A Caminho do Templo

O Caminho do Discípulo / The Disciples Path => Tesouro Espiritual / Spiritual Treasure => Tópico iniciado por: maria em Outubro 23, 2008, 23:39:50 pm

Título: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Outubro 23, 2008, 23:39:50 pm

Olá a todos

As várias religiões são imorais, umas para as outras!

O objectivo é o mesmo: a Realização de Deus ou Auto-Realização!

Os Mestres dizem todos a mesma coisa! Simplesmente, como cada Mestre tem a sua própria personalidade, diferente da dos outros, têm características diferentes dos outros e se Auto-Realizou de maneira diferente, actua de maneira diferente. Então os discípulos formam julgamentos que nada têm que ver com o ensinamento do seu Mestre; e fanatizam-se com ideias tais como: "O meu caminho é que é bom, o dos outros está errado", o meu Mestre é que está certo, os outros não prestam" etc.

Não são os Mestres que dizem isto! São aqueles que ficam depois dos Mestres desencarnarem, que pelo facto de não serem Mestres eles próprios não estão no "mesmo ponto" do seu Mestre e não conseguem "apanhar" o verdadeiro significado dos seus ensinamentos, das suas palavras ou do seu silencio.

Se não, reparem: se nós formos analisar a mentalidade religiosa Hindu em termos de Yoga, existe o Carma e então as pessoas têm que ser vegetarianas, para que não comam aquilo que custou a vida dum animal.
Por isto, para os Hindus, Jesus não foi um Mestre realizado! Não pode ser.
Porquê?
1º Porque Ele comia Peixe
2º Bebia vinho
3º Acompanhava com as pessoas mais baixas da sociedade e ainda por cima:
4º Fazia Caridade ( em vez de meditar) e.........-o máximo:
5º Jesus foi crucificado

Segundo a mentalidade religiosa Hindu e em termos de Carma, Ele deve ter sido uma pessoa muito má nas vidas anteriores, para ter um Carma tão pesado; porque coitado, "até teve que sofrer a crucificação"; com certeza que na vida anterior matou muita gente. Que Carma pesado!
E não cabe na cabeça dos Hindus que Ele pudesse ter sido um Mestre Realizado!

Ramakrishna foi o único que tentou ensinar aos discípulos toda a inutilidade do separatismo.

Para os Católicos, os Mestres Hindus estão totalmente errados. Eles não aceitam que,por exemplo, Mahavir fosse um Mestre Realizado,porque vivia nu, junto com as cabras, sentado em meditação durante anos e anos, sem fazer mais nada na vida. Para os Católicos isto é o máximo do egoísmo. porque Jesus fazia caridade, curava as pessoas, dava de comer aos pobres, multiplicava os pães e os peixes. Então, quem é este Mahavir? Ele nunca fez nada disto, era extremamente egoísta vivendo em meditação "sem fazer nada pelos outros"! E não entra na cabeça dos Católicos que um Mestre em Meditação está a fazer mais pelo Planeta Terra do que a missa dominical, onde muitos Católicos vão, hipocritamente, pedir perdão de erros que vão cometer de novo na semana seguinte.

Para os Jainistas (seguidores de Mahavir) não é possível que Krishna fosse um Mestre Auto-Realizado, porque Ele tocava flauta, ia atirar pedras aos cântaros das raparigas que iam à fonte e, ainda por cima, foi Ele o causador da guerra do MahaBharata (Bhagavad Gita), porque instigou Arjuna a lutar contra os parentes.

E Maomé que foi um guerreiro?

E Buda, que em vez de herdar o trono do pai e ajudar todo o povo do seu reino, abandonou tudo para meditar?

Para os Yogas meditar é que é bom, porque quando uma pessoa medita, acaba por se Iluminar e então poderá Iluminar muita gente.
Para os Católicos fazer caridade é que é bom, cuidando assim do corpo das pessoas.
Para os Orientais o corpo não vale nada, portanto, cuidar do corpo é pura perca de tempo.
Para os Muçulmanos fazer jejum é que é bom, pois enfraquecer o corpo é a maneira de nos purificarmos e obtermos a Graça Divina.
Para os Budistas só renunciando à vida é que nos Auto-Realizamos....etc...
Tudo isto, sem entrar nas rivalidades entre as várias ramificações de cada religião.
no meio de tudo isto, quem é que se entende? Poucas pessoas! Muito poucas, mesmo!

Mas não foi isto que os Mestres disseram: Não é isto que Eles dizem! Nem Mahavir, nem krishna, nem Cristo, nem Buda, nenhum deles disse nada disto.

São os seus discípulos, depois , que fazem julgamentos e para eles é profundamente imoral tudo (ou quase tudo) aquilo que os outros fazem. São eles que depois instituem a Religião, que a organizam.

Os julgamentos da moral (ou do imoral) dependem, geográficamente, das mentes dos que não são sábios, nem Mestres. Nada tem que ver com a Realidade.

E as religiões organizadas têm destruído a liberdade e a criatividade das pessoas, têm dividido as pessoas, têm "morto" a felicidade desta vida, com as suas cerceações e as suas promessas dum paraíso no "além".

A felicidade deve ser procurada "nesta vida", a alegria não depende de nenhum factor exterior a nós.

Quanto mais nos interiorizarmos, quanto mais nos auto-conhecermos, quanto mais procurarmos a Auto-Realização e o Divino, mais felizes somos, aqui e agora! Os julgamentos não são Realidade!


um abraço
maria




Título: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Outubro 30, 2008, 19:52:15 pm
Olá Amigos

" O Prazer é Uma Canção de Liberdade
Mas não é a Liberdade


As pessoas que bebem demasiado álcool são pessoas que procuram ser felizes! São pessoas carentes e procuram a felicidade à sua maneira e a sua maneira é bebendo álcool. Mas não se consegue fazer compreender isto a uma pessoa semi-etilizada já. Não lhe é possível compreender que o que procura no álcool está dentro de si, porque para essa pessoa só é real que o álcool é a única coisa capaz de o fazer esquecer os problemas e as carências, por isso se julga mais feliz durante esses momentos.
Mas a felicidade não pode nunca vir do exterior, do que é efémero, nem significa esquecimento. A verdadeira felicidade é muito consciente.
Com a droga passa-se o mesmo. Ela pode proporcionar momentos de alteração de consciência (bons ou maus, tal como o álcool) anormal, onde toda a perspectiva da pessoa é alterada.
No álcool o esquecimento dos problemas pode dar "bom ou mau vinho" conforme aquilo que a pessoa é. Na droga, pode haver boas ou más "trips" conforme "aquilo em que a pessoa está".

Quer uns, quer outros vão esquecendo as suas frustrações, pela perspectiva alterada, pelo esquecimento, que não tem nada que ver com aquilo que a rodeia. Só tem que ver com a própria pessoa.

Mas todos eles procuram ser felizes, todos eles são carentes, todos eles são frustrados.

Que ninguém os julgue nem condene. Ninguém tem esse direito. Eles procuram ser felizes, tal como nós procuramos na espiritualidade. Simplesmente, o que acontece, é que eles são "crianças" do ponto de vista de "sabedoria" espiritual e nós somos "mais velhos", por isso nós procuramos a felicidade no caminho certo, na busca da Auto-Realização, ao passo que eles ainda andam fascinados pelos "brinquedos" da ilusão.

E isto não é moral, nem imoral! É ver as coisas, a Realidade duma perspectiva Amoral. Porque a verdadeira espiritualidade é Amoral.

E há pessoas que procuram a felicidade de outra maneira: Jogando! O jogo provoca efeitos extremamente negativos. As pessoas que jogam são pessoas que têm necessidade de criar qualquer coisa. E como não descobrem essa capacidade (ou a maneira de a exteriorizar), devotam-se ao jogo e ficam obcecados por ele. Isto não é imoral. O que não leva é a lado nenhum positivo. Porque o jogo:
1º Impede que a pessoa utilize essa sua criatividade, sendo feliz
2º Desenvolve um espírito competitivo, naturalmente, que é exactamente o caminho oposto ao que deve ser seguido. Em vez de caminhar no sentido da União com o Todo e todos, o jogador separa-se cada vez dos seus competidores. Em vez disso, nós temos que caminhar no sentido da identificação com o Absoluto, e quando lá chegamos temos bem a sensação real, concreta, vivida, experimentada de que o Universo e nós somos UM!

Quando a pessoa joga está em oposição ao adversário, está ostensivamente dividido em competição com outras pessoas.

A moralmente falando, o jogador está simplesmente a fazer o oposto do que devemos fazer para atingir a Auto-Realização.

Tudo isto tem que ver com a nossa vontade de andar mais ou menos depressa em direcção ao Todo.

Também há outro aspecto que a sociedade costuma considerar imoral: o homossexualismo.
As pessoas que procuram a felicidade desta maneira são passíveis de se Auto-Realizarem com certa facilidade, porque procuram uma identificação, procuram o que lhe é semelhante, por isso procuram pessoas do mesmo sexo. Mas também aqui o caminho é errado, não porque seja moral ou imoral, mas porque a Identificação que proporciona felicidade é a que se dá no Absoluto e não com pessoas que são tão infelizes entre si. O homossexual está a perverter totalmente um determinado valor, mas a sua busca de identificação (em sentido oposto) revela uma busca de Auto-Realização sensível. Simplesmente não é com outro ser humano que nos vamos identificar, mas sim com o Divino, o Todo.

Estes temas, como já disse, não são nem morais, nem imorais; a verdadeira espiritualidade é amoral. Os julgamentos que as pessoas possam fazer destes e de outros assuntos, não passam disso mesmo, de julgamentos mentais, e são do mesmo género que os Hindus fazem contra os Católicos, e os Jainistas contra os Muçulmanos, etc., naquela confusão toda sobre Mestres e Iluminados. E os Mestres nunca julgaram ninguém!

