Autor Tópico: ESTÓRIAS...  (Lida 47571 vezes)

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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #60 em: Julho 11, 2013, 10:14:54 am »

             MELHOR FORMA DE AJUDAR

 Um cego parou numa avenida movimentada,
e ficou esperando que alguém o ajudasse a atravessar a rua.
Tinha medo de arriscar-se sozinho, pois era uma avenida um pouco perigosa.
Havia poucas pessoas próximo, apenas um homem, mas este ignorou completamente o cego.
O cego ouviu que havia alguém próximo, e falou em voz alta:
- O senhor ou a senhora pode me ajudar a atravessar ? Deus te abençoe !
  Mas nem isso adiantou.
O homem continuou sendo indiferente ao apelo do cego.

 Um senhor estava passando por ali e acabou assistindo aquela cena.
O senhor, que já estava farto de ver tantas injustiças e falta de solidariedade,
foi reclamar com o homem.
- Moço, com licença. Peço desculpas por aborda-lo dessa forma.
Mas o senhor percebeu que este cego ao seu lado lhe pediu ajuda?
O homem, bastante contrariado com a intervenção do senhor, disse:
- Percebi sim meu caro, mas estou bastante atarefado agora,
 e não posso ficar perdendo tempo ajudando um e outro.
Se eu sempre fizesse isso, não poderia cuidar de mim mesmo.
- Mas será que você não tem nem cinco minutos? Questionou o senhor.
- Sim, eu até tenho, mas acho que não é minha responsabilidade fazer isto.
 Acho que o governo é quem deve dar suporte a cidadãos com essas deficiências.
- Não companheiro, disse o senhor.
Claro que o governo precisa dar melhores condições, mas nem sempre é possível
uma estrutura pública para todos os tipos de deficientes em todos os lugares.
– respondeu o senhor.
 A discussão foi se estendendo.
Ambos tentavam definir se o governo é que deveria ajudar,
e quais as condições ideais para os deficientes visuais, auditivos, os cadeirantes, etc.
 
 Uma menina, dos seus 12 anos, com uniforme de escola pública,
passou por ali e observou toda a situação.
 Viu dois homens debatendo qual a melhor forma de ajudar o cego,
qual o papel do governo, dentre outras questões.
Ela então caminhou na direção do cego, que ainda estava ali esperando,
 estendeu-lhe a mão e ambos foram atravessando a perigosa avenida.
 A menina deixou o cego do outro lado e atravessou a avenida de volta.
  O senhor e o homem observaram, em silêncio, a menina voltando para a calçada.
O senhor não conteve sua curiosidade, e foi falar com a menina
e questiona-la o motivo que a levou a tomar a frente e levar o cego.
A menina respondeu:
- Minha mãe me disse uma vez que o mundo não precisa de mais uma teoria,
 ou de mais opiniões, mas sim de ação, e acho que ela está correta.

                  Autor: Hugo Lapa


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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #61 em: Agosto 03, 2013, 20:08:45 pm »

           O ÚLTIMO ENSINAMENTO DE UM SÁBIO

 O discípulo de um filósofo foi procurar seu mestre que estava para morrer e perguntou-lhe:
– Não terias mais alguma coisa a dizer a teu discípulo?
  O sábio, então, abriu a boca e ordenou ao jovem que olhasse lá dentro.
– Vês minha língua?
– Claro que sim – respondeu o discípulo.
– E os meus dentes, ainda existem perfeitos?
O discípulo replicou:
– Não…
– E sabes por que a língua sobrevive aos dentes?
 É porque ela é mole e flexível.
Os dentes se acabam e caem primeiro, pois são duros.
Assim aprendeste tudo o que vale a pena aprender.
Nada mais tenho a ensinar.

              (Tradição Taoísta)

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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #62 em: Agosto 04, 2013, 17:10:15 pm »

    Saiba Reconhecer o que tem valor quando alguém te dá um presente!

