Autor Tópico: Walt Whitman - poeta "esotérico"  (Lida 5085 vezes)

Offline Susana

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Walt Whitman - poeta "esotérico"
« em: Maio 09, 2008, 00:47:08 am »
Walt Whitman foi um poeta norte-americano, descendente de ingleses e neerlandeses,[1] nascido em West Hills, Long Island.

O meu comentário: Vejam a foto dele na net,não consegui colocar aqui, parece o pai natal.

Contudo, quando tinha apenas quatro anos de idade, a sua família mudou-se para Brooklyn, onde este frequentou até aos onze anos uma escola oficial, trabalhando depois como aprendiz numa tipografia.

Em 1835 trabalhou como impressor em Nova Iorque e no Verão do ano seguinte começou a ensinar em East Norwich, Long Island. Entre 1836-1838 deu aulas e de 1838 a 1839 editou o semanário Long Islander, em Huntington. Voltou ao ensino depois de participar como jornalista na campanha presidencial de Van Buren (1840-41).

Em Maio de 1841 regressou a Nova Iorque, onde trabalhou novamente como impressor.

Entre 1842-1844 editou um jornal diário, Aurora, e o Evening Tatler. Regressou a Brooklyn em 1845, e durante um ano escreveu para o Long Island Star, tornando-se de seguida editor do Daily Eagle de Brooklyn, lugar que ocupou de 1846 a 1848.

Em Fevereiro desse ano partiu com o irmão Jeff para Nova Orleans, onde trabalhou no Crescent. Deixou Nova Orleans em Maio do mesmo ano, regressando a Brooklyn através do Mississippi e dos Grandes Lagos.

Editou o Freeman de Brooklyn entre 1848-1849 e no ano seguinte montou uma tipografia e uma papelaria.

No início de Julho de 1855 publicou a primeira edição de "Leaves of Grass", impressa na Rome Brothers de Brooklyn e cujos custos Whitman suportou. A primeira edição da obra mais importante da sua carreira, não mencionava o nome do autor, e continha apenas 12 poemas e um prefácio.

O meu comentário:
Editou "Folhas de Relva", que título tão simples, tão simples e tão complicado. É simples, uma folha de relva, mas juntas fazem um relvado, onde apetece estar.
Ele suportou os custos da edição, penso que sentia necessidade de se expressar e dar aos outros essa expressão, como pretendemos fazer neste fórum.


A obra poética de Whitman centra-se na colectânea "Leaves of Grass", dado que ao longo da sua vida o escritor se dedicou a rever e completar aquele livro, que teve oito edições durante a vida do poeta.

No Verão seguinte foi publicada a segunda edição de "Leaves of Grass" (1856), ostentando na capa o nome do seu autor. O livro foi recebido com entusiasmo por alguns críticos, mas mal recebido pela maioria, o que, contudo, não impediu Whitman de continuar a trabalhar em novos poemas para aquela colectânea.

O meu comentário: os poemas dele falam da comunicação entre o Eu Inferior e o Eu Superior, não admira que não tenha sido compreendido. Alguns críticos pensam que ele se referia a um amante físico, fazendo confusão com a comunicação que ele estabelecia com o seu Espirito.

A segunda edição de "Leaves of Grass" era composta por 32 poemas, intitulados e numerados. Entre eles encontrava-se Poem of Walt Whitman, an American, o poema que haveria de se chamar "Song of Myself" (Canto de Mim Mesmo).

Entre a Primavera de 1857 e o Verão de 1859 Whitman editou o Times de Brooklyn, sendo publicada a 1860, em Boston, a terceira edição da sua obra. Contudo, a editora foi à falência em 1861 e a edição, que continha 154 poemas, foi pirateada.

O meu comentário: a falência e a pirataria, sujeito ao karma, mais uma prova dificil.

Entre 1863-1864 trabalhou para o Exército em Washington, DC, servindo entretanto como voluntário em hospitais militares. Regressou a Brooklyn doente e com marcas de envelhecimento prematuro causadas pela experiência da guerra civil.

O meu comentário: os sensíveis são sempre marcados pela guerra.

Trabalhou posteriomente como funcionário do Departamento do Interior (1865) e publicou em Maio desse ano o livro "Drum-Taps", que continha 53 poemas acerca da guerra civil e da experiência do autor nos hospitais militares. No mesmo ano foi despedido pelo Secretário James Harlan, por este ter considerado "Leaves of Grass" indecente.