Essencialmente, quanto menos julgamentos nós fizermos, quanto menos nós pensarmos em termos de avaliação concreta (mente inferior) mais podemos pensar em termos abstractos (mente superior) e por aí então poderemos chegar à Sabedoria.

Portanto, o facto de algumas pessoas fazerem uma procura da felicidade dos modos que anteriormente falamos (qualquer deles) só diz respeito a elas mesmas, com a certeza de que fazem o oposto do que deveriam fazer.

E, como disse uma vez um Mestre: aproveitem a fazer isso tudo agora, enquanto ainda não estão Iluminados, porque depois não o farão mais!

                                   
Um abraço
maria
                             


   
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Junho 01, 2009, 22:21:28 pm
Queridos amigos!

Há poucos dias tive o privilégio de receber uma mensagem do amigo Kunti,e pensei repassá-la para outros amigos,mas porque não partilhá-la convosco aqui no fórum? Penso que deste modo muitos ( e não um número restrito) teremos a oportunidade de interiorizar  estes conhecimentos para a nossa evolução mental.




O  BOM  LADRÃO

“Alguns dias antes da prisão do Mestre, os discípulos, nas suas discussões naturais, comentavam o problema da fé, com o desejo desordenado de quantos se atiraram aos assuntos graves da vida, tentando apressadamente forçar uma solução.

– Como será essa virtude? De que modo conservá-la-emos intacta no coração? – inquiria Levi, com atormentado pensamento. Tenho a convicção de que somente o homem culto pode conhecer toda a extensão de seus benefícios.

– Não tanto assim – aventava Tiago, seu irmão –, acredito que basta a nossa vontade, para que a confiança em Deus esteja viva em nós.

– Mas a fé será virtude para os que apenas desejam? – Perguntava um dos filhos de Zebedeu.

A um canto, como distante daqueles duelos da palavra, Jesus parecia meditar. Em dado instante, solicitado ao esclarecimento, respondeu com suavidade:

– A fé pertence, sobretudo, aos que trabalham e confiam. Tê-la no coração é estar sempre pronto para Deus. Não importam a saúde ou a enfermidade do corpo, não têm significação os infortúnios ou os sucessos felizes da vida material. A alma fiel trabalha confiante nos desígnios do Pai, que pode dar os bens, retirá-los e restituí-los em tempo oportuno, e caminha sempre com serenidade e amor, por todas as sendas pelas quais a mão generosa do Senhor a queira conduzir.

– Mas, Mestre – redargüiu Levi, em respeitosa atitude –. como discernir a vontade de Deus, naquilo que nos acontece? Tenho observado grande número de criaturas criminosas que atribuem à Providência os seus feitos delituosos e uma legião de pessoas inertes que classificam a preguiça como fatalidade divina.

– A vontade de Deus, além da que conhecemos através de sua lei e de seus profetas, através do conselho sábio e das inclinações naturais para o bem, é também a que se manifesta, a cada instante da vida, misturando a alegria com as amarguras, concedendo a doçura ou retirando-a, para que a criatura possa colher a experiência luminosa no caminho mais espinhoso. Ter fé, portanto, é ser fiel a essa vontade, em todas as circunstâncias, executando o bem que ela nos determina e seguindo-lhe o roteiro sagrado, nas menores sinuosidades da estrada que nos compete percorrer.

– Entretanto – observou Tomé –, creio que essa qualidade excepcional deve ser atributo do espírito mais cultivado, porque o homem ignorante não poderá cogitar da aquisição de semelhante patrimônio.

O Mestre fitou o apóstolo com amor e esclareceu:

– Todo homem de fé será, agora ou mais tarde, o irmão dileto da sabedoria e do sentimento; porém, essa qualidade será sempre a do filho leal ao Pai que está nos céus.

O discípulo sorriu e obtemperou:

– Todavia, quem possuirá no mundo lealdade perfeita como essa?

– Ninguém pode julgar em absoluto – disse o Cristo com bondade –, a não ser o critério definitivo de Deus; mas, se essa conquista da alma não é comum às criaturas de conhecimento parco ou de posição vulgar, é bem possível que a encontremos no peito exausto dos mais infelizes ou desclassificados do mundo.

O apóstolo sorriu desapontado, no seu ceticismo de homem prático. Dentro em pouco, a pequena comunidade se dispersava, à aproximação do manto escuro da noite.


*

Na hora sombria da cruz, disfarçado com vestes diferentes, Tomé acompanhou, passo a passo, o corajoso Messias.

Estranhas reflexões surgiam-lhe no espírito. Sua razão de homem do mundo não lhe proporcionava elementos para a compreensão da verdade toda. Onde estava aquele Deus amoroso e bom, sobre quem repousavam as suas esperanças? Seu amor possuiria apenas uma cruz para oferecer ao filho dileto? Por que motivo não se rasgavam os horizontes, para que as legiões dos anjos salvassem do crime da multidão inconsciente e furiosa o Mestre amado? Que Providência era aquela que se não manifestava no momento oportuno? Durante três anos consecutivos haviam acreditado que Deus guardava todo o poder sobre o mundo; não conseguia, pois, explicar como tolerava aquele espetáculo sangrento de ser o seu enviado, amorável e carinhoso, conduzido para o madeiro infamante, sob impropérios e pedradas. O prêmio do Cristo era então aquele monte da desolação, reservado aos criminosos?

Ansioso, o discípulo contemplou aquelas mãos, que haviam semeado a bem e o ardor, agora agarradas à cruz, como duas flores ensangüentadas. A fronte aureolada de espinhos era uma nota irônica na sua figura sublime e respeitável. Seu peito tremia, ofegante, seus ombros deveriam estar pisados e doloridos. Valera a pena haver distribuído, entre os homens, tantas graças do céu? O malfeitor que assaltava o próximo era, agora, a seu ver, o dono de mais duradouras compensações.

Tomé se sentia como que afogado. Desejou encontrar algum dos companheiros para trocar impressões, entretanto, não viu um só deles. Procurou observar se os beneficiados pelo Messias lhe assistiam ao martírio humilhante, na hora final, lembrado de que ainda na véspera se mostravam tão reconhecidos e felizes com sua santa presença. A ninguém encontrou. Aqueles leprosos que haviam recuperado o dom precioso da saúde, os cegos que conseguiram rever o quadro caricioso da vida, os aleijados que haviam cantado hosanas à cura de seus corpos defeituosos, estavam agora ausentes, fugiam ao testemunho. Valera a pena praticar o bem? O apóstolo, mergulhado em dolorosos e sombrios pensamentos, deixava absorver-se em estranhas interrogações.

Reparou que em torno da cruz estrugiam gargalhadas e ironias. O Mestre, contudo, guardava no semblante uma serenidade inexcedível. De vez em quando, seu olhar se alongava por sobre a multidão, como querendo descobrir um rosto amigo.

Sob as vociferações da turba amotinada, a Tomé parecia-lhe escutar ainda o ruído inolvidável dos cravos do suplício. Enquanto as lanças e os vitupérios se cruzavam nos ares, fixou os dois malfeitores que a justiça do mundo havia condenado à pena última. Aproximou-se da cruz e notou que o Messias punha nele os olhos amorosos, como nos tempos mais tranqüilos. Viu que um suor empastado de sangue lhe corria do rosto venerável, misturando-se com o vermelho das chagas vivas e dolorosas. Com aquele olhar inesquecível, Jesus lhe mostrou as úlceras abertas, como o sinal do sacrifício. Penosa emoção dominou a alma sensível do discípulo. Olhos nevoados de pranto, recordou os dias radiosos do Tiberíades.

As cenas mais singelas do apóstolo ressurgiam ante a sua imaginação. Subitamente, lembrou-se da tarde que haviam comentado o problema da fé, parecendo-lhe ouvir ainda as elucidações do Mestre, com respeito à perfeita lealdade a Deus. Reflexões instantâneas lhe empolgaram o coração. Quem teria sido mais fiel ao Pai do que Jesus? Entretanto, a sua recompensa era a cruz do martírio! Absorto em singulares pensamentos, o apóstolo observou que o Messias lançava agora os olhos enternecidos sobre um dos ladrões que o fixava afetuosamente.

Nesse instante, percebeu que a voz débil do celerado se elevava para o Mestre, em tom de profunda sinceridade:

– Senhor! – disse ele, ofegante – lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino!...

O discípulo reparou que Jesus lhe endereçava, então, o olhar caricioso, ao mesmo tempo que aos seus ouvidos chegavam os ecos de sua palavra suave e esclarecedora :

– Vês, Tomé? Quando todos os homens da lei não me compreenderam e quando os meus próprios discípulos me abandonaram, eis que encontro a confiança leal no peito de um ladrão!...”

Do Livro: BOA NOVA
Psicografado por Chico Xavier
Espírito: Humberto de Campos

Obrigado Kunti!

Um abraço a todos
maria


Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Junho 07, 2009, 20:49:48 pm
Amigos
Há uns tempos que venho lendo artigos de um estudioso que me tem dado grande prazer de ler e por isso quero partilhar convosco o que abaixo se segue de Wagner Borges, intitulado Uma prece ao melhor do teu ser.
:: Wagner Borges ::

(Com Alma Celta em Coração de Menino)

Que esses escritos levem amor ao teu coração.
Que tudo que é trevoso se afaste de ti.
Que tu te encantes com o presente da vida.
Que tua alma seja curada na luz.
Que teus pensamentos sejam justos.
Que tuas mãos sejam curadoras.
Que teu trabalho te dignifique.
Que tu sejas querido na prece dos outros.
Que teu olhar revele o brilho do Eterno.
Que tu tenhas consciência da Sagrada Presença*.
Que tu vejas algo lindo, mesmo num dia cinzento.
Que tu não deixes passar um grande amor...
Que teu coração seja generoso, como o Sol.
Que teus passos sejam honrados.
Que a perda de alguém querido não te seja um fardo.
Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria.
Que tu aprecies muitas canções, e te encantes com elas.
Que tu não tenhas medo de amar.
Que tuas emoções não te sejam um peso.
Que tu honres aos teus pais e teus ancestrais.
Que tu sejas um bom exemplo de vida para teus filhos.
Que tu atravesses a vida com assombro e admiração.
Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver.
Que tu saibas te abrir, para a vida te dizer algo justo.
Que teus lábios estejam sempre fechados para queixumes.
Que, por mais que te atentem, não traias teu coração.
Que tu saibas perdoar, aos outros e a ti mesmo.
Que tu tenhas sabedoria para corrigir teus erros.
Que tu não vejas a cor da pele dos homens, mas a luz neles.
Que o mal não faça morada em teu coração.
Que tu não valorizes aquilo que rebaixa o teu espírito.
Que nada te afaste da luz e do amor verdadeiros.
Que tu estejas sempre num círculo de luz.

