Autor Tópico: INDUISMO  (Lida 3349 vezes)

Offline hermes

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INDUISMO
« em: Junho 21, 2008, 16:28:55 pm »
Iniciação
SINTONIA E VIBRAÇÃO
 
qua, 4 de setembro, 2002
Tudo no universo opera através de vibração. Nosso corpo é constituído de átomos, que são cercados por elétrons que giram em velocidades tão grandes que os cientistas não conseguem saber ONDE o elétron está em determinado momento. Imagine bilhões de átomos cercados de elétrons dentro do seu corpo e você vai ter uma idéia do que estou falando. Estamos em movimento constante. Mas a vida reserva bem mais surpresas, se formos mais fundo nas pesquisas. O átomo deixou de ser a menor partícula há muito tempo. Não sei a seqüência correta, mas sei que pararam quando descobriram o táquion. Ele tem uma propriedade interessante: existe e não existe. Uma hora ele está lá, na outra não está. Segundo alguns cálculos, descobriu-se que essa partícula pode viajar no tempo. Estar no futuro e no passado. Ou seja, é muito viajado. O interessante é que você tem que procurar bem fundo na estrutura da matéria pra ir encontrando essas partículas, o que nos leva a seguinte conclusão: proporcionalmente há mais vazio dentro de você do que há na sala/quarto em que você está.

Voltando ao assunto vibração, o que nos diferencia de uma pedra é, grosso modo (e materialmente falando), a vibração. A estrutura das pedras têm um padrão vibratório mais baixo, portanto, mais denso. Uma historinha interessante pra ilustrar este caso:

Uma aluna de Einstein estava passando pelo pátio da Universidade de Princeton e viu seu mestre parado em frente ao chafariz, balançando a mão rapidamente na frente dos seus olhos. Curiosa, ela foi lá perguntar a Einstein o que ele estava fazendo. Ele apontou para o jorro d'água que caía do chafariz, depois mandou ela fazer a mesma coisa que ele. Ao passar a mão rapidamente na frente dos olhos, a pessoa "quebra" o efeito de permanência da vista, que é um "defeito" dos olhos, responsável pela movimentação fluida com que vemos as coisas (e que nos faz imaginar o movimento perfeito numa seqüência de apenas 24 cenas por segundo). O resultado é que ela conseguia distinguir os pingos d'água caindo, em câmera lenta, em vez do jorro constante.

Onde eu quero chegar com tudo isso? Vibração. Nós vivemos numa grande e tola ilusão sensorial, que os Hindus chamam de Maya. Tudo o que somos, tudo o que temos, não passa de um agregado de matéria em estado bruto, réplicas mal-feitas de uma realidade cada vez mais sutil. Sócrates também chegou a essa conclusão com o seu mundo das idéias, em que existe a "idéia cavalo" antes mesmo de existir o cavalo em sua cópia grosseira. Sabiamente, os Hindus dizem que o véu de Maya é como uma teia de aranha: esconde, mas também mostra. Se souberem como olhar, claro. Se você mudar o foco para o que tem ATRÁS da teia da aranha, vai perceber mais detalhes de um novo mundo.

Para isso, você tem que elevar sua vibração. Como se consegue isso? Mais uma vez vamos consultar os ensinamentos budistas: É preciso trilhar o caminho do meio. Evitar os extremos da vida, o prazer desmedido ou o sofrimento inútil. Compaixão irrestrita é a meta de todo budista. Não somente pelos seres humanos, mas por todos os seres vivos. A sabedoria é a outra grande meta. O dr. Georges da Silva diz: "sem sabedoria somos tolos de bom coração, sem compaixão somos intelectuais frios e insensíveis". Para alcançar a iluminação é preciso unir as duas coisas. Esse é o objetivo da conduta ética. Buda dividiu em oito ramos o caminho para a iluminação:

1. Visão correta. Não cobiçar, e nada desejar.

2. Ação correta. Não matar, não roubar, não usar de violência e ser sábio em relação à sexualidade;

3. Vida correta. Nada disso adianta se no seu trabalho você prejudica os outros, sejam esses outros pessoas, animais ou a própria natureza.

4. Esforço correto é exercitar a autodisciplina para evitar pensamentos maus ou nocivos e desenvolver estados mentais positivos e saudáveis; É aplicar sua energia em coisas produtivas e benéficas.

5. Atenção correta. "O budismo é uma religião do aqui e do agora", avalia Arthur Shaker, da Casa de Dharma. Precisamos aprender a desligar o piloto automático e prestar atenção a todas as nossas ações, nossas palavras, nossos pensamentos.