 Uma antiga historia Japonesa conta que um Mestre de um Templo
 muito tradicional estava em meditação, quando um ex aluno
que tinha sido expulso entra no templo e começa a desafiar o Mestre
 para um combate de vida ou morte.
E o mestre continua lá meditando sem mover uma única sobrancelha,
como o mestre não se move o desafiante começa a ficar irritado
e insulta o Mestre, seus Ancestrais e até o seu Templo,
 indignado com aquilo todos os alunos do Mestre ficam alvoroçados
só esperando um único movimento do seu Sensei para reagir
e liquidar o desafiante, diante de tamanha ofensa.
 Após uns minutos o Desafiante, diante da falta de reação do Mestre,
vai embora xingando e amaldiçoando por onde passa.
Assim que ele passa pelos portões todos os Alunos se voltam
 para o Grande Sensei e o mesmo abre o olho.
 Alvoroçados todos os seus alunos o questiona :
“Mestre porque o senhor não reagiu”,
 “Mestre com um gesto seu eu liquidava aquele indolente”,
e ali o Sensei ficou parado ouvindo tudo até que todos se acalmaram.
 Depois que todos estavam calmos, o Sensei Falou
“Queridos aprendam, quando uma pessoa vem com um presente para lhe dar,
 você tem o direito de aceitar ou não o presente.
Se você aceita o presente imediatamente ele passa a ser sua
 responsabilidade, mais se você o recusa, ele continua sobre a responsabilidade do outro.
Ele veio me dar um presente, veio me dar toda sua indignação,
seu ódio, seu rancor, sua raiva, seu ego e tudo mais de ruim em seu coração.
Eu recusei o seu presente, e ele teve que levar o seu presente de volta com ele”.
“Você só e responsável pelo que você aceita e toma como seu,
quando o outro lhe oferta algo que é dele.”
Vale a pena meditar sobre isso…

 “Não a nós Senhor, mais pela Glória de teu Santo Nome”

- Conto Zen -


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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #63 em: Agosto 04, 2013, 23:34:24 pm »

                               UMA LUZ NA ESCURIDÃO

 Havia um rapaz que possuía um dom especial.
De vez em quando ele conseguia se desprender do seu corpo físico e, em espírito, visitar outros locais.
Ele se deslocava com seu corpo espiritual a distâncias consideráveis, utilizando apenas a força do pensamento.
No entanto, esse dom era utilizado de uma forma positiva; assim que saía do corpo,
ele percorria locais onde as pessoas precisassem dele, e assim fazia o bem.

 Certo dia, ele visitou um local que muitos poderiam chamar de “inferno”.
Neste submundo encontravam-se espíritos errantes, viciados, apegados, raivosos, perturbados e ignorantes. Havia muita desgraça, fome, desespero, dor, sofrimento, conflitos e medo.
Tratava-se de uma zona inferior para onde eram atraídas muitas almas endividas com o plano divino.
 
 Tudo era escuro, cálido, lamacento, asqueroso e feio.
Vez por outra ouviam-se gritos de terror e desespero.
A atmosfera era pesada, densa e hostil. Era possível ver as almas presas a lama,
correndo, caídas no chão, sujas, maltrapilhas, sangrando, falando sozinhas ou ofendendo umas as outras.
Uma visão aterradora de um local imerso em profundo sofrimento.
Esse espaço interminável de trevas representava todo o clima negativo que permeia o nosso mundo.

 O rapaz estava ali, mais uma vez, para tentar ajudar as almas em intenso sofrimento.
Ele caminhava pelo “vale da sombra e da morte” e escolhia um e outro espírito
que estivesse mais apto a ser socorrido.
Num certo momento, percebeu um homem diferente.
Estava limpo, caminhando tranquilamente e com olhar sereno.

 O rapaz se aproximou deste homem que destoava do todo aquele entorno de escuridão.
Chamou-o e perguntou o que fazia ali.
O homem abriu sua camisa e, subitamente, uma luz branca e dourada se irradiou pelo ambiente,
obrigando todas as almas próximas a fecharem os olhos por não suportarem aquele forte clarão repentino.
O homem se surpreendeu com tamanha luminosidade e perguntou:

- Quem é você?

- Sou o Anjo Gabriel – disse o homem.

 O rapaz se surpreendeu muito com a resposta.
No entanto, ele sabia que alguém com toda aquela iluminação espiritual seria incapaz de mentir.
 O rapaz então disse:

- Senhor, vejo que estás aqui, neste vale sombrio de intensas trevas.
 Mas aqui não é um lugar apropriado a um ser de tanta luz e bondade.
O senhor não deveria estar nas regiões celestes?

 O anjo respondeu:

- Não… É exatamente aqui, neste local de erro, trevas e destruição, onde mais precisam de mim.
 É justamente onde há escuridão que um anjo deve levar a sua luz.