(Dedicado ao meu grande amigo e poeta gaúcho Cloves Fortes Pain, que, há 17 anos, se mandou de Porto Alegre e foi morar no Céu; e ao meu grande amigo paulista Edmilson Federzoni, que foi quem me trouxe do Rio de Janeiro para morar e trabalhar em São Paulo, há 21 anos, e que, para minha grande alegria, me informou hoje que será pai pela primeira vez.)

Paz e Luz.
Amor e Presença.

- Wagner Borges - pequeno coração nas ondas de um Grande Amor...

São Paulo, 19 de fevereiro de 2009.

- Nota:
* A Presença - metáfora celta para o Todo que está em tudo. Quando os antigos iniciados celtas admiravam os momentos mágicos do alvorecer e do crepúsculo, costumavam dizer: "Isso é um assombro!" E assim era para todas as coisas consideradas como manifestações grandiosas da Natureza e do ser humano. Ver o brilho dos olhos da pessoa amada, a beleza plácida da lua, a alegria do sorriso do filho, ou o desabrochar de uma flor eram eventos maravilhosos. Então, eles ousavam escutar os espíritos das brumas, que lhes ensinaram a valorizar o Dom da vida e a perceber a pulsação de uma PRESENÇA em tudo. A partir daí, eles passaram a referir-se ao TODO QUE ESTÁ EM TUDO como a PRESENÇA que anima a Natureza e os seres. Se a luz da vida era um assombro de grandiosidade, maior ainda era a maravilha da PRESENÇA que gerava essa grandiosidade. Perceber essa PRESENÇA em tudo era um assombro! E saber que o sol, a lua, o ser amado, os filhos, as flores e a Natureza eram expressões maravilhosas dessa totalidade, levava os iniciados daquele contexto antigo da Europa a dizerem: "Que assombro!" Hoje, inspirado pelos amigos invisíveis celtas, deixo registrado aqui nesses escritos o "terno assombro" que sinto ao meditar na PRESENÇA que está em tudo. E lembro-me dos ensinamentos herméticos inspirados no sábio estelar Hermes Trismegisto, que dizia no antigo Egito: "O TODO está em tudo! O Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração." O TODO ou A PRESENÇA, tanto faz o nome que se dê. O que importa mesmo é a grandiosidade de se meditar nisso; essa mesma grandiosidade de pensar nos zilhões de sóis e nas miríades de seres espalhados pela vastidão interdimensional do Multiverso, e de se maravilhar ao se perceber como uma pequena partícula energética consciente e integrante dessa totalidade, e poder dizer de coração: "Caramba, que assombro!"

Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
Visite seu Site e conheça a área de áudio e vídeo.
Email:

 
Do vosso sempre amigo Hermes
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Julho 17, 2009, 21:22:28 pm
Amigos do Caminho
Há dias um amigo meu a propósito de algumas conversas que tivemos, presentiou-me com um escrito Taoista de grande mestria espiritual, que não resisto a deixar de compartilhá-lo convosco, sabendo eu do vosso grande interesse por estes assuntos.

Hsing Hsing Ming Gatha de Seng Tsang, terceiro Patriarca Chan

Não é difícil descobrir tua Mente Búdica
Simplesmente deixe de procurá-la.
Deixe de aceitar e rejeitar possíveis lugares
Onde pensas que ela possa estar
E ela aparecerá diante de ti.
Cuidado! O menor sinal de preferência
Abrirá um abismo largo e profundo
como o espaço entre o céu e a terra.
Se queres encontrar tua Mente Búdica
Não tenha opiniões sobre nada.
Opiniões produzem argumento
E a disputa é uma doença da mente.
Submerge nas profundezas.
A quietude é profunda. Não há nada profundo em águas rasas.
A Mente Búdica é perfeita e engloba o universo.
Não tem carência de nada e nada tem em excesso.
Se pensas que podes escolher entre as suas partes
Perderás de vista a sua verdadeira essência.
Não te apegues às aparências, às coisas opostas,
às coisas que existem como relativas.
Aceite-as com imparcialidade
E não terás que perder tempo com escolhas sem sentido.
Os julgamentos e discriminações bloqueiam o fluxo e trazem as paixões.
Irritam a mente que precisa de quietude e paz.
Se vais de se a senão, de isto a aquilo,
ou quaisquer dos inumeráveis opostos,
Perderás de vista o todo, o Uno.
Seguindo um oposto estarás te extraviando,
para longe do centro de equilíbrio.
Como esperas alcançar o Uno?
Decidir o que é, é determinar o que não é.
Mas determinar o que não é pode te ocupar tanto
que acaba se convertendo no que é.
Quanto mais falas e pensas, mais longe te encontras.
Deixa de falar e de pensar, e o encontrarás em todas as partes.
Se deixares todas as coisas voltarem à sua origem, está bem.
Mas se paras para pensar que esta é sua meta
E que é disto de que o sucesso depende,
E lutas e lutas ao invés de simplesmente deixar ir, não estarás praticando Zen.
No momento em que começas a discriminar e a preferir perdes o caminho.
Buscar o real também é um falso ponto de vista
que deveria ser igualmente abandonado.
Deixa passar! Deixa de buscar e de escolher.
As decisões dão lugar às confusões,
e aonde pode chegar uma mente confusa?
Todos os pares de opostos vêm da única Grande Mente Búdica.
Aceita os opostos com dócil resignação.
A Mente Búdica permanece calma e quieta,
Mantenha sua mente nela e nada poderá te perturbar.
O inofensivo e o danoso deixam de existir.
Os sujeitos, quando liberados de seus objectos, desaparecem
Tão certamente quanto os objectos, quando liberados de seus sujeitos, desaparecem também.
Cada um depende da existência do outro.
Entenda esta dualidade e verás
que ambos provêm do Vazio do Absoluto.
A base de todo Ser contém os opostos.
Todas as coisas se originam do Uno.
Que perda de tempo escolher entre grosso e fino.
Já que a Grande Mente faz nascer todas as coisas,
Abrace-as todas e deixe morrer teus preconceitos.
Para realizar a Grande Mente não sejas vacilante nem ansioso.
Se tentar pegá-la, agarrarás o ar e cairás no caminho dos heréticos.
Onde está o Grande Tao? Podes deixá-lo?
Ele permanecerá ou se irá?
Não está em toda a parte esperando por você
para unir a tua natureza com a Sua
e ficar livre de problemas como Ele é?
Não canse tua mente te preocupando em saber
o que é real e o que não é,
Sobre o que aceitar ou o que rejeitar.
Se queres conhecer o Uno,
deixe teus sentidos experimentarem o que vier,
Mas não seja influenciado e nem te envolvas no que vier.
O sábio age sem emoção e parece nem estar agindo.
O ignorante permite que suas emoções o envolvam.
O sábio compreende que todas as coisas são parte do Uno.
O ignorante vê diferenças em toda parte.
Todas as coisas são iguais em sua essência,
assim apegar-se a algumas e abandonar outras
é viver no engano.
A mente não é juiz equânime de si mesma.
Tem preconceitos a favor ou contra si mesma.
Não pode ver nada objectivamente.
Bodhi está além de toda noção de bem e mal, além dos pares de opostos.
Os devaneios são ilusões e as flores nunca florescem no céu.
São invenções da imaginação e não merecem ser considerados.
Ganho e perda, certo e errado, grosso e fino.
Deixa todos irem!
Permanece atento. Mantém abertos teus olhos.
Teus devaneios desaparecerão.
Se não fizeres julgamentos, tudo será exactamente como deve ser.
Profunda é a sabedoria do Tathagata,
Excelsa e além de todas as ilusões.
Este é o Uno a que todas as coisas retornam desde que não as separe,
mantendo algumas e afastando outras.
De qualquer modo, onde as deixaria?
Todas estão dentro do Uno. Não há fora.
O Supremo não tem modelo, dualidade, e nunca é parcial.
Confia nisto. Mantém viva a tua fé.
Quando abandonas todas as distinções nada sobra
excepto a Mente que é agora pura, que irradia
sabedoria, e nunca se cansa.
Quando a Mente abandona as discriminações
Os pensamentos e os sentimentos não podem sondar suas profundezas.
O estado é absoluto e livre.
Não há nem eu nem o outro.
Apenas te darás conta de que és parte do Uno.
Tudo está dentro e nada está fora.
Os sábios do mundo todo compreendem isto.
Este conhecimento está além do tempo, seja longo ou curto,
Este conhecimento é eterno. Nem é e nem não é.
O todo é aqui e o menor é igual ao maior.
O espaço nada pode confinar.
O maior é igual ao menor.
Não há limites, nem dentro nem fora.
O que é e o que não é são a mesma coisa,
Porque o que não é é igual ao que é.
Se não despertares para esta verdade, não se preocupe.
Apenas creia que tua Mente Búdica não é dividida,
Que ela aceita tudo sem julgamento.
Não preste atenção a palavras, discursos, ou métodos bonitos
O eterno não tem presente, passado ou futuro.

(Do Tao legado à humanidade por Lao Tsé).

