Autor Tópico: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )  (Lida 22267 vezes)

Offline maria

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O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« em: Outubro 23, 2008, 23:39:50 pm »

Olá a todos

As várias religiões são imorais, umas para as outras!

O objectivo é o mesmo: a Realização de Deus ou Auto-Realização!

Os Mestres dizem todos a mesma coisa! Simplesmente, como cada Mestre tem a sua própria personalidade, diferente da dos outros, têm características diferentes dos outros e se Auto-Realizou de maneira diferente, actua de maneira diferente. Então os discípulos formam julgamentos que nada têm que ver com o ensinamento do seu Mestre; e fanatizam-se com ideias tais como: "O meu caminho é que é bom, o dos outros está errado", o meu Mestre é que está certo, os outros não prestam" etc.

Não são os Mestres que dizem isto! São aqueles que ficam depois dos Mestres desencarnarem, que pelo facto de não serem Mestres eles próprios não estão no "mesmo ponto" do seu Mestre e não conseguem "apanhar" o verdadeiro significado dos seus ensinamentos, das suas palavras ou do seu silencio.

Se não, reparem: se nós formos analisar a mentalidade religiosa Hindu em termos de Yoga, existe o Carma e então as pessoas têm que ser vegetarianas, para que não comam aquilo que custou a vida dum animal.
Por isto, para os Hindus, Jesus não foi um Mestre realizado! Não pode ser.
Porquê?
1º Porque Ele comia Peixe
2º Bebia vinho
3º Acompanhava com as pessoas mais baixas da sociedade e ainda por cima:
4º Fazia Caridade ( em vez de meditar) e.........-o máximo:
5º Jesus foi crucificado

Segundo a mentalidade religiosa Hindu e em termos de Carma, Ele deve ter sido uma pessoa muito má nas vidas anteriores, para ter um Carma tão pesado; porque coitado, "até teve que sofrer a crucificação"; com certeza que na vida anterior matou muita gente. Que Carma pesado!
E não cabe na cabeça dos Hindus que Ele pudesse ter sido um Mestre Realizado!

Ramakrishna foi o único que tentou ensinar aos discípulos toda a inutilidade do separatismo.

Para os Católicos, os Mestres Hindus estão totalmente errados. Eles não aceitam que,por exemplo, Mahavir fosse um Mestre Realizado,porque vivia nu, junto com as cabras, sentado em meditação durante anos e anos, sem fazer mais nada na vida. Para os Católicos isto é o máximo do egoísmo. porque Jesus fazia caridade, curava as pessoas, dava de comer aos pobres, multiplicava os pães e os peixes. Então, quem é este Mahavir? Ele nunca fez nada disto, era extremamente egoísta vivendo em meditação "sem fazer nada pelos outros"! E não entra na cabeça dos Católicos que um Mestre em Meditação está a fazer mais pelo Planeta Terra do que a missa dominical, onde muitos Católicos vão, hipocritamente, pedir perdão de erros que vão cometer de novo na semana seguinte.

Para os Jainistas (seguidores de Mahavir) não é possível que Krishna fosse um Mestre Auto-Realizado, porque Ele tocava flauta, ia atirar pedras aos cântaros das raparigas que iam à fonte e, ainda por cima, foi Ele o causador da guerra do MahaBharata (Bhagavad Gita), porque instigou Arjuna a lutar contra os parentes.

E Maomé que foi um guerreiro?

E Buda, que em vez de herdar o trono do pai e ajudar todo o povo do seu reino, abandonou tudo para meditar?

Para os Yogas meditar é que é bom, porque quando uma pessoa medita, acaba por se Iluminar e então poderá Iluminar muita gente.
Para os Católicos fazer caridade é que é bom, cuidando assim do corpo das pessoas.
Para os Orientais o corpo não vale nada, portanto, cuidar do corpo é pura perca de tempo.
Para os Muçulmanos fazer jejum é que é bom, pois enfraquecer o corpo é a maneira de nos purificarmos e obtermos a Graça Divina.
Para os Budistas só renunciando à vida é que nos Auto-Realizamos....etc...
Tudo isto, sem entrar nas rivalidades entre as várias ramificações de cada religião.
no meio de tudo isto, quem é que se entende? Poucas pessoas! Muito poucas, mesmo!

Mas não foi isto que os Mestres disseram: Não é isto que Eles dizem! Nem Mahavir, nem krishna, nem Cristo, nem Buda, nenhum deles disse nada disto.

São os seus discípulos, depois , que fazem julgamentos e para eles é profundamente imoral tudo (ou quase tudo) aquilo que os outros fazem. São eles que depois instituem a Religião, que a organizam.

Os julgamentos da moral (ou do imoral) dependem, geográficamente, das mentes dos que não são sábios, nem Mestres. Nada tem que ver com a Realidade.

E as religiões organizadas têm destruído a liberdade e a criatividade das pessoas, têm dividido as pessoas, têm "morto" a felicidade desta vida, com as suas cerceações e as suas promessas dum paraíso no "além".

A felicidade deve ser procurada "nesta vida", a alegria não depende de nenhum factor exterior a nós.

Quanto mais nos interiorizarmos, quanto mais nos auto-conhecermos, quanto mais procurarmos a Auto-Realização e o Divino, mais felizes somos, aqui e agora! Os julgamentos não são Realidade!


um abraço
maria





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O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #1 em: Outubro 30, 2008, 19:52:15 pm »
Olá Amigos

" O Prazer é Uma Canção de Liberdade
Mas não é a Liberdade


As pessoas que bebem demasiado álcool são pessoas que procuram ser felizes! São pessoas carentes e procuram a felicidade à sua maneira e a sua maneira é bebendo álcool. Mas não se consegue fazer compreender isto a uma pessoa semi-etilizada já. Não lhe é possível compreender que o que procura no álcool está dentro de si, porque para essa pessoa só é real que o álcool é a única coisa capaz de o fazer esquecer os problemas e as carências, por isso se julga mais feliz durante esses momentos.
Mas a felicidade não pode nunca vir do exterior, do que é efémero, nem significa esquecimento. A verdadeira felicidade é muito consciente.
Com a droga passa-se o mesmo. Ela pode proporcionar momentos de alteração de consciência (bons ou maus, tal como o álcool) anormal, onde toda a perspectiva da pessoa é alterada.
No álcool o esquecimento dos problemas pode dar "bom ou mau vinho" conforme aquilo que a pessoa é. Na droga, pode haver boas ou más "trips" conforme "aquilo em que a pessoa está".

