Olá Amigos!
O SERVIÇO É UMA OFERENDA
O Serviço é uma PRECE através da acção!
A experiência que um determinado Serviço pode proporcionar é aquilo que muita gente procura, que muita gente deseja. é o saber porque estamos nós em sociedade.
Muitas pessoas interroga-se: Porque vivo em sociedade? Porque o homem é social?
Podem fazer esta pergunta milhares de vezes, que a resposta não virá por si só. A verdadeira resposta ninguém nos pode dar. Ela só surgirá se aprofundarmos muito o Serviço; se Servirmos a Humanidade desinteressadamente. Mas esse Serviço tem que ser cultivado no nosso interior, tem que ser cuidado como uma flor rara que desponta dentro de nós. Só então a nossa vida é um Serviço constante; só então a nossa vida se tornará numa Prece contínua!
Porquê vivermos em sociedade? Porque é que temos que conviver com todo o tipo de pessoas? Como aprender a estar em Paz com elas? A resposta a esta questão só pode vir através do Serviço - a resposta sentida, experimentada, vivida realmente.
Primeiro temos que aprender o que é Serviço e como devemos praticá-lo!
Não é fazer qualquer coisa de qualquer maneira, fazer tudo o que nos dão ou nos pedem para fazer. Não! Isso não nos dá a resposta. Quando muito, podemos é chegar à conclusão de que estamos a servir os outros e ainda por cima podemos ser desrespeitados e ninguém ligar nenhuma ao nosso trabalho. Então ficamos com a amarga sensação de que não vale a pena fazer nada, que as pessoas são umas ingratas, etc...
Se agirmos dessa maneira estamos a nadar em seco. Ou, pelo menos,estamos a viver apenas na superfície das coisas.
Isto faz-me lembrar a história de um homem que chegou junto de Ramakrishna e lhe ofereceu um saco de moedas de ouro (Este homem era um comerciante próspero, que não tinha a consciência tranquila, pois tinha acumulado imensa fortuna à custa de prejuízo de muitas pessoas).
O Mestre olhou para ele e disse: "Muito obrigado! Agora que me ofereceste esta pequena fortuna, por favor vai deitá-la ao rio, deita nele todas as moedas desse saco"! O homem então pensou: " deve estar louco; deitar todo este dinheiro ao rio". Mas o Mestre insistiu: " Tu ofereceste-mo. Agora é meu esse ouro, posso fazer dele o que quiser. Portanto,faz o que te digo: vai deitá-lo ao rio!" - e disse isto sem sequer tocar no saco que continha o ouro.
O homem hesitou (naturalmente!)...mas lá foi. O Mestre mandou um discípulo segui-lo. Imaginem qual não foi o espanto desse discípulo quando, ao chegar junto do rio, avistou uma multidão à volta do nosso homem e ele, no meio, atirando alto e sonoramente as moedas uma a uma, contando-as para que toda a gente visse bem:...42....43...44...45..."!
é assim que a nossa mente funciona! O Mestre conhecia bem aquele homem e quis ver se ele era capaz de ser humilde e desapegado.
E é assim! Se nos apegarmos ao resultado do Serviço estaremos a utilizar as coisas na superfície.
O Serviço é um acto de Amor, que nós praticamos e que oferecemos a Deus.
Por exemplo: Num grupo se uma pessoa tem o Serviço do Hatha yoga. Ele oferecerá o seu serviço a Deus ou ao seu Mestre preferido, com quem tiver maior afinidade. Então a aula que irá dar a seguir não será mais dele e o fruto desse Serviço é com o Mestre ou com Deus. Ele ofereceu a aula e isso fará com que a aula seja uma coisa mais perfeita, pois não vamos oferecer a Deus uma coisa que não seja o máximo que nós consigamos fazer com Amor. ELE fará com que essa aula não seja só qualquer coisa que essa pessoa ensina; será algo mais, será um Serviço, será uma coisa que foi doada e que por intermédio está a fluir; estaremos então a beneficiar duma coisa que nos é oferecida por Deus. Nós não ficamos devedores a essa pessoa pela aula que ele ensinou, mas ficamos sim devedores a quem ele ofereceu o Serviço.
Assim, devemos fazer tudo na vida como se fosse para o Senhor, para o nosso Mestre, para Deus. E, todos os actos na nossa vida se tornarão numa oferta permanente para aquele que nos deu a nós tudo o que somos. E essa oferta constante é que nos poderá dar a resposta às perguntas anteriores: Porque vivemos em sociedade?
(continua...)
Um abraço
maria