Com um abraço para todos do Hermes.
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Mario em Dezembro 24, 2009, 19:00:09 pm
Amigos

     Sobre as sensações....   Luis Carlos Moreno

     O filósofo David Hume (1711–1776), depois de se observar a fundo, declarou não ter
localizado uma identidade duradoura, mas apenas "um feixe de sensações". Asseverava que
os seres humanos são "nada além de uma coleção de percepções que se sucedem umas às
outras com rapidez inconcebível e estão em perpétuo fluxo e movimento". A análise de Hume
implica que nosso senso de nós mesmos como indivíduos coerentes e contínuos é uma ilusão.
     E quantas ilusões sobre os profissionais são cultivadas pelos gerentes? Talvez a mais aceita (e
praticada por muitos gerentes) é a de que os profissionais são máquinas repetidoras de
comportamentos impostos, sugeridos ou simplesmente exigidos pelas organizações ou pelo
seu modelo de comando.
     Aprendizagem importante: os humanos respondem ou reagem a estímulos significativos. Não
percebemos as pessoas como elas são e sim como nos parecem ser, pelo o que significam
para nós. Considere como compreendendo o mundo em que vivemos e particularmente
aquelas partes relativas a nós mesmos e às nossas relações com as outras pessoas. Antes de
tudo, nós organizamos o mundo de acordo com conceitos ou categorias. Numa expressão:
rotulamos. Dizemos que as coisas são quentes ou frias, boas ou más, simples ou complexas.

Mário
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Dezembro 25, 2009, 07:39:12 am

Olá!


" Huberto Rohden "

Encontro Com Deus
   
Cada vez mais, uma grande parte da humanidade atual está se conscientizando de que todo o seu poder interno, toda a sua consciência de segurança, tranqüilidade e paz de espírito, toda a felicidade e saúde da sua vida, dependem, em última análise, de uma única coisa - da sua experiência pessoal com Deus. Com esse encontro divino, ou sua ausência, vive ou morre a felicidade do homem. É esta "a única coisa necessária" que afirmava o maior dos terapeutas.

Quem passa pela experiência pessoal com Deus - deste encontro divino - é feliz, mesmo no meio dos sofrimentos - quem não teve a sua experiêncioa pessoal com Deus é infeliz, mesmo em meio dos gozos da horizontalidade.

Um grande místico, há quase 15 séculos proferiu esta fantástica frase: "Fizeste-nos para ti, Senhor, e inquieto está o nosso coração até que encontro quietação em ti". Este grande místico era um homem infeliz que encontrou felicidade em Deus - sua fala continua a ser integralmente verdadeira em nossos dias.

Não podemos resolver o problema central de nosso sofrimento, por meio das mais variadas formas de escpaismo e camuflagem. De nada adianta narcotizar nossos sentimentos. É melhor enfrentar corajosamente a dolorosa realidade desse inevitável encontro com Deus. É uma operação cirúrgica sem anestesia, uma tremenda sangria do velho ego, mas o resultado é convalescença e vida...

Entretanto, são pouquíssimos os homens que possuam suficiente honestidade consigo mesmos para enfrentar lealmente esse doloroso encontro com Deus. O preço da felicidade é o egocídio, o total esvaziamento do ego não iniciado e sua definitiva integração no Eu vivenciado. Despossuir-se de todas as coisas a fim de possuir um "tesouro nos céus"...

"O mundo espiritual é alvo de violência, e os que usam de violência o tomam de assalto".


Quem não fizer violência a si mesmo, não pode tomar de assalto o reino espiritual da felicidade.

A felicidade é o preço da auto-violência, da disciplina de si mesmo.

Retirai-vos, todos vós que sois indisciplinados, fracos, covardes!

Vinde, todos os que sois disciplinados, fortes, corajosos!

Destes é o céu da felicidade.

Daqueles é o inferno da infelicidade!

 



Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Mario em Dezembro 25, 2009, 12:32:34 pm
Olá

Ensinamento esse , de Huberto Rohden, mexe na raíz do pensamento.

No seu modo de ver a vida com Deus, como se consegue ter uma experiência com Deus se eu sou humano e Deus é espírito.

Mário
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Cascais em Dezembro 25, 2009, 21:49:49 pm

Amigos

Quando deslumbrei que sou humano, apercebi me que não sou caixote de carne e osso.

Bem Haja

Cascais
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: kunti em Dezembro 26, 2009, 14:58:20 pm
Olá

Ensinamento esse , de Huberto Rohden, mexe na raíz do pensamento.

No seu modo de ver a vida com Deus, como se consegue ter uma experiência com Deus se eu sou humano e Deus é espírito.

Mário

Olá Mário !

Tudo bem ?

Porque pensa assim ?
Decerto ouviu ou leu alguns ensinamentos de Jesus.

"Eu sou a luz do mundo.    Vós sois a Luz do mundo.  (!!!)
O Cristo Cósmico ! O Filho Primogénito !
Somos creados à imagem e semelhança de Deus !
Deus é eterno !  Nós também !
Como seria possível que nós deixassemos de existir ?
O Todo está em tudo ! Senão existiria Deus e nós , não é ?
Vós fareis as mesmas coisas que "EU" faço... E maiores !

Os ensinamentos de Jesus estão alem da nossa compreenssão...
Mas... estamos   "A Caminho do Templo "...  (!!!)

Até um cético, (?) como Brian Weiss, disse o seguinte :
Penso que nós não somos um ser humano a ter experiências espirituais.
Penso que somos um ser espiritual, a ter experiências humanas !

Por esse fórum , estão alguns desses ensinamentos.
Não somos "apenas" oitenta por cento de agua ... (hidrigénio e oxigénio = energia)
Somos muito mais que isso. Somos emanação Divina !

Irá compreender isso connosco, a seu tempo, pode crer.
O segredo da ação é começar !

Porque veio ter a este fórum ?
Foi o James Redfield que o trouxe ?  ( humor)
Quem conduz o processo ?  Será a (sua) centelha divina ? ( e o que é isso ?)
Irá conhecer esses conceitos mentais e outros ...

Alguns desses conceitos estão sendo apresentados, neste fórum,
embora de uma forma sintética. (resumida).
Veja : "O que é Yoga"   -   "Corpos do Homem" , e outros.

Podem ser recomendados os textos de onde foram retirados estes contextos.

-------------------------------------------------------------------------

Há trez questões básicas a saber :

  Quem somos !
  De onde vimos !
  Para onde vamos !

Iremos compreender isso primeiro.
Quem somos . Como somos. De que somos feitos. O que somos !

____________________________________________________________________

Muita paz interior !

Namasté

    Kunti
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Mario em Janeiro 04, 2010, 10:35:51 am
Olá Kunti

Obrigado por este ensino.

Quando eu falei do relecionamento com Deus , me refiro a algo de intimidade.
Eu creio que Deus existe, pois ao olharmos o universo, só Deus pode ser o autor. Não há outra explicação.

Mas a grande questão, e eu penso que é de muitos, é como se conseguir esse relacionamento mais íntimo com Deus.

Mas eu sei. Tudo tem o seu tempo. As experiência de outras pessoas , me pode ajudar ao meu entendimento.

Mario
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Onurb em Janeiro 06, 2010, 14:36:25 pm
Olá a todos, faz tempo que não escrevo o que me vai na alma...

Digo a mim mesmo, não lês ou não escreves porque estás a mudar de lentes de contacto e óculos, mas não é verdade, apenas me afastei, adoro chegar à noite e ver um filme de acção  ;D uma série de fantasia tipo Merlin.

Mas muitas vezes penso "PAI faz com que seja melhor" mergulho no universo vejo estrelas, galáxias, por vezes imagino criar um escudo que envolve o autocarro onde viajo todos os dias, tento manter a ideia do escudo o máximo tempo que consigo, mudo as cores do escudo, um azul bebé, violeta, amarelo....

Por vezes imagino a cada respiração fazer uma onda tipo tsunami cor violeta que envolve todo o planeta, pedindo que todos se curem de seus males, se assim for a vontade dos mesmos, e acima de tudo a vontade do PAI.

Será isto um tipo de relacionamento com DEUS? 
Se é! Porque não estou conscientemente 24horas nossas ligado a ele?

Das reuniões de grupo nas quais tenho participado, sou sempre acolhido pelos irmãos (chame-nos de luz) e por meu grande amigo ao qual fomos habituados a chamar Jesus, com grande carinho, alegria; Mesmo que nesse mês, semanas ou dias não tenha lido nada ou tenha adoptado… (como escrever este sentimento?) a postura correcta do caminho, mas tenho tanto que aprender.

Estou consciente que o interruptor que me liga ao PAI está em mim, eu tenho o “poder” de o ligar e desligar, e assim vivo na minha escolha, como humano, encarnação após encarnação, lição após lição, e quando o estudo acabar terei com certeza o meu interruptor ligado

O mais fácil é estudar …  difícil é cumprir o que estudou, não acham?

Que a PAZ esteja convosco.




Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Abrame em Janeiro 13, 2010, 11:53:31 am
Olá Amigos
Os conselhos dos mestres devem, segundo a minha opinião, serem recebidos por todos nós com verdadeiro interesse e com o indispensável teste das nossas actividades neste mundo. Por isso aqui deixo sob o título de REFLEXÃO um cuja prática me diz que é uma verdade a ser conscientemente considerada.

  REFLEXÃO

   Em todas as linhas espiritualistas o Ego humano não deixa de expressar subtilmente, através do seu perspicaz e instintivo intelecto, o desejo de sobrepor-se à ordem estabelecida que encontra, utilizando para isso tudo o que a sua mente registou na luta no Mundo, servindo-se das concepções estabelecidas para se sobrepor a seus irmãos de jornada. Muitas vezes não exitando em proceder de forma reprovável contra aqueles que os ajudaram e lhe deram a mão amiga convencidos que os superaram.