Quer uns, quer outros vão esquecendo as suas frustrações, pela perspectiva alterada, pelo esquecimento, que não tem nada que ver com aquilo que a rodeia. Só tem que ver com a própria pessoa.

Mas todos eles procuram ser felizes, todos eles são carentes, todos eles são frustrados.

Que ninguém os julgue nem condene. Ninguém tem esse direito. Eles procuram ser felizes, tal como nós procuramos na espiritualidade. Simplesmente, o que acontece, é que eles são "crianças" do ponto de vista de "sabedoria" espiritual e nós somos "mais velhos", por isso nós procuramos a felicidade no caminho certo, na busca da Auto-Realização, ao passo que eles ainda andam fascinados pelos "brinquedos" da ilusão.

E isto não é moral, nem imoral! É ver as coisas, a Realidade duma perspectiva Amoral. Porque a verdadeira espiritualidade é Amoral.

E há pessoas que procuram a felicidade de outra maneira: Jogando! O jogo provoca efeitos extremamente negativos. As pessoas que jogam são pessoas que têm necessidade de criar qualquer coisa. E como não descobrem essa capacidade (ou a maneira de a exteriorizar), devotam-se ao jogo e ficam obcecados por ele. Isto não é imoral. O que não leva é a lado nenhum positivo. Porque o jogo:
1º Impede que a pessoa utilize essa sua criatividade, sendo feliz
2º Desenvolve um espírito competitivo, naturalmente, que é exactamente o caminho oposto ao que deve ser seguido. Em vez de caminhar no sentido da União com o Todo e todos, o jogador separa-se cada vez dos seus competidores. Em vez disso, nós temos que caminhar no sentido da identificação com o Absoluto, e quando lá chegamos temos bem a sensação real, concreta, vivida, experimentada de que o Universo e nós somos UM!

Quando a pessoa joga está em oposição ao adversário, está ostensivamente dividido em competição com outras pessoas.

A moralmente falando, o jogador está simplesmente a fazer o oposto do que devemos fazer para atingir a Auto-Realização.

Tudo isto tem que ver com a nossa vontade de andar mais ou menos depressa em direcção ao Todo.

Também há outro aspecto que a sociedade costuma considerar imoral: o homossexualismo.
As pessoas que procuram a felicidade desta maneira são passíveis de se Auto-Realizarem com certa facilidade, porque procuram uma identificação, procuram o que lhe é semelhante, por isso procuram pessoas do mesmo sexo. Mas também aqui o caminho é errado, não porque seja moral ou imoral, mas porque a Identificação que proporciona felicidade é a que se dá no Absoluto e não com pessoas que são tão infelizes entre si. O homossexual está a perverter totalmente um determinado valor, mas a sua busca de identificação (em sentido oposto) revela uma busca de Auto-Realização sensível. Simplesmente não é com outro ser humano que nos vamos identificar, mas sim com o Divino, o Todo.

Estes temas, como já disse, não são nem morais, nem imorais; a verdadeira espiritualidade é amoral. Os julgamentos que as pessoas possam fazer destes e de outros assuntos, não passam disso mesmo, de julgamentos mentais, e são do mesmo género que os Hindus fazem contra os Católicos, e os Jainistas contra os Muçulmanos, etc., naquela confusão toda sobre Mestres e Iluminados. E os Mestres nunca julgaram ninguém!

Essencialmente, quanto menos julgamentos nós fizermos, quanto menos nós pensarmos em termos de avaliação concreta (mente inferior) mais podemos pensar em termos abstractos (mente superior) e por aí então poderemos chegar à Sabedoria.

Portanto, o facto de algumas pessoas fazerem uma procura da felicidade dos modos que anteriormente falamos (qualquer deles) só diz respeito a elas mesmas, com a certeza de que fazem o oposto do que deveriam fazer.

E, como disse uma vez um Mestre: aproveitem a fazer isso tudo agora, enquanto ainda não estão Iluminados, porque depois não o farão mais!

                                   
Um abraço
maria
                             


   
« Última modificação: Outubro 30, 2008, 20:12:31 pm por maria »

Offline maria

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #2 em: Junho 01, 2009, 22:21:28 pm »
Queridos amigos!

Há poucos dias tive o privilégio de receber uma mensagem do amigo Kunti,e pensei repassá-la para outros amigos,mas porque não partilhá-la convosco aqui no fórum? Penso que deste modo muitos ( e não um número restrito) teremos a oportunidade de interiorizar  estes conhecimentos para a nossa evolução mental.




O  BOM  LADRÃO

“Alguns dias antes da prisão do Mestre, os discípulos, nas suas discussões naturais, comentavam o problema da fé, com o desejo desordenado de quantos se atiraram aos assuntos graves da vida, tentando apressadamente forçar uma solução.

– Como será essa virtude? De que modo conservá-la-emos intacta no coração? – inquiria Levi, com atormentado pensamento. Tenho a convicção de que somente o homem culto pode conhecer toda a extensão de seus benefícios.

– Não tanto assim – aventava Tiago, seu irmão –, acredito que basta a nossa vontade, para que a confiança em Deus esteja viva em nós.

– Mas a fé será virtude para os que apenas desejam? – Perguntava um dos filhos de Zebedeu.

A um canto, como distante daqueles duelos da palavra, Jesus parecia meditar. Em dado instante, solicitado ao esclarecimento, respondeu com suavidade:

– A fé pertence, sobretudo, aos que trabalham e confiam. Tê-la no coração é estar sempre pronto para Deus. Não importam a saúde ou a enfermidade do corpo, não têm significação os infortúnios ou os sucessos felizes da vida material. A alma fiel trabalha confiante nos desígnios do Pai, que pode dar os bens, retirá-los e restituí-los em tempo oportuno, e caminha sempre com serenidade e amor, por todas as sendas pelas quais a mão generosa do Senhor a queira conduzir.

– Mas, Mestre – redargüiu Levi, em respeitosa atitude –. como discernir a vontade de Deus, naquilo que nos acontece? Tenho observado grande número de criaturas criminosas que atribuem à Providência os seus feitos delituosos e uma legião de pessoas inertes que classificam a preguiça como fatalidade divina.

– A vontade de Deus, além da que conhecemos através de sua lei e de seus profetas, através do conselho sábio e das inclinações naturais para o bem, é também a que se manifesta, a cada instante da vida, misturando a alegria com as amarguras, concedendo a doçura ou retirando-a, para que a criatura possa colher a experiência luminosa no caminho mais espinhoso. Ter fé, portanto, é ser fiel a essa vontade, em todas as circunstâncias, executando o bem que ela nos determina e seguindo-lhe o roteiro sagrado, nas menores sinuosidades da estrada que nos compete percorrer.