      Autor: Hugo Lapa

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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #64 em: Agosto 10, 2013, 12:30:34 pm »

                      A CAUSA DAS BRIGAS

 Genésio tinha uma casa ampla, arborizada e muito bela.
Esta casa ficava ao lado da casa do Sr. Ramon, seu vizinho.
Seu Ramon era um homem muito estourado, e costumava brigar
com as pessoas por motivos considerados fúteis.
Era relativamente comum vê-lo zangado e soltando farpas com as pessoas.

 Certo dia, Genésio deu um cachorrinho de presente pro seu filho.
O menino soltou seu novo bichinho na rua para que conhecesse a vizinhança.
No entanto, o cachorrinho dirigiu-se até a porta do Sr. Ramon
e fez suas necessidades no tapete em frente a sua porta principal.
O filho de Genésio vendo aquela cena, pegou rapidamente seu novo cachorrinho e correu para casa.
Mas a empregada do Sr. Ramon viu tudo de longe, e prontamente foi fofocar tudo ao seu patrão.

 Senhor Ramon ficou furioso com aquilo.
Esbravejando, bateu a porta de Genésio, que o atendeu com toda a fineza e educação.
Ramon soltou altos brados e quase rugiu com Genésio, mas este permaneceu
o tempo todo impassível diante daquele espetáculo de cólera.
Ramon gritou, berrou, esperneou com Genésio, mas este não se exaltou,
e ficou calado, apenas ouvindo Ramon.

 Após uns 10 ou 15 minutos expressando sua ira,
Genésio continuava calado, sem demonstrar qualquer irritação pelas agressões do vizinho.
Ramon estranhou muito esse comportamento,
pois jamais havia brigado com um homem que simplesmente não devolvia a fúria que a ele era dirigida.
Ramon então se calou por um momento e perguntou:

- Poxa Genésio, devo admitir que estou impressionado com você.
 Estou aqui há 15 minutos brigando, gritando e te agredindo,
e em momento nenhum você respondeu às minhas palavras.
Como você consegue ser tão calmo?

 Genésio olhou para o Sr. Ramon e respondeu:

- É simples Ramon… Eu sei que você não está brigando comigo.
Na verdade, o senhor não está bravo comigo, e tampouco está em conflito com a minha pessoa.
Desculpe dizer isso, mas o senhor está em conflito tão somente consigo mesmo, essa é a realidade.
Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que poucas vezes as pessoas brigam
por um motivo que tem relação direta com o outro.
Na maioria das vezes as confusões têm origem em causas diversas:
anteriores, pessoais, internas, e que não encontram base
na pessoa a quem transformamos no objeto de nossa raiva.
 Aqueles que com frequência brigam com os outros,
na verdade estão brigando consigo mesmos; o conflito não é externo, é interno.
No momento em que o senhor não mais estiver em conflito com você mesmo,
não terá mais motivos para expressar sua raiva com outras pessoas.

E assim, poderá finalmente viver em paz.

    Autor: Hugo Lapa

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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #65 em: Agosto 10, 2013, 20:14:07 pm »

                  DESISTIR DE VIVER

 Um homem, chamado Rodrigo, estava imerso em sofrimento.
Estava amargurado, angustiado e infeliz.
Estava insatisfeito com sua profissão, deprimido com o fim do seu casamento
e foi despejado de sua casa por não conseguir mais pagar o aluguel.
Já havia perdido a vontade de viver e não via saída para sua situação.

 Estava agora sentado na sarjeta, numa madrugada chuvosa e profundamente aflito.
Decidiu então que iria dar cabo de sua vida.
Dirigiu-se até uma ponte bem alta em sua cidade e estava cogitando atirar-se lá de cima.
Subiu no corrimão de concreto e olhou para baixo.
Nesse momento, muitas lágrimas desciam dos seus olhos.
Lembrou-se de sua infância, das primeiras brincadeiras,
do dia que aprendeu a escrever seu nome, de Carol (sua primeira paixão),
de sua adolescência, e de todos os principais acontecimentos que se seguiram.

 Olhou mais uma vez para baixo e, no momento em que ia pular,
um homem que estava passando na rua o segurou com força e o trouxe para baixo.
Rodrigo tomou um susto e ficou muito irritado com a interrupção.
Ele disse:

- Por que o senhor fez isso?
 Eu não quero mais viver, e independente do que o senhor faça ou não, vou tirar a minha vida agora.