   Os exemplos de outras linhas espiritualistas servem de base ao que acontece muitas vezes no nosso caminho de aprendizagem e por isso achei interessante reproduzir aqui o testemunho de Sri Maha Krishna Swami, no seu livro intitulado – Ramana Meu Mestre.   

      Bhagavan Sri Ramana não aprovava distinções. Durante o trabalho, durante as refeições ou em qualquer outra actividade, jamais fazia separação entre ele próprio e os demais. Entretanto, o povo indu é bastante conservador em seus hábitos e insistiam em levantar-se quando Sri Ramana entrava no hall ou saída dele. Algumas pessoas se impunham como dever oferecer-lhe iguarias ou frutas raras. Como não percebessem que estavam agindo contra os ensinamentos, Ramana advertiu-as: “Porque toda essa demonstração de respeito e devoção? Quem aqui lhes ensinou tamanha hipocrisia? O que vocês ganham com isso? Não podem ser apenas naturais? O importante é ter o coração puro e sincero. Como vocês podem conscientizar-se da essência divina com uma demonstração externa?.

   A homenagem exterior poderia ser aceita, na melhor das hipóteses, de uma forma gentil, pois Bhagavan Sri Ramana era delicado para com todos. Mas ele nunca deixou que esses gestos externos se tornassem mais importantes que a recepção dos ensinamentos que ele transmitia. Ele sempre foi muito claro e categórico a esse respeito: “Existem aqueles que levam seus falsos mestres em procissão e os ostentam perante a multidão. Quando se cansam deles, cavam um poço e perguntam: ‘Você entrará no poço por si mesmo ou nós devemos empurrá-lo?’ Não são raras as pessoas que chegam aqui e se mostram bastante sinceras, mas assim que elas se acomodam acham-se donas do lugar. Agem como posseiros e querem adaptar tudo ao seu gosto pessoal. Pensam que o Mestre deve satisfazer suas vontades e não percebem sua inconsciência espiritual. Em troca de suas demonstrações de devoção, o Mestre tem que neutralizar toda a desarmonia que causam. Essas pessoas imaginam que é dever do Mestre fazer o trabalho de elaboração por elas. Pela prática constante da meditação é possível purificar-se, reconhecer o ego, desmascará-lo e aniquilá-lo. Mas as pessoas queimam cânfora e esperam purificar-se com isso. Será que elas realmente acreditam que podem conseguir algo sem um trabalho de auto-   -elaboração? Elas não querem submeter-se à vontade divina, mas querem que a vontade divina se curve diante delas. Algumas ostentam suas oferendas aos Mestres. O que elas têm para oferecer? A única oferenda real é aniquilar a mente pensante e permanecer natural, de acordo com a essência divina”.

Com muita amizade Abrame
 
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Março 21, 2010, 11:36:38 am
Olá Amigos
Como Ramana é um Mestre muito apreciado no nosso forum não posso deixar de partilhar convosvo um
artigo de Wagner Borges, autor que sempre nos presenteia com conhecimento.

Com muita amizade. Hermes 


  

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno
:: Wagner Borges ::

"Oh Arunachala, tu extingues o ego daqueles que meditam em Ti no Coração!"
- Sri Ramana Maharshi -

Eu olhei e vi você no meio das flores.
E você ria e conversava com elas.
Ah, meu caro, você parecia mais um menino.

E pensar que muitos o imaginam como um mestre sisudo e severo.
Talvez porque, em seus últimos anos, você usasse barba.
Mas eu o vi contente demais... Por causa das flores.
Em sua simplicidade, você me pareceu mais bacana do que nunca.

Quantos devotos gostariam de vê-lo, mas, eles riem tão pouco.
Talvez, por isso, você prefira conversar com as flores, sei lá.
Ou, quem sabe, elas compreendam as coisas do espírito melhor do que eles.

Você não tinha filosofia alguma, somente lucidez e paz.
Arunachala era apenas uma montanha sagrada lá na Índia.
Mas eu vi uma cordilheira inteira em seu semblante sereno...
E os devas cantavam o amor na caverna do seu coração.
E os seus olhos tinham o brilho das estrelas em florescência.

Ah, Ramana, você deve ter colocado as flores em samadhi...
Ou, será que foram elas que o levaram à consciência cósmica?
Se eu tivesse a habilidade de um Tagore, faria um poema para você.
Sim, escreveria sobre você rindo com as flores e vendo estrelas.

Mas eu só sei sentir as coisas, em espírito... Pois Brahman me fez assim.
Assim como fez caras especiais, como você, um gigante da consciência.
E eu sou só admiração e gratidão, por ver um gigante igual menino feliz.

Meu amigo, por favor, dê um beijo nas flores por mim.
E muito obrigado pelo seu olhar silencioso, que sempre me diz tudo.
Valeu, Ramana!

P.S.:
Ah, Ramana, eu vou vivendo e aprendendo...
E, mesmo no bulício do mundo, às vezes, eu também vejo estrelas.
E faço o que você ensinou: penso em Brahman... Dentro de todos os corações.

OM.
Paz e Luz.

- Wagner Borges - pequeno betume ardendo no fogo do espírito...
São Paulo, 30 de julho de 2009.

- Notas:
1. Bhagavan Sri Râmana Mahârshi (30 de dezembro de 1878 - 14 de abril de 1950), mestre de Advaita Vedanta e homem santo do sul da Índia. Considerado um dos maiores sábios de todos os tempos, tornou-se conhecido no Ocidente especialmente através do livro "A Índia Secreta", do jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou os ensinamentos de Ramana, transmitidos, na maioria das vezes em silêncio absoluto, aos seus discípulos.
Shri Ramana Maharshi foi o grande representante da sabedoria milenar da Índia no século XX. Isso não significa que ele foi um acadêmico que sabia de cor e salteado os textos sagrados da religião, mas sim que viveu e mesmo personificou à perfeição tal sabedoria. Na verdade, ele não escreveu nenhum livro. Ensinava o jnâna, 'via do conhecimento espiritual' mais puro. Ao mesmo tempo, ressaltava que as outras duas outras grandes vias espirituais, a do karma (das ações) e da bhakti (devoção) estavam contidas no jnâna.
Obs.: Carl Gustav Jung escreveu um extenso texto sobre Ramana Maharshi, que pode ser acessado no excelente site www.vedanta.pro.br - no seguinte endereço específico: http://www.vedanta.pro.br/?p=514.

Obs.: Para enriquecimento desses escritos, deixo na sequência um texto genial de Tagore, onde ele fala das flores.

A ESCOLA DAS FLORES
- Por Rabindranath Tagore -

As nuvens de tempestade rondam no céu, as chuvas de junho se precipitam, e o vento úmido do leste corre pelo deserto para tocar sua música na flauta dos bambus. Então, de repente, e não se sabe de onde, surgem multidões de flores, dançando sobre a relva em louca alegria.
Mãe, acho que as flores vão a uma escola embaixo da terra. Elas têm suas aulas de portas fechadas e, se quiserem sair antes do tempo para brincar, a professora as põe em um canto, de castigo. Quando cai a chuva, porém, é dia de festa para as flores.
Os galhos se entrechocam na floresta, as folhas murmuram ao sabor do vento selvagem, as nuvens trovejantes batem palmas com suas mãos gigantes, e as flores-crianças saltam fora correndo, vestidas de amarelo, rosa e branco...
Mamãe, bem sabes que a casa delas é no céu, onde estão as estrelas.
Não percebeste a vontade que elas têm de ir para lá? Não sabes por que correm tanto? Pois eu sei para quem as flores levantam os braços: elas têm a mãe delas, assim como eu tenho a minha!

- Texto extraído da excelente coletânea de poemas inspirados de Tagore, "Poesia Mística - Lírica Breve", lançada no Brasil pela Editora Paulus.
Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
Visite seu Site e conheça a área de áudio e vídeo.
Email:

artigo de Wagner Borges, autor que sempre nos presenteia com conhecimento.  
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Abril 13, 2010, 18:14:15 pm
Companheiros do Caminho

Desejo compartilhar convosco mais ensinamentos de Ramana e deste modo vos envio a "Parte 3"
que o nosso amigo Wagner Borges publicou noforum para onde escreve.

Um grande abraço do vosso amigo Hermes

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 3
:: Wagner Borges ::

Ramana**, eu olho as luzes da noite na grande cidade,
E elas me parecem tão opacas...
Porque eu vejo o brilho dos seus olhos,
Por entre os planos.

E o amor vem... Suavemente,
Como ondas de ananda em meu coração.
E, no seu olhar silencioso,
Eu vejo o reflexo do mundo.

Você está abraçando a humanidade,
De algum jeito que não sei descrever.
Porque isso é muita coisa
Para o meu entendimento.

Mas eu sinto e compreendo o que você
Está fazendo, pelo seu olhar.
Sei que você está ajudando a muitos,
Invisivelmente, e tem mais o que fazer...

Contudo, você sempre me dá a chance
De perceber o seu olhar na noite.
Mesmo com a grandiosidade serena de seu trabalho,
Você me percebe.

Mesmo em meio ao bulício do mundo,
Você sabe onde estou.
E você conhece o meu coração,
E me deixa sentir o seu...

E eu sou um pequeno ponto de luz,
E você é um sol.
Sim, um sol de amor.
No seu olhar.

E esta noite está mais linda,
Porque eu estou vendo a luz em seus olhos.
Essa luz que é pura ananda.
Que abraça em silêncio.

Ah, Ramana, eu sou só um cisco,
Uma centelhinha do Eterno,
Tentando melhorar o brilho.
Mas você me permite entrar no seu sol.

E eu vejo essa luz, além das luzes do mundo...
E escuto algo, em meu coração.
Um sussurro espiritual, cheio de amor,
Vindo do seu coração.

E compreendo.
Pelo seu olhar.
A serenidade.
Que é consciência.