– Entretanto – observou Tomé –, creio que essa qualidade excepcional deve ser atributo do espírito mais cultivado, porque o homem ignorante não poderá cogitar da aquisição de semelhante patrimônio.

O Mestre fitou o apóstolo com amor e esclareceu:

– Todo homem de fé será, agora ou mais tarde, o irmão dileto da sabedoria e do sentimento; porém, essa qualidade será sempre a do filho leal ao Pai que está nos céus.

O discípulo sorriu e obtemperou:

– Todavia, quem possuirá no mundo lealdade perfeita como essa?

– Ninguém pode julgar em absoluto – disse o Cristo com bondade –, a não ser o critério definitivo de Deus; mas, se essa conquista da alma não é comum às criaturas de conhecimento parco ou de posição vulgar, é bem possível que a encontremos no peito exausto dos mais infelizes ou desclassificados do mundo.

O apóstolo sorriu desapontado, no seu ceticismo de homem prático. Dentro em pouco, a pequena comunidade se dispersava, à aproximação do manto escuro da noite.


*

Na hora sombria da cruz, disfarçado com vestes diferentes, Tomé acompanhou, passo a passo, o corajoso Messias.

Estranhas reflexões surgiam-lhe no espírito. Sua razão de homem do mundo não lhe proporcionava elementos para a compreensão da verdade toda. Onde estava aquele Deus amoroso e bom, sobre quem repousavam as suas esperanças? Seu amor possuiria apenas uma cruz para oferecer ao filho dileto? Por que motivo não se rasgavam os horizontes, para que as legiões dos anjos salvassem do crime da multidão inconsciente e furiosa o Mestre amado? Que Providência era aquela que se não manifestava no momento oportuno? Durante três anos consecutivos haviam acreditado que Deus guardava todo o poder sobre o mundo; não conseguia, pois, explicar como tolerava aquele espetáculo sangrento de ser o seu enviado, amorável e carinhoso, conduzido para o madeiro infamante, sob impropérios e pedradas. O prêmio do Cristo era então aquele monte da desolação, reservado aos criminosos?

Ansioso, o discípulo contemplou aquelas mãos, que haviam semeado a bem e o ardor, agora agarradas à cruz, como duas flores ensangüentadas. A fronte aureolada de espinhos era uma nota irônica na sua figura sublime e respeitável. Seu peito tremia, ofegante, seus ombros deveriam estar pisados e doloridos. Valera a pena haver distribuído, entre os homens, tantas graças do céu? O malfeitor que assaltava o próximo era, agora, a seu ver, o dono de mais duradouras compensações.

Tomé se sentia como que afogado. Desejou encontrar algum dos companheiros para trocar impressões, entretanto, não viu um só deles. Procurou observar se os beneficiados pelo Messias lhe assistiam ao martírio humilhante, na hora final, lembrado de que ainda na véspera se mostravam tão reconhecidos e felizes com sua santa presença. A ninguém encontrou. Aqueles leprosos que haviam recuperado o dom precioso da saúde, os cegos que conseguiram rever o quadro caricioso da vida, os aleijados que haviam cantado hosanas à cura de seus corpos defeituosos, estavam agora ausentes, fugiam ao testemunho. Valera a pena praticar o bem? O apóstolo, mergulhado em dolorosos e sombrios pensamentos, deixava absorver-se em estranhas interrogações.

Reparou que em torno da cruz estrugiam gargalhadas e ironias. O Mestre, contudo, guardava no semblante uma serenidade inexcedível. De vez em quando, seu olhar se alongava por sobre a multidão, como querendo descobrir um rosto amigo.

Sob as vociferações da turba amotinada, a Tomé parecia-lhe escutar ainda o ruído inolvidável dos cravos do suplício. Enquanto as lanças e os vitupérios se cruzavam nos ares, fixou os dois malfeitores que a justiça do mundo havia condenado à pena última. Aproximou-se da cruz e notou que o Messias punha nele os olhos amorosos, como nos tempos mais tranqüilos. Viu que um suor empastado de sangue lhe corria do rosto venerável, misturando-se com o vermelho das chagas vivas e dolorosas. Com aquele olhar inesquecível, Jesus lhe mostrou as úlceras abertas, como o sinal do sacrifício. Penosa emoção dominou a alma sensível do discípulo. Olhos nevoados de pranto, recordou os dias radiosos do Tiberíades.

As cenas mais singelas do apóstolo ressurgiam ante a sua imaginação. Subitamente, lembrou-se da tarde que haviam comentado o problema da fé, parecendo-lhe ouvir ainda as elucidações do Mestre, com respeito à perfeita lealdade a Deus. Reflexões instantâneas lhe empolgaram o coração. Quem teria sido mais fiel ao Pai do que Jesus? Entretanto, a sua recompensa era a cruz do martírio! Absorto em singulares pensamentos, o apóstolo observou que o Messias lançava agora os olhos enternecidos sobre um dos ladrões que o fixava afetuosamente.

Nesse instante, percebeu que a voz débil do celerado se elevava para o Mestre, em tom de profunda sinceridade:

– Senhor! – disse ele, ofegante – lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino!...

O discípulo reparou que Jesus lhe endereçava, então, o olhar caricioso, ao mesmo tempo que aos seus ouvidos chegavam os ecos de sua palavra suave e esclarecedora :

– Vês, Tomé? Quando todos os homens da lei não me compreenderam e quando os meus próprios discípulos me abandonaram, eis que encontro a confiança leal no peito de um ladrão!...”

Do Livro: BOA NOVA
Psicografado por Chico Xavier
Espírito: Humberto de Campos

Obrigado Kunti!