 O homem, aparentando uns cinquenta e poucos anos, olhou em seus olhos e disse:

- Desculpe, você tem razão.
Não tenho direito de interferir em sua escolha.
Eu só intervi porque, para mim, a vida é algo muito precioso.
No dia de amanhã vai completar 10 anos que eu luto diariamente contra um câncer na garganta.
Se você olhar a sua volta, nos hospitais, nos asilos, ou em qualquer lugar,
verá que há milhões de pessoas no mundo inteiro lutando pelas suas vidas,
enquanto outras a desperdiçam completamente.
Fiquei sabendo hoje do médico que tenho apenas alguns dias de vida,
então saí do hospital e quis vir até aqui, mesmo a essa hora,
para sentir um pouco o frescor da brisa da noite.
Eu faria qualquer coisa para ter a sua saúde, sua disposição, sua energia,
e uma garganta em condições de saborear as comidas deliciosas
que a minha mãe me prepara desde a infância sem sentir uma incrível dor.
Neste momento, eu daria tudo para estar em seu lugar.

 Rodrigo sentou-se e ficou em silêncio por um minuto.
Levantou-se, abraçou o estranho e disse:

- Muito obrigado.
O senhor pode até morrer, mas saiba que continuará vivo junto comigo,
pois acabou de salvar uma vida…

Autor: Hugo Lapa


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« Responder #66 em: Agosto 27, 2013, 19:51:03 pm »
   
           A Sabedoria do lago - Conto Zen

"Um samurai depois de ter sido derrotado numa importante prova de habilidades,
 vagou sem rumo com os pensamentos confusos, enfurecido, sem querer aceitar a derrota.
Parou em um lago que encontrou no seu caminho e lançou violentamente
uma pedra contra as suas águas, que se agitaram violentamente.
O samurai ainda com raiva e ressentido, percebeu algo e refletiu: -
“Mesmo ofendido e perturbado com a pedra que atirei,
em instantes o lago se recompôs, retornando a tranquilidade inicial."
O samurai concluiu que mesmo que lançasse todas as pedras da redondeza
 pequenas ou grandes, o lago sempre retornaria à sua natural tranquilidade,
 como se nunca tivesse sido atingido por nada.
Ao refletir sobre isso o homem evocou "Mizuno kami" (O Espírito das Águas):
- “Espírito das Águas, por que quando meu coração é ferido ficam cicatrizes e este lago,
 em instantes apaga todos os vestígios da agressão sofrida”?
Respondeu o “Espírito das Águas”:
- “O Lago faz com que a pedra se perca na sua grandeza e profundidade,
 logo, é como ser atingido por nada.
 O lago conserva consigo o silêncio, e não as queixas.
Eis o segredo de sua serenidade”.
O Samurai curvou respeitosamente em gratidão para o lago e declarou ao “Espírito das águas”:
- “Hoje aprendi um grande ensinamento com as águas silenciosas de um lago”! "
**
A profundidade da Consciência dispensa explicações.
É espaço, totalidade, absoluto; do que iria reclamar, do que iria se afastar, e como?
Inclusão, aceitação, e acolhimento e gratidão são da natureza do Ser.
Reconhece a sua Totalidade, reconhece que nada esta fora de Si, tudo lhe pertence...
 porque iria dizer não para SI mesmo?
Somente a ideia de um ego separado do Todo, e que detém em si alguma autonomia,
seria capaz de imaginar ser possível se afastar de algo.
Somente a ideia de frações e fragmentos pode imaginar
que podemos de fato nos afastar de alguma coisa, ou alguém.
Nada está fora, simplesmente porque "fora" é algo que nunca existiu,
nem tem como existir, já que a existência é completa em Si mesma,
é Total e absoluta em tudo e em todos.
A gota no oceano é também o oceano na gota...
Reconhecer isso é descansar em SI mesmo, e desfrutar da jornada da vida,
sendo lá qual for,
Reconhecer isso é descansar em SI mesmo, e desfrutar da jornada da vida, sendo lá qual for,

o encontro é sempre consigo mesmo...