P.S.:
Ah, Ramana, essa noite está linda!
Porque, mais uma vez, eu vejo o seu olhar.
E eu sei o quanto isso vale.
Os nós do coração são desatados...
Na presença do amor.
E surge uma alegria serena...
No contentamento do espírito.
E a noite vira sol, dentro do peito.
Enquanto, silenciosamente, você vela pelo mundo.
E uma brisa pacífica e sutil abençoa a humanidade.
E aquela paz, que não é desse mundo, cala fundo na noite.
Sim, Ramana, essa noite realmente está muito linda.
Tão linda como o seu olhar.
É só o amor que nos leva...

Gratidão.
Paz e Luz.

- Wagner Borges - centelhinha do Eterno vendo um Sol de Amor...

- Notas:
* Bhagavan Sri Râmana Mahârshi (30 de dezembro de 1878 - 14 de abril de 1950), mestre de Advaita Vedanta e homem santo do sul da Índia. Considerado um dos maiores sábios de todos os tempos, tornou-se conhecido no Ocidente especialmente através do livro "A Índia Secreta", do jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou os ensinamentos de Ramana, transmitidos, na maioria das vezes, em silêncio absoluto, aos seus discípulos.
Shri Ramana Maharshi foi o grande representante da sabedoria milenar da Índia no século XX. Isso não significa que ele foi um acadêmico que sabia de cor e salteado os textos sagrados da religião, mas sim que viveu e mesmo personificou, à perfeição, tal sabedoria. Na verdade, ele não escreveu nenhum livro. Ensinava o jnana, "via do conhecimento espiritual" mais puro. Ao mesmo tempo, ressaltava que as outras duas outras grandes vias espirituais, a do karma (das ações) e da bhakti (devoção) estavam contidas no jnana.

Obs.: Carl Gustav Jung escreveu um extenso texto sobre Ramana Maharshi, que pode ser acessado no excelente site www.vedanta.pro.br e aqui
Há uma foto de Ramana Maharishi (com aquele olhar especial e cheio de amor) postada no site do IPPB e ao lado.

Leia Também: Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 2


Hermes
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Abril 14, 2010, 10:31:28 am
Amigos
Como tinha também a parte 2 de Ramana indicada pelo Wagner Borges, a transcrevo para vodda apreciação.





   

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 2
:: Wagner Borges ::

Ramana Maharishi - Um Gigante-Menino nas flores do eterno - Parte 2

Ah, Ramana!**
Quantas coisas em seu olhar...
O despertar da consciência;
E aquela Paz, que não é desse mundo.
E eu vejo você, em espírito.
Pois os meus olhos não vêem além...

Então, vejo-o com o coração.
Enquanto um Grande Amor me chama...
E eu penso nas dores da humanidade.

Os meus olhos vêem o mundo...
Mas o meu coração vê o mundo em seu olhar.
Em seu silêncio, eu sinto um abraço sutil.
E sei do bem que você faz anonimamente.

Ah, Ramana, o mundo não vê você.
Mas você vê todo mundo e abençoa a todos.
E eu vejo isso em seu olhar, que é só silêncio.
Enquanto um Grande Amor permeia a tudo.
E eu fico aqui, tímido, igual criança.
Como uma pequena estrela olhando o infinito...

Admirado, também me lembro de Jesus.
Ele ensinava que os olhos são as candeias do corpo.
Pois, através deles, se reflete o que está dentro do Ser.
E o Rabi estava certo: eles são as janelas da alma.
Então, o que dizer do seu olhar?
Os seus olhos são candeias do amor iluminando os homens...

Ah, Ramana, eu vejo o seu olhar sereno...
E novamente penso em Jesus - e no mundo.
E o Amor me sussurra algo no coração.
E também me lembro de Krishna - e me admiro mais...
E a alegria me possui... De corpo e alma.
E, de alguma forma, o olhar deles está no seu olhar.

Ah, Ramana, o Amor não tem fronteiras ou credo.
Só sabe amar...
E os seus olhos são candeias, sim.
Cheios daquela paz que não é desse mundo.

Eu vejo o que um Grande Amor fez com você.
Porque o seu olhar atravessa os planos...
E abençoa aos homens e espíritos, em silêncio.
E eu fico aqui, mais tímido ainda, igual criança.
Como uma pequena estrela olhando o infinito...
Admirado, com os olhos brilhando igual diamante.

P.S.:
Ramana, os seus olhos são candeias do amor***.
E o seu brilho iluminou meu coração, mais uma vez.
E eu virei criança-estrela olhando para o infinito...

No Amor.
Na Fé.

Paz e Luz.

- Wagner Borges
Com muita amizade do Hermes
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Dezembro 31, 2010, 13:10:44 pm
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8,32).
E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma.
Temei antes aquele que pode destruir a alma e o corpo (Mt 10,28).
Alguém pagou alto pelo nosso resgate; não vos torneis escravos dos homens
(1Cor 7,23). 


A todo mundo!! Felicidades!!
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Janeiro 04, 2011, 17:54:41 pm
"O homem é feito pelas suas crenças.
Conforme aquilo em que crê, assim ele é."

BHAGAVAD-GITA

...

A compreensão do Amor.

... E essa mente - que é então a verdadeira mente religiosa - pode compreender a natureza da morte. Pois, sem a compreensão, não há compreensão do amor. A morte não é o fim da vida. Não é uma consequência de doença, senilidade ou acidente. A morte é uma coisa com que temos de viver todos os dias, morrendo para tudo o que conhecemos. Se não conhecerdes a morte, jamais conhecereis o amor.

O amor não é memória, também não é simbolo, imagem, ideia; não é o amor um ato social; o amor não é uma virtude. Havendo amor, há virtude; não se precisa lutar para se tornar virtuoso. Se não conheceis o amor, é porque ainda não compreendestes o que é morrer - morrer para vossa experiência, morrer para vossos prazeres, morrer para qualquer nemória oculta, inconsciente. É quando tudo trouxerdes à luz e morrerdes a cada minuto - para vossa casa, vossas lembranças, vossos prazeres morrerdes voluntária e facilmente, sem esforço, sabereis então o que é o amor.

(Krishnamurti)


Namasté

Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Janeiro 05, 2011, 12:02:34 pm
“Inevitável é a morte para os que nascem; todo morrer é um nascer – pelo que não deves entristecer-te por causa do inevitável”.

Krishna  - Bhagavad Gita Cap. 2- v.27


Namasté

Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Janeiro 30, 2011, 18:11:59 pm

Olá Amigos!

A ILUMINAÇÂO

A iluminação é o fruto da autopesquisa.
O silenciar dos desejos é o fruto da iluminação.
A paz é o fruto da auto-realização espiritual ainda em vida. Esse, em verdade, é o fruto do silenciar dos desejos.
Enquanto o último fruto não for atingido, o interior não fortificou, pois a libertação é o supremo contentamento e a incomparável alegria do eu universal.
O ser não perturbado pelos prazeres do mundo manifestado é fruto reconhecido da sabedoria, pois, depois que se obteve o discernimento, não mais praticará o homem as reprováveis acções do tempo em que estava envolto na grande ilusão do mundo.
Estar liberto do irreal. é o fruto da sabedoria, como o fruto da ignorância é ser presa do irreal. Se não for esta a distinção entre o sábio e o ignorante, como não reconhecimento da miragem, qual será então a recompensa do sábio?.
Quando for destruído o laço que prende o coração à ignorância sem se deixar  vestígios, a presença dos objectos não mais constituirá obstáculo para aquele que é sem desejo.
Quando nenhuma imagem dinâmica surge em presença dos objectos de desejo, existe então, a perfeita libertação.
Quando não brota mais o sentimento do eu pessoal, então, existe a perfeita iluminação.
Quando o eu pessoal é dissolvido no Ser Eterno, existe, então, o perfeito silêncio.
Rico e merecedor de honras é aquele que, permanecendo eternamente na natureza do Eterno, está liberto em seu espírito da tirania dos objectos exteriores, pois ele é como uma criança adormecida que não dá atenção aos brinquedos que atraem  as demais crianças.
Aquele que vê este mundo como um mundo de sonhos é aquele que colhe o fruto do Divino Ser.
O sábio permanece firme na sabedoria e sente a plenitude do Ser Universal, porque seu eu pessoal dissolveu-se no Eterno, sendo ele imutável e elevado acima da acção. Essa condição é chamada de sabedoria espiritual . É toda a consciência, sem sentimento de separatividade, profundamente mergulhada na unidade do Eterno e do eu universal.


                                                                                                Sri Maha Krishna Swami
Um abraço
maria
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Fevereiro 20, 2011, 22:09:47 pm
Olá Amigos!

A OUTRA FACE

Pagar o mal com o mal, a violência com a violência, o ódio com o ódio é dar início a um circulo que acabará por destruir os envolvidos nessa situação. O sublime principio de não resistir ao mal soa às pessoas como suicídio moral,como símbolo de fraqueza e covardia. No entanto, essa é a mais forte estratégia espiritual. Se nos opusermos a qualquer situação, estaremos fortalecendo-a e ela acabará por nos dominar; se lhe oferecermos não-resistência, ela se desmoronará diante de nós.
A não-resistência, na prática, não significa auto-aniquilamento diante de situações adversas. Significa ver o divino em tudo e procurar, por trás de uma acção do ego, sentir o divino que há na pessoa que age de forma não-divina. Com essa estratégica, o divino em nós e no próximo será vivido, ao mesmo tempo que enfraquecemos a ideia de ego pois, se o ego é ofensor por um lado, é, por outro, o ofendido."Não resistais ao mal.Se alguém vos bater em uma face, oferecei-lhe também a outra. " A outra face é a divina, aquela que está além da ofendibilidade.
Quando o ego de alguém procura ofender-nos, devemos mostrar-lhe a verdade, a harmonia, a compreensão, a compaixão. Essa é, na verdade, a mais poderosa das armas.
Um exemplo dessa força foi Mahatma Gandhi, que ajudou na libertação de seu povo com o uso da não-violência, com a resistência pacifica, com a fidelidade incondicional à Verdade.