Um abraço a todos
maria



Offline hermes

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #3 em: Junho 07, 2009, 20:49:48 pm »
Amigos
Há uns tempos que venho lendo artigos de um estudioso que me tem dado grande prazer de ler e por isso quero partilhar convosco o que abaixo se segue de Wagner Borges, intitulado Uma prece ao melhor do teu ser.
:: Wagner Borges ::

(Com Alma Celta em Coração de Menino)

Que esses escritos levem amor ao teu coração.
Que tudo que é trevoso se afaste de ti.
Que tu te encantes com o presente da vida.
Que tua alma seja curada na luz.
Que teus pensamentos sejam justos.
Que tuas mãos sejam curadoras.
Que teu trabalho te dignifique.
Que tu sejas querido na prece dos outros.
Que teu olhar revele o brilho do Eterno.
Que tu tenhas consciência da Sagrada Presença*.
Que tu vejas algo lindo, mesmo num dia cinzento.
Que tu não deixes passar um grande amor...
Que teu coração seja generoso, como o Sol.
Que teus passos sejam honrados.
Que a perda de alguém querido não te seja um fardo.
Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria.
Que tu aprecies muitas canções, e te encantes com elas.
Que tu não tenhas medo de amar.
Que tuas emoções não te sejam um peso.
Que tu honres aos teus pais e teus ancestrais.
Que tu sejas um bom exemplo de vida para teus filhos.
Que tu atravesses a vida com assombro e admiração.
Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver.
Que tu saibas te abrir, para a vida te dizer algo justo.
Que teus lábios estejam sempre fechados para queixumes.
Que, por mais que te atentem, não traias teu coração.
Que tu saibas perdoar, aos outros e a ti mesmo.
Que tu tenhas sabedoria para corrigir teus erros.
Que tu não vejas a cor da pele dos homens, mas a luz neles.
Que o mal não faça morada em teu coração.
Que tu não valorizes aquilo que rebaixa o teu espírito.
Que nada te afaste da luz e do amor verdadeiros.
Que tu estejas sempre num círculo de luz.

(Dedicado ao meu grande amigo e poeta gaúcho Cloves Fortes Pain, que, há 17 anos, se mandou de Porto Alegre e foi morar no Céu; e ao meu grande amigo paulista Edmilson Federzoni, que foi quem me trouxe do Rio de Janeiro para morar e trabalhar em São Paulo, há 21 anos, e que, para minha grande alegria, me informou hoje que será pai pela primeira vez.)

Paz e Luz.
Amor e Presença.

- Wagner Borges - pequeno coração nas ondas de um Grande Amor...

São Paulo, 19 de fevereiro de 2009.

- Nota:
* A Presença - metáfora celta para o Todo que está em tudo. Quando os antigos iniciados celtas admiravam os momentos mágicos do alvorecer e do crepúsculo, costumavam dizer: "Isso é um assombro!" E assim era para todas as coisas consideradas como manifestações grandiosas da Natureza e do ser humano. Ver o brilho dos olhos da pessoa amada, a beleza plácida da lua, a alegria do sorriso do filho, ou o desabrochar de uma flor eram eventos maravilhosos. Então, eles ousavam escutar os espíritos das brumas, que lhes ensinaram a valorizar o Dom da vida e a perceber a pulsação de uma PRESENÇA em tudo. A partir daí, eles passaram a referir-se ao TODO QUE ESTÁ EM TUDO como a PRESENÇA que anima a Natureza e os seres. Se a luz da vida era um assombro de grandiosidade, maior ainda era a maravilha da PRESENÇA que gerava essa grandiosidade. Perceber essa PRESENÇA em tudo era um assombro! E saber que o sol, a lua, o ser amado, os filhos, as flores e a Natureza eram expressões maravilhosas dessa totalidade, levava os iniciados daquele contexto antigo da Europa a dizerem: "Que assombro!" Hoje, inspirado pelos amigos invisíveis celtas, deixo registrado aqui nesses escritos o "terno assombro" que sinto ao meditar na PRESENÇA que está em tudo. E lembro-me dos ensinamentos herméticos inspirados no sábio estelar Hermes Trismegisto, que dizia no antigo Egito: "O TODO está em tudo! O Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração." O TODO ou A PRESENÇA, tanto faz o nome que se dê. O que importa mesmo é a grandiosidade de se meditar nisso; essa mesma grandiosidade de pensar nos zilhões de sóis e nas miríades de seres espalhados pela vastidão interdimensional do Multiverso, e de se maravilhar ao se perceber como uma pequena partícula energética consciente e integrante dessa totalidade, e poder dizer de coração: "Caramba, que assombro!"

Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
Visite seu Site e conheça a área de áudio e vídeo.
Email:

 
Do vosso sempre amigo Hermes
« Última modificação: Junho 08, 2009, 11:19:00 am por hermes »

Offline hermes

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #4 em: Julho 17, 2009, 21:22:28 pm »
Amigos do Caminho
Há dias um amigo meu a propósito de algumas conversas que tivemos, presentiou-me com um escrito Taoista de grande mestria espiritual, que não resisto a deixar de compartilhá-lo convosco, sabendo eu do vosso grande interesse por estes assuntos.