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« Responder #67 em: Agosto 31, 2013, 14:21:54 pm »

                     A RELIGIÃO MAIS VERDADEIRA

 Há mais de cem anos atrás,
havia um mestre oriental que vivia peregrinando
e levando sua mensagem a algumas partes do mundo.
Muitas pessoas o procura­vam para as mais diversas questões.
Certo dia, uma pessoa foi ao seu encontro e lhe disse:

- Mestre, escolhi seguir a religião hinduísta, o que o senhor acha?
- Boa escolha, respondeu o mestre. O Hinduísmo é a religião mais elevada.

 Passadas algumas semanas, outra pessoa procura o mestre e afirma algo parecido:
- Mestre, acredito que a religião cristã é a que mais nos aproxima de Deus.
Estarei eu seguindo a religião cor­reta?
- Sim, afirmou o mestre.
A religião cristã é a que mais nos aproxima de Deus.

 Duas semanas depois, outra pessoa encontra o mestre e lhe faz,
 mais uma vez, uma afirmação semelhante:
- Mestre, resolvi seguir o budismo. Estarei trilhando um caminho correto?
- Sem dúvida, disse o mestre.
Continue neste caminho, pois o budismo é a religião mais verdadeira.

 Um discípulo, que sempre acompanhava o mestre onde quer que fosse,
ficou bastante inquieto com as respos­tas do mestre.
 Pediu um tempo para falar-lhe em parti­cular e disse:

- Mestre, não compreendo.
 Nas últimas semanas surgi­ram três pessoas falando de sua escolha religiosa,
 e para as três o senhor deu respostas diferentes sobre a religião mais correta.
Como isso é possível?

 O mestre respondeu:
- As respostas que dei não se referem à religião mais verdadeira,
 mas sim a melhor religião para aquela pes­soa.
Entenda uma coisa: no mundo existe toda uma diversidade de religiões,
 e a razão disso é que cada pessoa possui uma necessidade religiosa distinta.
 
Em outras palavras, existem diferentes religiões para dife­rentes pessoas.
 Cada religião está adaptada a um de­terminado grupo humano;
esses indivíduos precisam de uma mensagem religiosa específica,
 enquanto outros precisam de outro modelo de ensinamentos.
Não se espante quando dou respostas diversas a um e outro,
pois cada indivíduo tem uma demanda de fé, de ação no mundo, e de conhecimento.
Por esse motivo cada pessoa se sente atraída por um segmento religioso determinado.
Esta denominação alimentará sua consci­ência dentro do nível em que cada uma delas se en­contre.
 Mas essencialmente todas podem levar ao mesmo objetivo.
Depende de como cada pessoa utiliza uma religião para o seu despertar espiritual.

 Autor: Hugo Lapa

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« Responder #68 em: Setembro 05, 2013, 11:11:17 am »

Um homem procurou um mestre muito aclamado pela sua sabedoria.
Esse homem aproximou-se do mestre e disse:

- Mestre, gostaria de entender melhor a passagem bíblica
em que Jesus diz que o reino de Deus é daqueles que são como as crianças.
O que significa isso?
Por que precisamos nos fazer tal como as criancinhas para que possamos entrar no Reino celeste?

- Pois bem – disse o mestre – antes de te explicar isso, gostaria de perguntar algumas coisas:
- Claro mestre, diga…

- Em que momento de toda a sua vida – perguntou o mestre – você se sentiu mais aberto para a existência?

 O homem pensou, pensou e respondeu:
- Na infância.
- Em que momento de sua vida – voltou a perguntar o mestre – você se sentia menos preocupado?
- Certamente quando era criança. Não tinha nenhuma preocupação…
- Em que momento de sua vida você sentia tudo mais simples, mais espontâneo e mais natural?
O homem pensou e sem hesitar, disse mais uma vez: na infância…
- Em que fase de sua vida você observou a natureza de forma mais pura e clara,
sem mil coisas em sua cabeça para ofuscar o verdadeiro contato com tudo?
- Também quando eu era menino.
- Em que momento de sua vida você era mais inocente, e acreditava mais na vida? Perguntou o mestre.
- Sem dúvida, ainda na infância.
Acreditava que tudo era belo, puro, pleno, autêntico e virginal.
- Em que momento de sua vida você vivia a maior parte do tempo com uma alegria
 e um desprendimento autêntico, original e imaculado,
sem nada que te prendesse, te colocasse para baixo ou distorcesse sua visão?
- Sim, na infância mesmo, respondeu o homem.
- E, finalmente, em que momento você sentiu que a vida fluía mais livremente em ti?
- Certamente, na quando era pequeno.
- Então a sua pergunta já foi respondida, disse o mestre.