                                                                                                    Sri Maha Krishna Swami

Um abraço
maria
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Abril 11, 2011, 21:34:40 pm
Ramana Maharshi

Não há mistério maior que este: que sendo a Realidade nós buscamos alcançar a Realidade. Nós pensamos que existe algo ocultando a Verdade e que isso deve ser destruído a fim de que possamos atingir a Verdade. É ridículo. Chegará o dia em que você vai rir de todos os seus esforços pretéritos. Aquilo que será no dia em que você rir também é aqui e agora. A liberação, que é bem-aventurança, é natural a todos. A ignorância é uma ilusão da mente, uma falsa sensação. Apenas o ego é prisão, e a sua própria natureza, livre do contágio do ego, é liberação. Não há engano maior do que acreditar que a liberação, que está sempre presente como a sua verdadeira natureza, será alcançada em um tempo futuro. Até mesmo o desejo pela liberação é fruto da ilusão. Portanto, permaneça em silêncio. Se você permanecer como mera consciência, “eu sou”, a ignorância não existirá. Portanto, a ignorância é falsa; apenas a Consciência é real. O pensamento-“eu” é como um fantasma que, apesar de ser impalpável, surge simultaneamente com o corpo, vive e desaparece junto com ele. A consciência “eu sou o corpo/este é meu corpo” é o falso eu. Abandone-a. Você pode fazer isso buscando a fonte do sentimento “eu”. O corpo não diz “eu sou”. É você que diz “eu sou o corpo”. Descubra o que é este “eu”; busque sua fonte e ele desaparecerá.
 


Nisargadatta Maharaj

A mente pura vê as coisas como elas são – bolhas na consciência. Essas bolhas estão aparecendo, desaparecendo, e reaparecendo – sem ter uma existência real. Nenhuma causa em particular lhes pode ser apontada, já que cada uma é causada por todas e afeta a todas. O que foi alcançado poderá ser perdido novamente. Apenas quando você realizar a verdadeira paz, a paz que nunca perdeu, esta paz permanecerá com você, já que ela nunca esteve longe. Ao invés de buscar algo que você não tem, descubra aquilo que você nunca perdeu. A felicidade de ser completamente livre é indescritível. Esses são todos sinais de um crescimento inevitável. Não tenha medo, não resista, não atrase. Seja o que você é. Não há nada a temer. Confie e tente. Experimente honestamente. Dê uma chance ao seu verdadeiro Ser para que ele molde a sua vida. Você não se arrependerá. O que são o nascimento e a morte senão o início e o fim de uma sequência de eventos na consciência? (…) Tenha o seu ser fora deste corpo de vida e morte e todos os seus problemas cessarão. Eles existem porque você acredita que nasceu para morrer. Desiluda-se e liberte-se. Você não é uma pessoa.

Na realidade, você nunca nasceu e nunca morrerá. Mas você imagina que você é, ou tem, um corpo e pergunta o que o trouxe a esse estado. Dentro dos limites da ilusão, a resposta é: o desejo, nascido da memória, o atrai a um corpo e o faz pensar ser alguém com ele. Mas isso é verdadeiro apenas do ponto de vista relativo. Na verdade, não existe corpo, nem um mundo que o contenha; há apenas uma condição mental, um estado similar ao sonho, fácil de dissipar questionando sua realidade.

Amar e adorar a Deus é também ignorância. Meu lar é além de todas as noções, não importa quão sublimes.

Deixe tudo para trás. Esqueça. Vá em frente, descarregado de idéias e crenças. Abandone todas as estruturas verbais, todas as verdades relativas, todos os objetivos tangíveis.

Desista de todas as perguntas, exceto uma: 'Quem sou Eu?'. Além do mais, o único fato do qual você pode estar certo é de que você É. O 'Eu Sou' é certo. O 'Eu Sou isso' não é. Lute para descobrir o que você é na realidade.

A inteligência é a porta para a liberdade, e atenção alerta é a mãe da inteligência.




"As visões e apreensões dos sentidos não têm proporção alguma com Deus: não podem servir de meio para a união com ele."

"Quando a pessoa ama alguma coisa fora de Deus, torna-se incapaz de se transformar nele e de se unir a ele."

"A criatura atormenta, e o Espírito de Deus gera alegria."

(S. João da Cruz)



Álvaro de Campos (F. Pessoa)

Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.



Olá a todos!!

Namasté

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Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Abril 14, 2011, 10:24:25 am
S. Nisargadatta Maharaj

Nada morre. O corpo é apenas imaginado. Não existe tal coisa.

Quando você não exigir nada do mundo, nem de Deus, quando você não quiser nada, não buscar por nada, e não esperar nada, então o Estado Supremo virá até você sem ser convidado, e inesperado.

Um sábio comanda uma forma de percepção espontânea, não sensorial, a qual o faz conhecer as coisas diretamente, sem a intermediação dos sentidos. Ele está além do perceptual e do conceitual, além das categorias de tempo e espaço, nomes e formas. Ele não é nem o percebido nem o percebedor, mas o fator simples e universal que torna a percepção possível.

Atualmente, seu Ser está misturado com o experimentar. Tudo o que você precisa é separar o Ser da mistura das experiências. Uma vez que você tenha conhecido o puro Ser, sem ser isto ou aquilo, você vai discerni-lo entre as experiências; e não será mais enganado por nomes e formas. Auto-limitação é a própria essência da personalidade.

No sono profundo, você não é uma pessoa auto-consciente, mas, mesmo assim, está vivo. Quando você está vivo e consciente, mas não mais auto-consciente, você não é mais uma pessoa. Durante as horas de vigília você está, como se fosse em um palco, atuando em uma peça. Mas o que você é quando a peça termina? Você é o que você é; o que você era antes da peça começar você continua sendo quando ela acaba. Olhe para si mesmo como atuando no palco da vida. A performance pode ser esplêndida ou sofrível, mas você não está nela, você simplesmente a observa; com interesse e simpatia, claro, mas mantendo em mente o tempo todo que você está apenas observando enquanto a peça - a vida - está acontecendo.




O Caminho - J. Boehme

"Nem no céu, nem na terra; nem dentre as estrelas ou elementos, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na vida, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na terra e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a morte). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa alma e espírito em outra vida, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e alma, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa".


Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Abril 19, 2011, 12:23:12 pm
Nada que você faça vai mudá-lo, porque você não precisa mudar. Você pode mudar sua mente ou seu corpo, mas sempre é algo externo a você que mudou, não você mesmo. Porque se incomodar em mudar? Compreenda, de uma vez por todas, que nem o seu corpo, nem a sua mente, nem sequer a sua consciência, é você mesmo, e permaneça sozinho na sua verdadeira natureza, além da consciência e da inconsciência. Nenhum esforço poderá levá-lo lá, apenas a clareza da compreensão.

Acredite em mim, não há meta, nem maneira de alcançá-la. Você é o caminho e a meta, não há nada mais a alcançar, exceto você mesmo. Tudo o que você necessita é compreender, e compreensão é o florescimento da mente. A árvore é perene, mas a florada e o amadurecimento dos frutos vêm no tempo certo. As estações mudam, mas não a árvore. Você é a árvore. Você teve inumeráveis galhos e folhas no passado, e você ainda os terá no futuro - mas você permanece. Você deve conhecer não o que era, ou virá a ser, mas o que É. Seu é o desejo que cria o universo. Saiba que o mundo é sua própria criação, e seja livre.

Desenvolva a atitude do testemunhar, e você descobrirá, pela sua própria experiência, que o desapego traz o controle. O estado do testemunhar é cheio de poder, não há nada de passivo nele.

S. Nisargadatta Maharaj

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Testemunhar é meramente observar um evento ou um pensamento ou uma emoção conforme surjam, sem fazer nenhuma comparação, sem nenhum julgamento, meramente testemunhar. O testemunhar é impessoal e é vertical, portanto ele corta o envolvimento horizontal. Conforme o “eu” diminuir, o testemunhar irá acontecer mais frequentemente e por períodos mais longos. De repente chegará o momento em que as reações não mais acontecerão para um evento ou um pensamento, onde haverá um sentimento de paz, de bem-estar, mas não haverá “alguém” para sentir esse bem-estar. Não é que o “eu” repentinamente dirá: “Ah, eu desapareci!” Quem estará lá para dizer que desapareceu?

Ramesh
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Quando falamos da observação silenciosa, referimo-nos a um modo de escutar, uma forma de ver, a qual permite o observar em sua expressão direta e não qualificada. No processo da escuta, você pode descobrir que o observador está sempre julgando, criticando, comparando e avaliando. Este discernimento o leva por si só a uma posição na qual você não está envolvido no percebido. Então, uma sensação de espaço se abre entre sua observação e o observado, suscitando a compreensão de que o percebido surge em você, mas você não está limitado a qualquer coisa perceptível. O silêncio é nossa verdadeira natureza.

Ler mais» http://dim-dim-universos.blogspot.com/2011/04/profunda-compreensao-liberdade-de.html
"A Simplicidade de Ser" Dialogos com Jean Klein


Olá a todos!!

Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: maria em Maio 03, 2011, 22:54:10 pm

Olá Amigos!

O eu é o que você é. Você é Aquela
  Entidade insondável na qual surgem
   a experiência e os conceitos.
O eu é o Momento
Que não tem chegada ou partida.
É o Coração, o Atman, o Vazio.
Brilha para si mesmo, por si e em si mesmo.
O eu é a origem do sopro da vida,
Não é necessário  procurá-lo, ELE ESTÁ AQUI.
Você é Aquilo por meio do qual você empreenderia
               sua busca.
Você é aquilo que você busca!
E isso é tudo o que existe.
Apenas o eu existe.


                                                                                          H.W.L.Poonja
                                                                                            A Verdade É
Um abraço
maria
                                                                                             
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Maio 08, 2011, 21:26:40 pm
O que é samadhi?