O meu comentário: quem faz comentários indesejados num local adverso é sempre perseguido; ao que parece, mais no passado do que actualmente. Hoje é mais um problema de comunicação, isto é, dizer de modo correcto e compreensível para os outros.

Em 1867 foi publicada a quarta edição de "Leaves of Grass", com 8 novos poemas. No ano seguinte saiu em Londres uma selecção de poemas de Michael Rossetti, intitulada "Poems by Walt Whitman".

A quinta edição de "Leaves of Grass" (1870-1871) teve uma segunda tiragem que incluía "Passage to India" e mais 71 poemas, alguns dos quais inéditos.

O meu comentário: Todos amam a Índia, e os conhecimentos que dela emanam.

Depois de publicar "Democratic Vistas", Whitman viajou para Hannover, New Hampshire. Corria o ano de (1872). Na Faculdade de Dartmouth leu "As a Song Bird on Pinions Free", posteriormente publicado com um prefácio. Em Janeiro de 1873, Whitman sofreu uma paralisia parcial. Pouco depois morreu a mãe e o escritor deixou Washington para se fixar em Camden, New Jersey, com o irmão George.

O meu comentário: terá o corpo doente e forçado pelo próprio na comunicação com o Alto, acelarado a doença? Aqui não tenho a certeza, e pedia a ajuda dos membros no esclarecimento desta questão.

Em 1876 surgiu a sexta edição de "Leaves of Grass", publicada em dois volumes. Em Agosto de 1880, Whitman reviu as provas da sétima edição de "Leaves of Grass", que sob ameaças do Promotor Público teve de suspender a distribuição do livro.

A edição só foi retomada dois anos mais tarde por Rees Welsh e depois por David McKay. Incluía 20 poemas inéditos e os títulos definitivos e uma ordem dos poemas revista. Em 1882 foi ainda publicado o livro "Specimen Days and Collect".

Os últimos anos de vida de Whitman foram marcados pela pobreza, atenuada apenas pela ajuda de amigos e admiradores americanos e europeus.

O meu comentário: alguém acha que já ouviu esta história, quantas vezes, com pintores e tantos outros?

Em 1884, Whitman adquiriu uma casa em Camden, New Jersey. Quatro anos depois, sofreu um novo ataque de paralisia e viu publicados 62 novos poemas sob o título "November Boughs" (1888). Ainda nesse ano foi publicado "Complete Poems and Prose of Walt Whitman".

A oitava edição de "Leaves of Grass" apareceu em 1889, e no ano seguinte o escritor começou a preparar a sua nona edição, publicada em 1892.

Whitman morreu no dia 26 de Março de 1892 e foi sepultado em Camden, New Jersey.

Cinco anos depois foi publicada em Boston a décima edição de Leaves of Grass (1897), a que se juntaram os poemas póstumos "Old Age Echoes".

Nos seus poemas, Walt Whitman elevou a condição do homem moderno, celebrando a natureza humana e a vida em geral em termos pouco convencionais. Na sua obra "Leaves of Grass", Whitman exprime em poemas visionários um certo panteísmo e um ideal de unidade cósmica que o Eu representa. Profundamente identificado com os ideais democráticos da nação americana, Whitman não deixou de celebrar o futuro da América.

O meu comentário: panteísmo é a doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo. Deus e o mundo seriam uma só substância

Ficou ainda mais conhecido mundialmente a partir das citações inseridas no enredo do filme Sociedade dos Poetas Mortos.

O meu comentário: Um belo filme, que vou ver com mais atenção, quando tiver oportunidade.

"Introduziu uma nova subjectividade na concepção poética e fez da sua poesia um hino à vida. A técnica inovadora dos seus poemas, nos quais a idéia de totalidade se traduziu no verso livre, influenciou não apenas a literatura americana posterior, mas todo o lirismo moderno, incluindo o poeta e ensaísta português Fernando Pessoa."

O meu comentário: Que muitos também consideram um poeta "esotérico".

"Esta manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado,
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho".
Walt Whitman

Pedia a quem souber: que coloque aqui a fotografia de WW.

Paz e Prosperidade para todos os Seres da Criação,
Susana

Offline Onurb

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Re: Walt Whitman - poeta "esotérico"
« Responder #1 em: Maio 09, 2008, 23:41:42 pm »


« Última modificação: Maio 09, 2008, 23:48:00 pm por Onurb »

Offline kunti

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Re: Walt Whitman - poeta "esotérico"
« Responder #2 em: Novembro 10, 2008, 13:19:23 pm »
Do livro 14 lições de Filosofia pelo Yogue Ramacharaca,
no capítulo : Iluminação ou Consçiência Espiritual.