Hsing Hsing Ming Gatha de Seng Tsang, terceiro Patriarca Chan

Não é difícil descobrir tua Mente Búdica
Simplesmente deixe de procurá-la.
Deixe de aceitar e rejeitar possíveis lugares
Onde pensas que ela possa estar
E ela aparecerá diante de ti.
Cuidado! O menor sinal de preferência
Abrirá um abismo largo e profundo
como o espaço entre o céu e a terra.
Se queres encontrar tua Mente Búdica
Não tenha opiniões sobre nada.
Opiniões produzem argumento
E a disputa é uma doença da mente.
Submerge nas profundezas.
A quietude é profunda. Não há nada profundo em águas rasas.
A Mente Búdica é perfeita e engloba o universo.
Não tem carência de nada e nada tem em excesso.
Se pensas que podes escolher entre as suas partes
Perderás de vista a sua verdadeira essência.
Não te apegues às aparências, às coisas opostas,
às coisas que existem como relativas.
Aceite-as com imparcialidade
E não terás que perder tempo com escolhas sem sentido.
Os julgamentos e discriminações bloqueiam o fluxo e trazem as paixões.
Irritam a mente que precisa de quietude e paz.
Se vais de se a senão, de isto a aquilo,
ou quaisquer dos inumeráveis opostos,
Perderás de vista o todo, o Uno.
Seguindo um oposto estarás te extraviando,
para longe do centro de equilíbrio.
Como esperas alcançar o Uno?
Decidir o que é, é determinar o que não é.
Mas determinar o que não é pode te ocupar tanto
que acaba se convertendo no que é.
Quanto mais falas e pensas, mais longe te encontras.
Deixa de falar e de pensar, e o encontrarás em todas as partes.
Se deixares todas as coisas voltarem à sua origem, está bem.
Mas se paras para pensar que esta é sua meta
E que é disto de que o sucesso depende,
E lutas e lutas ao invés de simplesmente deixar ir, não estarás praticando Zen.
No momento em que começas a discriminar e a preferir perdes o caminho.
Buscar o real também é um falso ponto de vista
que deveria ser igualmente abandonado.
Deixa passar! Deixa de buscar e de escolher.
As decisões dão lugar às confusões,
e aonde pode chegar uma mente confusa?
Todos os pares de opostos vêm da única Grande Mente Búdica.
Aceita os opostos com dócil resignação.
A Mente Búdica permanece calma e quieta,
Mantenha sua mente nela e nada poderá te perturbar.
O inofensivo e o danoso deixam de existir.
Os sujeitos, quando liberados de seus objectos, desaparecem
Tão certamente quanto os objectos, quando liberados de seus sujeitos, desaparecem também.
Cada um depende da existência do outro.
Entenda esta dualidade e verás
que ambos provêm do Vazio do Absoluto.
A base de todo Ser contém os opostos.
Todas as coisas se originam do Uno.
Que perda de tempo escolher entre grosso e fino.
Já que a Grande Mente faz nascer todas as coisas,
Abrace-as todas e deixe morrer teus preconceitos.
Para realizar a Grande Mente não sejas vacilante nem ansioso.
Se tentar pegá-la, agarrarás o ar e cairás no caminho dos heréticos.
Onde está o Grande Tao? Podes deixá-lo?
Ele permanecerá ou se irá?
Não está em toda a parte esperando por você
para unir a tua natureza com a Sua
e ficar livre de problemas como Ele é?
Não canse tua mente te preocupando em saber
o que é real e o que não é,
Sobre o que aceitar ou o que rejeitar.
Se queres conhecer o Uno,
deixe teus sentidos experimentarem o que vier,
Mas não seja influenciado e nem te envolvas no que vier.
O sábio age sem emoção e parece nem estar agindo.
O ignorante permite que suas emoções o envolvam.
O sábio compreende que todas as coisas são parte do Uno.
O ignorante vê diferenças em toda parte.
Todas as coisas são iguais em sua essência,
assim apegar-se a algumas e abandonar outras
é viver no engano.
A mente não é juiz equânime de si mesma.
Tem preconceitos a favor ou contra si mesma.
Não pode ver nada objectivamente.
Bodhi está além de toda noção de bem e mal, além dos pares de opostos.
Os devaneios são ilusões e as flores nunca florescem no céu.
São invenções da imaginação e não merecem ser considerados.
Ganho e perda, certo e errado, grosso e fino.
Deixa todos irem!
Permanece atento. Mantém abertos teus olhos.
Teus devaneios desaparecerão.
Se não fizeres julgamentos, tudo será exactamente como deve ser.
Profunda é a sabedoria do Tathagata,
Excelsa e além de todas as ilusões.
Este é o Uno a que todas as coisas retornam desde que não as separe,
mantendo algumas e afastando outras.
De qualquer modo, onde as deixaria?
Todas estão dentro do Uno. Não há fora.
O Supremo não tem modelo, dualidade, e nunca é parcial.
Confia nisto. Mantém viva a tua fé.
Quando abandonas todas as distinções nada sobra
excepto a Mente que é agora pura, que irradia
sabedoria, e nunca se cansa.
Quando a Mente abandona as discriminações
Os pensamentos e os sentimentos não podem sondar suas profundezas.
O estado é absoluto e livre.
Não há nem eu nem o outro.
Apenas te darás conta de que és parte do Uno.
Tudo está dentro e nada está fora.
Os sábios do mundo todo compreendem isto.
Este conhecimento está além do tempo, seja longo ou curto,
Este conhecimento é eterno. Nem é e nem não é.
O todo é aqui e o menor é igual ao maior.
O espaço nada pode confinar.
O maior é igual ao menor.
Não há limites, nem dentro nem fora.
O que é e o que não é são a mesma coisa,
Porque o que não é é igual ao que é.
Se não despertares para esta verdade, não se preocupe.
Apenas creia que tua Mente Búdica não é dividida,
Que ela aceita tudo sem julgamento.
Não preste atenção a palavras, discursos, ou métodos bonitos
O eterno não tem presente, passado ou futuro.

(Do Tao legado à humanidade por Lao Tsé).

Com um abraço para todos do Hermes.

Offline Mario

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #5 em: Dezembro 24, 2009, 19:00:09 pm »
Amigos

     Sobre as sensações....   Luis Carlos Moreno

     O filósofo David Hume (1711–1776), depois de se observar a fundo, declarou não ter
localizado uma identidade duradoura, mas apenas "um feixe de sensações". Asseverava que
os seres humanos são "nada além de uma coleção de percepções que se sucedem umas às
outras com rapidez inconcebível e estão em perpétuo fluxo e movimento". A análise de Hume
implica que nosso senso de nós mesmos como indivíduos coerentes e contínuos é uma ilusão.
     E quantas ilusões sobre os profissionais são cultivadas pelos gerentes? Talvez a mais aceita (e
praticada por muitos gerentes) é a de que os profissionais são máquinas repetidoras de
comportamentos impostos, sugeridos ou simplesmente exigidos pelas organizações ou pelo
seu modelo de comando.
     Aprendizagem importante: os humanos respondem ou reagem a estímulos significativos. Não
percebemos as pessoas como elas são e sim como nos parecem ser, pelo o que significam
para nós. Considere como compreendendo o mundo em que vivemos e particularmente
aquelas partes relativas a nós mesmos e às nossas relações com as outras pessoas. Antes de
tudo, nós organizamos o mundo de acordo com conceitos ou categorias. Numa expressão:
rotulamos. Dizemos que as coisas são quentes ou frias, boas ou más, simples ou complexas.

Mário

Offline ajce1962

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #6 em: Dezembro 25, 2009, 07:39:12 am »

Olá!


" Huberto Rohden "

Encontro Com Deus
   
Cada vez mais, uma grande parte da humanidade atual está se conscientizando de que todo o seu poder interno, toda a sua consciência de segurança, tranqüilidade e paz de espírito, toda a felicidade e saúde da sua vida, dependem, em última análise, de uma única coisa - da sua experiência pessoal com Deus. Com esse encontro divino, ou sua ausência, vive ou morre a felicidade do homem. É esta "a única coisa necessária" que afirmava o maior dos terapeutas.

Quem passa pela experiência pessoal com Deus - deste encontro divino - é feliz, mesmo no meio dos sofrimentos - quem não teve a sua experiêncioa pessoal com Deus é infeliz, mesmo em meio dos gozos da horizontalidade.

Um grande místico, há quase 15 séculos proferiu esta fantástica frase: "Fizeste-nos para ti, Senhor, e inquieto está o nosso coração até que encontro quietação em ti". Este grande místico era um homem infeliz que encontrou felicidade em Deus - sua fala continua a ser integralmente verdadeira em nossos dias.