 O homem agradeceu o mestre e partiu.

                 Autor: Hugo Lapa

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« Responder #69 em: Outubro 27, 2013, 16:43:13 pm »

   Olá !

               O MELHOR CAMINHO ESPIRITUAL

 Um homem decidiu largar tudo o que tinha, casa, esposa,
filhos e propriedades para seguir um caminho espiritual junto a um grande sábio,
que vivia na Índia.

 O homem viajou 4000 quilômetros a cavalo, e após 8 meses de viagem,
chega à região onde vive o homem santo.

 Assim que chegou, viu o sábio e apresentou-se dizendo:

- Mestre, sinto um desejo imenso de seguir um caminho espiritual,
e rogo a ti que me aceite como discípulo.

O mestre olhou o homem e perguntou:
- Muito bem.
Dar-te-ei toda a instrução necessária a fim de torná-lo um homem sábio e santo.
 Mas antes peço que me diga uma coisa…
- Claro mestre, qualquer coisa… respondeu o homem.
- Quanto você viajou para chegar até aqui? Perguntou o sábio.
- Aproximadamente 4000 quilômetros, respondeu o homem.
- Uma grande viagem, ponderou o sábio.
– E a que você renunciou para vir até seguir e iniciar sua nova vida espiritual?

- Renunciei a todas as minhas propriedades mestre.
E também deixei minha esposa e meus três filhos.
No entanto, com a boa herança que lhes deixei,
não será difícil eles conseguirem se sustentar, pois eu era um homem rico.

- Muito bem, disse o sábio.
- Mas além disso, acrescentou o homem.
– Eu também deixei minha esposa e meus três filhos.
 No entanto, com a boa herança que lhes deixei,
não será difícil eles conseguirem se sustentar, pois eu era um homem rico.

- Já entendi, disse o mestre.
– Posso então lhe transmitir sua primeira e mais importante lição?

- Claro mestre, disse o homem transbordando de empolgação.

 O sábio disse:
- Então meu primeiro ensinamento é este:
volte para a sua casa, retome suas propriedades, e continue com a sua vida,
pois é lá mesmo, no lugar onde você nasceu e cresceu,
onde reside o terreno mais fértil ao seu desenvolvimento espiritual.
Preste atenção no que vou lhe dizer.
A maior viagem que podemos fazer é a viagem interior, para dentro de nós mesmos.
A maior renúncia que podemos realizar é a renúncia de nós mesmos,
de nossas tendências, apegos e do nosso ego ilusório.
E nossos maiores instrutores e mestres são os nossos familiares,
nossa esposa, filhos, pais e mães.
Não há mestres melhores do que eles.
A família o espaço onde se dá os primeiros passos na educação para o infinito.
Por isso, retorne ao seu local original, e de lá mesmo, você seguirá seu caminho espiritual.

     O homem agradeceu ao sábio, virou-se, e iniciou seu caminho de volta...

 Autor: Hugo Lapa


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« Responder #70 em: Novembro 03, 2013, 00:11:07 am »

    Olá !

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
 O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente que sim.
Algo tem de haver após o nascimento!
Talvez estejamos aqui, principalmente, porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento.
E como verdadeiramente seria essa vida, se ela existisse?
- Eu não sei exatamente, mas por certo haverá mais luz lá do que aqui...
Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comamos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
E comer com a boca? É totalmente ridículo!
 O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa:
a vida, após o nascimento, está excluída – o cordão umbilical é muito curto!
- Na verdade, certamente, há algo depois do nascimento.
Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui...
- Mas ninguém nunca voltou de lá, para falar sobre isso.
O parto apenas encerra a vida.
E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento,
mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta!
 Nela e, através dela, nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria!
- Eu não acredito. Eu nunca vi nenhuma mamãe.
Por isso, é claro, que não existe mamãe nenhuma!
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, podemos ouvi-la cantando;
ou sentimos como ela afaga nosso mundo...
Saiba: eu penso que só depois de nascidos nossa vida será mais “real”,
 pois ela tomará nova dimensão.
Porque aqui, aonde estamos agora, apenas estamos nos preparando para essa outra vida...