No yoga o termo é usado para indicar um certo tipo de transe ou absorção meditativa, e há vários tipos de samadhi. Mas o samadhi sobre o qual estou falando é diferente; é sahaja samadhi. Nesse estado você permanece calmo e sereno durante a atividade. Você percebe que é movido pelo Eu Real dentro de você, e permanece não afetado por qualquer coisa que você faça, diga, ou pense.

Tanto o homem Realizado quanto o não Realizado tem sensações. A diferença é que o não realizado se identifica com o corpo que tem sensações, enquanto que o Iluminado sabe que tudo isso é o Eu Real, que tudo é Brahman (O Absoluto). Se há dor deixe-a ser; ela também faz parte do Eu, e o Eu é perfeito.

R. Maharshi

Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Maio 25, 2011, 15:57:23 pm
Vasishta: Elimine os pensamentos de todos os tipos – de coisas apreciadas, não apreciadas, ou outras. Como a madeira, ou a pedra, permaneça livre de pensamentos.

Rama: Devo eu esquecer tudo, completamente?

Vasishta: Exatamente, esqueça tudo completamente e permaneça como a madeira ou a pedra.

Rama: O resultado será a estagnação, como a das pedras ou da madeira.

Vasishta: Não é assim. Tudo isso é apenas ilusão. Esquecendo a ilusão, você estará livre dela. Embora pareça estar estagnado, você será a própria Beatitude. O seu intelecto ficará inteiramente claro e aguçado. Sem se embaraçar na vida mundana, mas parecendo ativo aos outros, permaneça como a própria Beatitude de Brahman e seja feliz. Diferentemente da cor azul do céu, não permita que a ilusão do mundo renasça no puro Espaço do Ser-Consciência. Esquecer essa ilusão é o único modo de matar a mente e permanecer como Bem-aventurança. Mesmo que Shiva, Vishnu ou o Próprio Brahman sejam seus mestres, a realização não é possível sem este meio. Sem esquecer tudo é impossível estabelecer-se enquanto Ser. Portanto, esqueça tudo, inteiramente.

D: Não é muito difícil?

M: Embora seja difícil para o ignorante, é muito fácil para os poucos que discernem. Nunca pense em nada, exceto no Brahman único e ininterrupto. Praticando isso longamente, você esquecerá facilmente o não-Ser. Não pode ser difícil ficar quieto, sem pensar em nada. Não deixe nenhum pensamento surgir na mente; pense sempre em Brahman. Assim, todos os pensamentos mundanos desaparecerão e só restará o pensamento de Brahman. Quando isso se tornar firme, esqueça até mesmo isso e, sem pensar “eu sou Brahman”, seja o próprio Brahman. Não pode ser difícil de praticar.

Agora, meu sábio filho, siga este conselho: pare de pensar em qualquer outra coisa que não seja Brahman. Com esta prática, a sua mente será extinta; você esquecerá tudo e permanecerá puramente como Brahman.

Luzes de Nisargadatta Maharaj


Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: ajce1962 em Maio 31, 2011, 22:46:14 pm
"Bhagavad-gita Como Ele É"
S. Maharaj Prabhupada

Mas o que é o Bhagavad-gita especificamente? O propósito do Bhagavad-gita é liberar a humanidade da ignorância da existência material. Entre tantos seres humanos que sofrem, há poucos que realmente inquirem sobre sua posição, sobre o que são, por que foram colocados nesta situação complicada e assim por diante. A menos que a pessoa desperte para essa posição de questionar seu sofrimento, a menos que realize que não quer sofrer e em vez disso realizar uma solução para todos seus sofrimentos, não pode ser considerada um ser humano perfeito. Humanidade começa quando esse tipo de questionamento desperta dentro da mente.

A consciência suprema é similar ao ser vivo da seguinte maneira: ambas consciências do Senhor e dos seres vivos são transcendentais. Não é que a consciência é gerada pela associação com a matéria. Essa é uma idéia errada. A teoria de que a consciência se desenvolve sob certas circunstâncias da combinação material não é aceita pelo Bhagavad-gita.

Quando estamos contaminados pela matéria, somos considerados condicionados. A consciência falsa se exibe com a falsa impressão de que sou um produto da natureza material. Isso se chama ego falso. A pessoa que está absorta no pensamento das concepções corpóreas não pode entender essa situação. O Bhagavad-gita foi falado para liberar a pessoa do conceito corpóreo de vida, e Arjuna se pôs nessa posição a fim de receber esta informação do Senhor. A pessoa tem que se livrar do conceito corpóreo de vida; essa é a atividade preliminar do transcendentalista. A pessoa que deseja ser livre, que quer ser liberada, deve primeiro aprender que não é este corpo material.
Ler mais » http://dim-dim-universos.blogspot.com/search/label/O%20Canto%20do%20Senhor

Namasté
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: hermes em Agosto 09, 2011, 16:58:16 pm
Amigos de Jornada
Como achei muito interessante vos envio de Hubert Rohden 16 frases meditativas para vossa análise.

 SABEDORIA  DOS  SÉCULOS.

 1 - Uno-me com todas as minhas forças ao Espírito infinito.

 2 - Onde quer que eu esteja, lá Deus está - e que mal me poderia acontecer lá onde Deus está?

 3 - No meu íntimo SER eu sou o que Deus é - por isso. no meu extremo AGIR, quero também agir assim como Deus age.

 4 - Envolve-me, penetra-me todo a Luz Branca do Cristo eterno e interno - nenhum mal me pode tocar, todo o bem me deve caber.

 5 - Todas as coisas, mesmo as mais pequeninas, são grandes, quando feitas com grandeza de alma.

 6 - Livra-me, Senhor, da soberba mesquinhez de querer ser servido - ensina-me a humilde grandeza de querer servir.

 7 - Nenhum mal que os outros me façam me faz mal, porque não me faz mau - somente o mal que eu faço aos outros me faz mal, porque me faz mau.

 8 - Nunca farei depender a minha felicidade de algo que não dependa de mim.

 9 - Não sou melhor porque me louvam, nem sou pior porque me censuram - sou, na verdade, o que sou a teus olhos, Senhor, e à Luz da minha consciência.

10 - Deus, Tu que és Luz, Vida e Amor - manda-me através de todos os Teus mundos, visíveis e invisíveis, como um raio da Tua Luz, como um sopro da Tua Vida, como um brado de Teu Amor!
11 - Guia-me, Luz Divina, por Teus caminhos, para que nenhuma ingratidão me faça ingrato, nenhuma amargura me faça amargo, nenhuma maldade me faça mau, que eu queira antes sofrer todas as injustiças do que cometer uma só!

12 - Ensina-me, Senhor, a sintonizar diariamente as antenas da minha alma por Tuas ondas divinas, a fim de apanhar no meu receptáculo finito as vibrações da Tua Vida Infinita!

13 - E Deus tudo está, de Deus tudo vem, para Deus tudo volta.

14 - Não maldigo as trevas de ódio que me cercam - acendo em minha alma a luz do amor.

15 - Desde que me encontrei contigo, Senhor, faço com leveza as coisas pesadas, com suavidade as coisas amargas, com alegria as coisas tristes - e estendo o arco-íris da paz sobre todos os dilúvios das minhas lágrimas.

16 - Eu afirmo a soberania da minha substância divina sobre todas as tiranias das circunstâncias humanas.     

De autoria de HUBERTO ROHDEN
 Diz ele, para se ler antes de adormecer todos os dias. Hermes
Título: Re: O Tesouro Espiritual (Conceitos de Mestres )
Enviado por: Abrame em Março 26, 2012, 16:57:49 pm
Companheiros do Caminho

Há muitos anos encontrei  escrito em um livro, uma história que envolve um sacerdote Persa, um Judeu e por fim um Cristão, que vos envio para vossa apreciação.
 Esta história revela aquilo que eu já sabia: "Estamos todos a dizer a mesma coisa básica com palavras próprias e algumas conceções e análises, aqui e ali diferentes, que são constantemente reformuladas, mas que sabemos que no final se encontrarão num ponto único.   

Um Judeu entrou num templo persa e viu o Fogo Sagrado.
O que - disse ele ao padre - adorais o fogo?.

 Não o fogo - respondeu o sacerdote. - Ele é para nós o emblema do sol e do seu calor fecundante.

Então adorais o sol, como vosso Deus? Perguntou o Judeu e acrescentou: não sabeis vós que também este luminar é apenas uma obra do Onipotente Criador?

Nós o sabemos respondeu o sacerdote, porém o homem sem cultura precisa de um sinal sensível para formar uma conceção do mais Alto, e não é o Sol, incompreensível fonte de Luz, uma imagem deste invisível ser que abençoa e preserva todas as coisas?

Então o vosso povo, continuou o israelita, distingue a imagem do original? Chama o Sol, seu Deus, descendo a um objeto mais inferior, ajoelha-se diante de uma chama terrestre.
 Agradais à vista externa, porém cegais a interna; e enquanto lhe mostrais a luz terrestre, desviais dele a Luz celeste! Não fareis para vós qualquer imagem ou semelhança.

Perguntou o sacerdote persa: Como designais o Ente Supremo?

Chamamo-lo Jeová; isto é, o Senhor que é, foi e será, respondeu o Judeu. 
 
Disse o persa: A vossa apelação é grande e sublime, porém, é muito terrível.

Chegou, então um Cristão e disse:
Nós o chamamos  "Pai".
O Persa e o Judeu olharam-se mutuamente e disseram: "Aqui está, ao mesmo tempo, uma imagem e uma realidade; é uma palavra saída do coração.

Então levantaram os olhos ao Céu e disseram respetivamente com reverência - Amor e Fogo: Nosso Pai! e se deram as mãos, e chamaram-se mutuamente "Irmãos".

Assim os nomes atribuídos às diversas religiões podem ser diferentes, mas o princípio oculto é sempre o mesmo.

Como a história não é de minha lavra, a envio com muito gosto e apreço.  Abrame.