Não podemos resolver o problema central de nosso sofrimento, por meio das mais variadas formas de escpaismo e camuflagem. De nada adianta narcotizar nossos sentimentos. É melhor enfrentar corajosamente a dolorosa realidade desse inevitável encontro com Deus. É uma operação cirúrgica sem anestesia, uma tremenda sangria do velho ego, mas o resultado é convalescença e vida...

Entretanto, são pouquíssimos os homens que possuam suficiente honestidade consigo mesmos para enfrentar lealmente esse doloroso encontro com Deus. O preço da felicidade é o egocídio, o total esvaziamento do ego não iniciado e sua definitiva integração no Eu vivenciado. Despossuir-se de todas as coisas a fim de possuir um "tesouro nos céus"...

"O mundo espiritual é alvo de violência, e os que usam de violência o tomam de assalto".


Quem não fizer violência a si mesmo, não pode tomar de assalto o reino espiritual da felicidade.

A felicidade é o preço da auto-violência, da disciplina de si mesmo.

Retirai-vos, todos vós que sois indisciplinados, fracos, covardes!

Vinde, todos os que sois disciplinados, fortes, corajosos!

Destes é o céu da felicidade.

Daqueles é o inferno da infelicidade!

 



Namasté

Offline Mario

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #7 em: Dezembro 25, 2009, 12:32:34 pm »
Olá

Ensinamento esse , de Huberto Rohden, mexe na raíz do pensamento.

No seu modo de ver a vida com Deus, como se consegue ter uma experiência com Deus se eu sou humano e Deus é espírito.

Mário

Offline Cascais

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #8 em: Dezembro 25, 2009, 21:49:49 pm »

Amigos

Quando deslumbrei que sou humano, apercebi me que não sou caixote de carne e osso.

Bem Haja

Cascais

Offline kunti

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #9 em: Dezembro 26, 2009, 14:58:20 pm »
Olá

Ensinamento esse , de Huberto Rohden, mexe na raíz do pensamento.

No seu modo de ver a vida com Deus, como se consegue ter uma experiência com Deus se eu sou humano e Deus é espírito.

Mário

Olá Mário !

Tudo bem ?

Porque pensa assim ?
Decerto ouviu ou leu alguns ensinamentos de Jesus.

"Eu sou a luz do mundo.    Vós sois a Luz do mundo.  (!!!)
O Cristo Cósmico ! O Filho Primogénito !
Somos creados à imagem e semelhança de Deus !
Deus é eterno !  Nós também !
Como seria possível que nós deixassemos de existir ?
O Todo está em tudo ! Senão existiria Deus e nós , não é ?
Vós fareis as mesmas coisas que "EU" faço... E maiores !

Os ensinamentos de Jesus estão alem da nossa compreenssão...
Mas... estamos   "A Caminho do Templo "...  (!!!)

Até um cético, (?) como Brian Weiss, disse o seguinte :
Penso que nós não somos um ser humano a ter experiências espirituais.
Penso que somos um ser espiritual, a ter experiências humanas !

Por esse fórum , estão alguns desses ensinamentos.
Não somos "apenas" oitenta por cento de agua ... (hidrigénio e oxigénio = energia)
Somos muito mais que isso. Somos emanação Divina !

Irá compreender isso connosco, a seu tempo, pode crer.
O segredo da ação é começar !

Porque veio ter a este fórum ?
Foi o James Redfield que o trouxe ?  ( humor)
Quem conduz o processo ?  Será a (sua) centelha divina ? ( e o que é isso ?)
Irá conhecer esses conceitos mentais e outros ...

Alguns desses conceitos estão sendo apresentados, neste fórum,
embora de uma forma sintética. (resumida).
Veja : "O que é Yoga"   -   "Corpos do Homem" , e outros.

Podem ser recomendados os textos de onde foram retirados estes contextos.

-------------------------------------------------------------------------

Há trez questões básicas a saber :

  Quem somos !
  De onde vimos !
  Para onde vamos !

Iremos compreender isso primeiro.
Quem somos . Como somos. De que somos feitos. O que somos !

____________________________________________________________________

Muita paz interior !

Namasté

    Kunti
« Última modificação: Dezembro 26, 2009, 18:27:34 pm por kunti »

Offline Mario

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #10 em: Janeiro 04, 2010, 10:35:51 am »
Olá Kunti

Obrigado por este ensino.

Quando eu falei do relecionamento com Deus , me refiro a algo de intimidade.
Eu creio que Deus existe, pois ao olharmos o universo, só Deus pode ser o autor. Não há outra explicação.

Mas a grande questão, e eu penso que é de muitos, é como se conseguir esse relacionamento mais íntimo com Deus.

Mas eu sei. Tudo tem o seu tempo. As experiência de outras pessoas , me pode ajudar ao meu entendimento.

Mario

Offline Onurb

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #11 em: Janeiro 06, 2010, 14:36:25 pm »
Olá a todos, faz tempo que não escrevo o que me vai na alma...

Digo a mim mesmo, não lês ou não escreves porque estás a mudar de lentes de contacto e óculos, mas não é verdade, apenas me afastei, adoro chegar à noite e ver um filme de acção  ;D uma série de fantasia tipo Merlin.

Mas muitas vezes penso "PAI faz com que seja melhor" mergulho no universo vejo estrelas, galáxias, por vezes imagino criar um escudo que envolve o autocarro onde viajo todos os dias, tento manter a ideia do escudo o máximo tempo que consigo, mudo as cores do escudo, um azul bebé, violeta, amarelo....

Por vezes imagino a cada respiração fazer uma onda tipo tsunami cor violeta que envolve todo o planeta, pedindo que todos se curem de seus males, se assim for a vontade dos mesmos, e acima de tudo a vontade do PAI.

Será isto um tipo de relacionamento com DEUS? 
Se é! Porque não estou conscientemente 24horas nossas ligado a ele?

Das reuniões de grupo nas quais tenho participado, sou sempre acolhido pelos irmãos (chame-nos de luz) e por meu grande amigo ao qual fomos habituados a chamar Jesus, com grande carinho, alegria; Mesmo que nesse mês, semanas ou dias não tenha lido nada ou tenha adoptado… (como escrever este sentimento?) a postura correcta do caminho, mas tenho tanto que aprender.

Estou consciente que o interruptor que me liga ao PAI está em mim, eu tenho o “poder” de o ligar e desligar, e assim vivo na minha escolha, como humano, encarnação após encarnação, lição após lição, e quando o estudo acabar terei com certeza o meu interruptor ligado

O mais fácil é estudar …  difícil é cumprir o que estudou, não acham?