 (Autor desconhecido)

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« Responder #71 em: Novembro 08, 2013, 23:40:52 pm »

   Olá !

................................................................

           OS ERROS DA VIDA

 Seu Alcides morreu aos 80 anos de idade.
Chegou as portas do paraíso e lá percebeu que centenas de pessoas
 aguardavam sua vez numa enorme fila para conversar com o Anjo do Senhor.

 Seu Alcides aguardou pacientemente a sua vez.
Faltava apenas uma pessoa para que fosse atendido.
 Estava próximo e pôde ouvir o Anjo do Senhor falando com a pessoa da frente.

O Anjo disse:- Seu Joaquim, parabéns.
O senhor cometeu apenas 12 erros em toda a sua vida.
Você será aceito nesta zona paradisíaca.
Seu Joaquim ficou muito feliz, e foi conduzido por outros anjos ao paraíso.

 A vez de Seu Alcides finalmente havia chegado.
O Anjo do Senhor olhou para ele e disse:
- Olá Seu Alcides, vejo aqui que cometeu apenas um erro em toda a sua vida.
Ao ouvir estas palavras, Seu Alcides ficou radiante.
 “Nossa, que maravilha, apenas um erro!
Então serei aceito no paraíso”.
O Anjo completou:
- Seu Alcides, como você cometeu apenas um erro, terá que ir ao purgatório.
 Seu Alcides não entendeu nada e perguntou:
- Espere um momento.
Eu ouvi o Senhor dizer ao outro homem que ele havia cometido 12 erros e que iria para o paraíso.
Por que eu cometi apenas um e vou para o purgatório?

 O anjo respondeu:
- É simples. Ele errou mais vezes tentando acertar,
mas você errou apenas uma com medo de errar.
Ele pelo menos tentou acertar, você não.
Com todos os erros, ele aprendeu mais do que você, e assim pôde se desenvolver melhor.
 Mas você, com medo de errar e sofrer, quase nada aprendeu.

 Autor: Hugo Lapa

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Re: ESTÓRIAS...
« Responder #72 em: Janeiro 13, 2014, 20:02:50 pm »


       O DUELO ENTRE O FEITICEIRO E O SÁBIO

Na antiguidade, um feiticeiro muito poderoso foi a procura de um sábio e lhe desafiou em público.
O feiticeiro disse:
- Eu o desafio, ó sábio, a realizar comigo um confronto psíquico.
Eu te enviarei muitas energias negativas e espíritos trevosos.
 Você pode usar as armas que você quiser contra mim.
Vejamos no final quem consegue resistir aos ataques e se sai melhor do que o outro.

Havia uma multidão observando esse diálogo entre o feiticeiro e o sábio.
 Logo após o feiticeiro lançar seu desafio,
todos olharam para o sábio a fim de saber qual seria a sua reação.
O sábio, serenamente, disse:
- Eu aceito seu desafio.

No dia seguinte, toda uma multidão foi acompanhar o duelo entre o feiticeiro e o sábio.
O feiticeiro estava munido de vários tipos de símbolos, pantáculos, adereços, cordões, imagens, anéis, etc.
O sábio nada possuía consigo, estava apenas com a roupa do corpo, que era sempre de cor branca.
O feiticeiro em voz alta disse:
Que o embate comece!
Assim que se iniciou, o feiticeiro fez uns desenhos no chão, pegou sua vareta,
e começou a mentalizar maus fluidos em direção ao sábio.
Nesse momento, dezenas de espíritos trevosos foram ao encontro do sábio,
 que em posição de lótus, parecia estar em estado meditativo.
Os espíritos negativos atacaram o sábio,
que permaneceu impassível e sereno diante de todos os ataques.
As energias negativas o envolviam, mas o sábio parecia não ser afetado por elas.
O feiticeiro então tentou outras técnicas, mas nenhuma parecia atingir aquele homem santo.
Passado algum tempo, o feiticeiro começou a sentir-se mal;
sentiu falta de ar e começou a ter taquicardia.
Começou a fraquejar, e quase desmaiou.
O feiticeiro então se deu por vencido, e admitiu que, de fato,
o sábio era mais poderoso do que ele, já que a sua magia foi ineficaz em relação ao sábio,
mas a magia do sábio havia sido certeira contra o feiticeiro.

