela análise de tudo quanto o rodeia através da observação, questionando-se e interrogando-se: "Porquê"?

Devemos por isso esforçar-nos por entender estudando, meditando, funcionando como observadores num estado mental neutral. Esta é a razão porque   a creação funciona em dualidade, para que possam haver meios de comparação que não passam de situações complementares com aspeto positivo e negativo.

Todos nós já passámos por diversos tipos de sofrimentos e dores e, por desconhecimento das Leis que regem a EVOLUÇÃO, ficamos atónitos e cheios de dúvidas sobre a real compreensão da razão de ser da Vida. No entanto, tudo se encontra corretamente creado, nada acontece por acaso pois tudo tem uma razão de ser.

As dúvidas transformam-se no objeto das nossas meditações que, pela observação, nos levam ao seu conhecimento integral, positivo e negativo, fornecido por aquela fonte inesgotável que tem a sua nascente no mais íntimo do nosso ser real, cientificando-nos do correto e do incorreto.
 
Não agir extemporaneamente é um pormenor que demonstra que já alijámos de nós o instinto animal no agir, reagir e interagir, pelo que devemos educar-nos, pro-agindo, oferecendo sempre a outra face, ou seja, a nossa ação ou reação positiva que é a outra face da moeda.

É importante saber que os mundos da forma são estabelecimentos de ensino de diversos escalões ascendentes do conhecimento, pelo que nos iremos posicionando conforme o escalão de evolução atingido.
 
O problema reside na compreensão de como a creação se desenvolve evolutivamente, sintonizada com a capacidade de consciência alcançada gradualmente por cada Ser.

Acreditamos que ninguém sobe ao escalão seguinte sem ter adquirido as condições desse escalão, pois somos seres em evolução que atravessamos milénios de experienciarão vivida desde a inconsciência à consciência, e nos preparamos para alcançar, quando isso for possível, a superconsciência que nos levará gradualmente à supra consciência ao atingirmos a consciência do Todo.

O segredo está em sabermos aceitar tudo aquilo que se nos depara nas nossas vidas nos mundos de aprendizagem pois, bem compreendido, tudo se encontra disposto para ser tomado como lição a consciencializar tomando como certa esta assertiva: " Só vivendo se Sabe".

Por isso, na interação com os outros seres, devemos tentar compreender o nosso semelhante, o estado evolutivo em que se encontra e perceber que ele só nos pode dar aquilo que tem e nada mais, pois é dessa compreensão que nasce em nós a tolerância e o amor fraternal.

Compreendendo o desenrolar da Creação nasce em nós a aceitação do nosso próprio sofrimento e dor, por sabermos que aquilo que nos acontece foi tecido por nós próprios, e o entendimento de que ao vivenciarmos esses sofrimentos estamos a ser cientificados das nossas negatividades que desconhecíamos como tal, dando-lhe outro significado.

No nosso dia-a-dia deveremos fazer o possível por praticar as leis de Deus, que mais não são do que a Doutrina que Jesus trouxe ao mundo porque "todo aquele que pratica saberá".

Disse Jesus: "Se alguém está disposto a fazer a vontade dele (DEUS), é capaz de ajuizar se a Doutrina procede de Deus, ou se eu falo por minha conta" (J0 7,17).

Deste modo, na nossa interação com os nossos semelhantes, somos levados à compreensão dos seus estados evolutivos, dando-nos uma outra visão, mais correta, que nos faz consciencializar da existência dos sentimentos de compaixão ou de regozijo fraterno que se acham potencialmente em nós e que, por esse meio, vieram à luz no processo evolutivo da nossa alma.

Podemos ficar certos de que não estamos sós nesta caminhada ascensional, visto que a evolução da creação se resolve em si mesma e em pleno intercâmbio global.

Acreditamos que no deserto das nossas dúvidas, debaixo do calor abrasador do sol do nosso interior, iremos encontrando pequenos oásis que, a pouco e pouco, vão saciando a sede e amenizando o fogo intenso da nossa alma até que a plenitude amena da certeza aureolada pela verdade nos liberte da opressão incansável do esforço despendido por termos chegado à realidade daquilo que somos.

Tude tende para a unidade - Padrão cósmico. Dúvidas são como riachos que se transformam em afluentes correndo para os rios e avolumando os seus caudais que, oportunamente, desaguam no Oceano incomensurável da Consciência Cósmica.

Seres superiores em grau evolutivo nos acompanham por amor, intuindo-nos fraternalmente nesta caminhada cósmica que é a epopeia Cósmica do Ser Humano e que tem como resultado o "Filho do Homem" que mais não é do que aquilo a que Jesus chamou na conversa com o bondoso doutor da Lei Judaica, Nicodemos, O NASCER DE NOVO".

Benditas sejam as "Dúvidas" para quem procura a "Verdade".

Abrame
Um grande abraço de Fraternidade Espiritual.