Um poema de Walt Whitman :


"Como num desmaio, um instante,
Outro SOL inefávelme deslumbra,
E todos os orbes conheci,
E orbes mais brilhantes desconhecidos,
Um instante da futura terra, terra do céu"

E quando sai do seu Êxtase, esclama:

"Não posso estar acordado porque nada me olha como antes,
Ou então estou acordado pela primeira vez,
e tudo antes foi um simples sonho."

E declara a inablidade humana para expressar-se :

"Quanto melhor quero expressar-me, menos posso,
Minha língua não se move sôbre sua ponta,
Meu alento não obdece aos seus orgãos,
E fico mudo"

Na introdução do livro tem uma dedicatória :

     "Sabe, ó díscipulo! que aquêles que passaram pelo silêncio
      e sentiram a sua paz e retiraram a sua força, anseiam que
      passes tu também por êle. Portanto, quando o díscipulo for capaz
      de entrar no Templo do Saber, encontrará sempre o seu Mestre"

           ( do livro  "Luz no Caminho")

Sinto essa mesma dificuldade ao expressar-me, só quem já passou
pelo silêncio ( o SILÊNCIO "mesmo"), compreende.
Não pelo pensar, Sim pelo sentir...   (inteorior).
________________________________________________________________

Recomendo a leitura e estudo do livro., e toda a obra do autor,
pela sua elevada qualidade.

Em Portugal editado por :   Brasília Editora - Porto
No Brasil :                       Editora  Pensamento  São Paulo.
 (desconheço outras editoras em língua Portuguesa)

_________________________________________________________________





___________________________________________________________________

Meditemos....         Sempre !!!

Qua  a  PAZ  seja  convosco.


        Kunti
« Última modificação: Novembro 10, 2008, 13:29:28 pm por kunti »

Offline maria

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Re: Walt Whitman - poeta "esotérico"
« Responder #3 em: Novembro 10, 2008, 23:12:38 pm »
Queridos amigos



     "Sabe, ó díscipulo! que aquêles que passaram pelo silêncio
      e sentiram a sua paz e retiraram a sua força, anseiam que
      passes tu também por êle. Portanto, quando o díscipulo for capaz
      de entrar no Templo do Saber, encontrará sempre o seu Mestre"


Sinto essa mesma dificuldade ao expressar-me, só quem já passou
pelo silêncio ( o SILÊNCIO "mesmo"), compreende.
Não pelo pensar, Sim pelo sentir...   (inteorior).

   



Graça Do Mestre

É a aura ou irradiação, espiritual do seu ser, do seu Eu Divino altamente potencializado.É Este um dos fenómenos mais subtis do mundo espiritual. O que, em ultima análise actua sobre os homens, o que os predispõe directamente para a conversão final - sem violentar o seu livre arbítrio - é invisível magnetismo metafísico, essa poderosa vibração do seu Cristo Interior, que vem da fonte Divina do Mestre e flui através de seus canais humanos.
O que actua decisivamente sobre os outros nunca é aquilo que dizemos, fazemos ou pensamos na dimensão do nosso ego, mas sim aquilo que somos realmente nas profundezas do nosso ser verdadeiro, do nosso EU real.

Para que o discípulo seja beneficiado por essa graça ou irradiação do mestre, deve ter atingido elevado grau de receptividade.

"QUANDO O DISCÍPULO ESTÁ PRONTO - ENTÃO O MESTRE APARECE!"

Um pedaço de lenha só pega fogo pelo contacto com uma chama acesa, quando está perfeitamente seco; se está molhado, a chama não lhe pode transmitir o seu fogo.
Tudo depende do grau de receptividade do homem para que a Graça Divina possa actuar sobre ele.

Entretanto, persiste o mistério: Por que deve a Graça Divina estar individualizada em algum ser humano, para que outro homem seja afectado por ela?

Aqui é que estamos diante do mistério máximo da "encarnação do verbo". É também esta a razão porque Cristo diz:


Quando o verbo encarnado, o Cristo humanado, está intensamente presente em alguém, então acontecem coisas estupendas...

Pois Meditemos!...

Um abraço
maria
« Última modificação: Novembro 10, 2008, 23:27:07 pm por maria »