Assim que o desafio se encerrou,
todas as pessoas foram perguntar ao sábio que técnicas de combate espiritual
ele usou contra o feiticeiro,  e todos ficaram ansiosos pela resposta.
Um homem falou alto:
- Conte-nos, sábio!
Que grande magia usaste contra o feiticeiro que o deixou fraco e o fez vencer o desafio?
O sábio, ainda com olhar sereno, respondeu a todos.

- Não usei nenhuma magia nem qualquer técnica psíquica, respondeu o sábio.

Toda a multidão ficou sem entender nada.
Como então o feiticeiro se sentira tão mal se o sábio não usou nenhuma técnica de combate astral?
O sábio, retomando a palavra, explicou:
- Não amigos, não usei nenhuma técnica, prática mágica ou paranormal contra o feiticeiro.
No momento em que ele me enviava energias negativas e espíritos trevosos,
eu enviava a ele energias de amor, paz e luz.
Foram essas energias que me protegeram dos ataques que ele endereçou a mim.
O feiticeiro, ouvindo isso, perguntou:
- Mas então por que eu passei mal durante o desafio?

O sábio respondeu:

- Todas as pessoas têm uma sombra, e essa sombra pode ser comparada a um quarto escuro,
lá dentro de nossa mente inconsciente, onde guardamos tudo aquilo de ruim que há em nós
e que não desejamos confrontar ou conhecer, pensamentos, emoções, mágoas, etc.
O que acontece quando alguém acende a luz de um quarto escuro onde tudo de ruim está guardado?
 Aquela pessoa passa a enxergar o que antes estava escondido,
e passa a entrar em contato com tudo de ruim que há nela.
E quando ela se depara com suas mazelas, e não as quer solucionar,
 ela pode se sentir mal, pois estamos tocando em suas feridas, ou em sua escuridão interior.
Isso gera uma tensão que pode fazer alguém que não deseja a sua melhora sentir-se mal.
As trevas sempre se rebelam contra a luz, ou seja, a luz ofusca as trevas.
Um dos maiores ensinamentos dos mestres é que ninguém deve lutar contra as trevas,
 basta apenas acender uma luz.
Um sábio é aquele que conseguiu iluminar a sua própria escuridão.

  O sábio então completou sua fala:

- Quando cada um de vocês conseguir iluminar e vencer as suas trevas interiores,
não há qualquer coisa neste mundo, por pior que seja, que poderá te atingir ou te abalar.



     Autor: Hugo Lapa/Paulo Coutinho

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« Responder #73 em: Janeiro 17, 2014, 21:48:02 pm »


                       A ponte sem corrimão

O sábio, acompanhado de um discípulo, parou numa aldeia.

Um velho se aproximou e perguntou:
- Santo homem, como me aproximo de Deus?
- Divirta-se. Louve a Deus com sua alegria – foi a resposta.

Pouco tempo depois, um jovem perguntou a mesma coisa:
- O que faço para me aproximar de Deus?
- Não se divirta tanto – disse o sábio.

Quando o jovem partiu, o discípulo comentou:
- Mestre, parece que o senhor não sabe direito se devemos ou não nos divertir!?

E o sábio respondeu:
- A busca espiritual é uma ponte sem corrimão atravessando um abismo.
Se alguém está muito perto do lado direito, eu digo “para a esquerda!”.
Se aproximam-se muito do lado esquerdo, eu digo “mais para a direita!”.
E assim eles continuam no Caminho.


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       Om Shanti


      Kunti

Offline kunti

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« Responder #74 em: Abril 12, 2014, 10:20:41 am »


                                Sorte ou Azar


Era uma vez um menino pobre que morava na China
e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa.
O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro.
 Justamente nesta dia passou em sua rua uma cavalaria,
que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo.
 O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho.
Exultante o menino aceitou.

Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto:
 "Seu filho é de sorte!"
"Por quê?", perguntou o pai.
"Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho.
 Não é uma sorte?"
 "Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.

O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu.
Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein?
 Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!"
 "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai.

O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem.
O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles.
Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte!
Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens."
"Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai.

O cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna."
Vem o vizinho: "Seu filho é de azar!
"Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai.

Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho.
Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada.
 O vizinho: "Seu filho é de sorte..."

Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar.
Depende do que vem depois.
O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.

Do livro: O Sucesso não Ocorre por Acaso -
 Dr. Lair Ribeiro - Ed. Objetiv

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  Om Shanti