Que a PAZ esteja convosco.





Offline Abrame

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #12 em: Janeiro 13, 2010, 11:53:31 am »
Olá Amigos
Os conselhos dos mestres devem, segundo a minha opinião, serem recebidos por todos nós com verdadeiro interesse e com o indispensável teste das nossas actividades neste mundo. Por isso aqui deixo sob o título de REFLEXÃO um cuja prática me diz que é uma verdade a ser conscientemente considerada.

  REFLEXÃO

   Em todas as linhas espiritualistas o Ego humano não deixa de expressar subtilmente, através do seu perspicaz e instintivo intelecto, o desejo de sobrepor-se à ordem estabelecida que encontra, utilizando para isso tudo o que a sua mente registou na luta no Mundo, servindo-se das concepções estabelecidas para se sobrepor a seus irmãos de jornada. Muitas vezes não exitando em proceder de forma reprovável contra aqueles que os ajudaram e lhe deram a mão amiga convencidos que os superaram.

   Os exemplos de outras linhas espiritualistas servem de base ao que acontece muitas vezes no nosso caminho de aprendizagem e por isso achei interessante reproduzir aqui o testemunho de Sri Maha Krishna Swami, no seu livro intitulado – Ramana Meu Mestre.   

      Bhagavan Sri Ramana não aprovava distinções. Durante o trabalho, durante as refeições ou em qualquer outra actividade, jamais fazia separação entre ele próprio e os demais. Entretanto, o povo indu é bastante conservador em seus hábitos e insistiam em levantar-se quando Sri Ramana entrava no hall ou saída dele. Algumas pessoas se impunham como dever oferecer-lhe iguarias ou frutas raras. Como não percebessem que estavam agindo contra os ensinamentos, Ramana advertiu-as: “Porque toda essa demonstração de respeito e devoção? Quem aqui lhes ensinou tamanha hipocrisia? O que vocês ganham com isso? Não podem ser apenas naturais? O importante é ter o coração puro e sincero. Como vocês podem conscientizar-se da essência divina com uma demonstração externa?.

   A homenagem exterior poderia ser aceita, na melhor das hipóteses, de uma forma gentil, pois Bhagavan Sri Ramana era delicado para com todos. Mas ele nunca deixou que esses gestos externos se tornassem mais importantes que a recepção dos ensinamentos que ele transmitia. Ele sempre foi muito claro e categórico a esse respeito: “Existem aqueles que levam seus falsos mestres em procissão e os ostentam perante a multidão. Quando se cansam deles, cavam um poço e perguntam: ‘Você entrará no poço por si mesmo ou nós devemos empurrá-lo?’ Não são raras as pessoas que chegam aqui e se mostram bastante sinceras, mas assim que elas se acomodam acham-se donas do lugar. Agem como posseiros e querem adaptar tudo ao seu gosto pessoal. Pensam que o Mestre deve satisfazer suas vontades e não percebem sua inconsciência espiritual. Em troca de suas demonstrações de devoção, o Mestre tem que neutralizar toda a desarmonia que causam. Essas pessoas imaginam que é dever do Mestre fazer o trabalho de elaboração por elas. Pela prática constante da meditação é possível purificar-se, reconhecer o ego, desmascará-lo e aniquilá-lo. Mas as pessoas queimam cânfora e esperam purificar-se com isso. Será que elas realmente acreditam que podem conseguir algo sem um trabalho de auto-   -elaboração? Elas não querem submeter-se à vontade divina, mas querem que a vontade divina se curve diante delas. Algumas ostentam suas oferendas aos Mestres. O que elas têm para oferecer? A única oferenda real é aniquilar a mente pensante e permanecer natural, de acordo com a essência divina”.

Com muita amizade Abrame
 

Offline hermes

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #13 em: Março 21, 2010, 11:36:38 am »
Olá Amigos
Como Ramana é um Mestre muito apreciado no nosso forum não posso deixar de partilhar convosvo um
artigo de Wagner Borges, autor que sempre nos presenteia com conhecimento.

Com muita amizade. Hermes 


  

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno
:: Wagner Borges ::

"Oh Arunachala, tu extingues o ego daqueles que meditam em Ti no Coração!"
- Sri Ramana Maharshi -

Eu olhei e vi você no meio das flores.
E você ria e conversava com elas.
Ah, meu caro, você parecia mais um menino.

E pensar que muitos o imaginam como um mestre sisudo e severo.
Talvez porque, em seus últimos anos, você usasse barba.
Mas eu o vi contente demais... Por causa das flores.
Em sua simplicidade, você me pareceu mais bacana do que nunca.

Quantos devotos gostariam de vê-lo, mas, eles riem tão pouco.
Talvez, por isso, você prefira conversar com as flores, sei lá.
Ou, quem sabe, elas compreendam as coisas do espírito melhor do que eles.

Você não tinha filosofia alguma, somente lucidez e paz.
Arunachala era apenas uma montanha sagrada lá na Índia.
Mas eu vi uma cordilheira inteira em seu semblante sereno...
E os devas cantavam o amor na caverna do seu coração.
E os seus olhos tinham o brilho das estrelas em florescência.

Ah, Ramana, você deve ter colocado as flores em samadhi...
Ou, será que foram elas que o levaram à consciência cósmica?
Se eu tivesse a habilidade de um Tagore, faria um poema para você.
Sim, escreveria sobre você rindo com as flores e vendo estrelas.

Mas eu só sei sentir as coisas, em espírito... Pois Brahman me fez assim.
Assim como fez caras especiais, como você, um gigante da consciência.
E eu sou só admiração e gratidão, por ver um gigante igual menino feliz.

Meu amigo, por favor, dê um beijo nas flores por mim.
E muito obrigado pelo seu olhar silencioso, que sempre me diz tudo.
Valeu, Ramana!

P.S.:
Ah, Ramana, eu vou vivendo e aprendendo...
E, mesmo no bulício do mundo, às vezes, eu também vejo estrelas.
E faço o que você ensinou: penso em Brahman... Dentro de todos os corações.

OM.
Paz e Luz.

- Wagner Borges - pequeno betume ardendo no fogo do espírito...
São Paulo, 30 de julho de 2009.

- Notas:
1. Bhagavan Sri Râmana Mahârshi (30 de dezembro de 1878 - 14 de abril de 1950), mestre de Advaita Vedanta e homem santo do sul da Índia. Considerado um dos maiores sábios de todos os tempos, tornou-se conhecido no Ocidente especialmente através do livro "A Índia Secreta", do jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou os ensinamentos de Ramana, transmitidos, na maioria das vezes em silêncio absoluto, aos seus discípulos.
Shri Ramana Maharshi foi o grande representante da sabedoria milenar da Índia no século XX. Isso não significa que ele foi um acadêmico que sabia de cor e salteado os textos sagrados da religião, mas sim que viveu e mesmo personificou à perfeição tal sabedoria. Na verdade, ele não escreveu nenhum livro. Ensinava o jnâna, 'via do conhecimento espiritual' mais puro. Ao mesmo tempo, ressaltava que as outras duas outras grandes vias espirituais, a do karma (das ações) e da bhakti (devoção) estavam contidas no jnâna.
Obs.: Carl Gustav Jung escreveu um extenso texto sobre Ramana Maharshi, que pode ser acessado no excelente site www.vedanta.pro.br - no seguinte endereço específico: http://www.vedanta.pro.br/?p=514.

Obs.: Para enriquecimento desses escritos, deixo na sequência um texto genial de Tagore, onde ele fala das flores.

A ESCOLA DAS FLORES
- Por Rabindranath Tagore -

As nuvens de tempestade rondam no céu, as chuvas de junho se precipitam, e o vento úmido do leste corre pelo deserto para tocar sua música na flauta dos bambus. Então, de repente, e não se sabe de onde, surgem multidões de flores, dançando sobre a relva em louca alegria.
Mãe, acho que as flores vão a uma escola embaixo da terra. Elas têm suas aulas de portas fechadas e, se quiserem sair antes do tempo para brincar, a professora as põe em um canto, de castigo. Quando cai a chuva, porém, é dia de festa para as flores.
Os galhos se entrechocam na floresta, as folhas murmuram ao sabor do vento selvagem, as nuvens trovejantes batem palmas com suas mãos gigantes, e as flores-crianças saltam fora correndo, vestidas de amarelo, rosa e branco...
Mamãe, bem sabes que a casa delas é no céu, onde estão as estrelas.
Não percebeste a vontade que elas têm de ir para lá? Não sabes por que correm tanto? Pois eu sei para quem as flores levantam os braços: elas têm a mãe delas, assim como eu tenho a minha!

- Texto extraído da excelente coletânea de poemas inspirados de Tagore, "Poesia Mística - Lírica Breve", lançada no Brasil pela Editora Paulus.
Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
Visite seu Site e conheça a área de áudio e vídeo.
Email:

artigo de Wagner Borges, autor que sempre nos presenteia com conhecimento.  
« Última modificação: Março 21, 2010, 12:03:44 pm por hermes »

Offline hermes

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Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
« Responder #14 em: Abril 13, 2010, 18:14:15 pm »
Companheiros do Caminho

Desejo compartilhar convosco mais ensinamentos de Ramana e deste modo vos envio a "Parte 3"
que o nosso amigo Wagner Borges publicou noforum para onde escreve.

Um grande abraço do vosso amigo Hermes

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 3
:: Wagner Borges ::

Ramana**, eu olho as luzes da noite na grande cidade,
E elas me parecem tão opacas...
Porque eu vejo o brilho dos seus olhos,
Por entre os planos.

E o amor vem... Suavemente,
Como ondas de ananda em meu coração.
E, no seu olhar silencioso,
Eu vejo o reflexo do mundo.

Você está abraçando a humanidade,
De algum jeito que não sei descrever.
Porque isso é muita coisa
Para o meu entendimento.

Mas eu sinto e compreendo o que você
Está fazendo, pelo seu olhar.
Sei que você está ajudando a muitos,
Invisivelmente, e tem mais o que fazer...

Contudo, você sempre me dá a chance
De perceber o seu olhar na noite.
Mesmo com a grandiosidade serena de seu trabalho,
Você me percebe.

Mesmo em meio ao bulício do mundo,
Você sabe onde estou.
E você conhece o meu coração,
E me deixa sentir o seu...

E eu sou um pequeno ponto de luz,
E você é um sol.
Sim, um sol de amor.
No seu olhar.

E esta noite está mais linda,
Porque eu estou vendo a luz em seus olhos.
Essa luz que é pura ananda.
Que abraça em silêncio.

Ah, Ramana, eu sou só um cisco,
Uma centelhinha do Eterno,
Tentando melhorar o brilho.
Mas você me permite entrar no seu sol.

E eu vejo essa luz, além das luzes do mundo...
E escuto algo, em meu coração.
Um sussurro espiritual, cheio de amor,
Vindo do seu coração.

E compreendo.
Pelo seu olhar.
A serenidade.
Que é consciência.

P.S.:
Ah, Ramana, essa noite está linda!
Porque, mais uma vez, eu vejo o seu olhar.
E eu sei o quanto isso vale.
Os nós do coração são desatados...
Na presença do amor.
E surge uma alegria serena...
No contentamento do espírito.
E a noite vira sol, dentro do peito.
Enquanto, silenciosamente, você vela pelo mundo.
E uma brisa pacífica e sutil abençoa a humanidade.
E aquela paz, que não é desse mundo, cala fundo na noite.
Sim, Ramana, essa noite realmente está muito linda.
Tão linda como o seu olhar.
É só o amor que nos leva...

Gratidão.
Paz e Luz.

- Wagner Borges - centelhinha do Eterno vendo um Sol de Amor...

- Notas:
* Bhagavan Sri Râmana Mahârshi (30 de dezembro de 1878 - 14 de abril de 1950), mestre de Advaita Vedanta e homem santo do sul da Índia. Considerado um dos maiores sábios de todos os tempos, tornou-se conhecido no Ocidente especialmente através do livro "A Índia Secreta", do jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou os ensinamentos de Ramana, transmitidos, na maioria das vezes, em silêncio absoluto, aos seus discípulos.
Shri Ramana Maharshi foi o grande representante da sabedoria milenar da Índia no século XX. Isso não significa que ele foi um acadêmico que sabia de cor e salteado os textos sagrados da religião, mas sim que viveu e mesmo personificou, à perfeição, tal sabedoria. Na verdade, ele não escreveu nenhum livro. Ensinava o jnana, "via do conhecimento espiritual" mais puro. Ao mesmo tempo, ressaltava que as outras duas outras grandes vias espirituais, a do karma (das ações) e da bhakti (devoção) estavam contidas no jnana.

Obs.: Carl Gustav Jung escreveu um extenso texto sobre Ramana Maharshi, que pode ser acessado no excelente site www.vedanta.pro.br e aqui
Há uma foto de Ramana Maharishi (com aquele olhar especial e cheio de amor) postada no site do IPPB e ao lado.

Leia Também: Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 2


Hermes