6. Concentração correta. "Qualquer religião ou prática sem concentração torna-se frágil", avalia o dr. Georges da Silva "e, na oração, as palavras tornam-se inúteis". Nossa mente está sempre dispersa, mas quando conseguimos concentrá-la em um único objetivo ela se torna poderosa, ensina ele. Em todas as tradições do budismo, a meditação ocupa um lugar fundamental. É através dela que se alcança o desenvolvimento mental e a visão interior.

7. O pensamento correto, que surge quando você desenvolve as qualidades do desapego, da compaixão e da não-violência.

8. Compreensão correta, que quer dizer compreender não com o intelecto, mas com a visão interior ou intuição. "Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã; nossa vida é criação de nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento o acompanha tão de perto como a roda que segue a pata do boi que puxa a carroça", diz Carlos Lessa, citando o Dhammapada, uma escritura budista.

Enfim, ser correto. Mas quem vai julgar-nos em nossas ações? O pior de todos os Juízes: Seu pensamento. Todos nós temos uma partícula Divina que se manifesta indicando o caminho correto, mas SÓ quando realmente solicitamos.

                                Retirado de Sintonia e Vibração
Hermes
 

Offline maria

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Re: HINDUISMO
« Responder #1 em: Junho 29, 2008, 22:30:22 pm »
Queridos Amigos


                                                 
SARA DEVI

Depois de Ramakrishna ter tido a primeira visão da Mãe Kali, vivia consumido pelo desejo de voltar a ter essa visão constantemente. tal como um homem que tivesse tido acesso a um tesouro de valor incalculável e, esse mesmo tesouro, lhe foi fechado, ele ardia no desejo de repetir aquela experiência. O seu desejo era tão intenso e tão grande o seu anseio que ele não conseguia comportar-se como um homem normal. Ao ver o seu comportamento estranho, muitas pessoas pensavam que ele tinha enlouquecido.Esses rumores chegaram aos ouvidos da sua mãe que vivia na sua cidade natal Kamarpukur ,que perante isto, foi buscá-lo para junto de si, pensando que com seus cuidados ele se curaria.pensou também que talvez o casamento obrigasse a sua mente a voltar-se para as coisas mundanas e, assim Ramakrishna curar-se-ia da sua doença divina.

De acordo com a tradição foram enviados emissários a vários locais, para negociar o casamento com os pais de diversas raparigas, mas não encontraram nenhuma noiva que correspondesse ao desejado.

Curiosamente, Ramakrishna sentiu um interesse quase infantil pela procura ansiosa da mãe e foi ele próprio que sugeriu o nome de uma menina que morava alguns quilómetros de sua casa.

O nome da noiva, que seria depois conhecida como A MÃE DIVINA, era Saradamati. Tinha então 5 anos.
Saradamani  nasceu a 22 de Dezembro de 1853 - cerca de 17 anos depois do nascimento de Ramakrishna.Nascida numa família pobre era a mais velha dos irmãos, e, embora sendo a mais querida de todos, ela tinha que ajudar os pais, fazendo a maior parte das tarefas domésticas mais pesadas, alguns trabalhos de agricultura e cuidando dos irmãos. Teve pouca educação escolar, tal como os outros filhos e ninguém se interessou verdadeiramente pela sua instrução.

Após as negociações e os rituais habituais, deu-se finalmente o casamento, sem consumação, voltando a noiva a viver na casa dos pais até atingir a idade de poder juntar-se ao marido.Ramakrishna vivia num plano tão elevado que este casamento pouco mais representava do que uma brincadeira de crianças.

Ramakrishna voltou para Dakshineswar, esqueceu o casamento e passava os dias e as noites numa angustia que o consumia, porque Deus não era realidade viva para ele. Não comia nem dormia. E as mentes mesquinhas da aldeia começaram então a criticá-lo e a chamar-lhe louco. Chamaram médicos, mas nenhum medicamento o conseguia curar.

As noticias chegaram aos ouvidos da família da noiva, e todos, lamentavam a "pouca sorte" daquela criança que tinha casado com um homem louco, que não trabalhava nem parecia ter capacidade para ter responsabilidades familiares. Sara Devi, no entanto, apesar de muito nova, seguiu a sua intuição e foi ter com o seu marido, disposta a cumprir o seu destino, qualquer que ele fosse, ficando a viver com ele.

Tudo o que Ramakrishna fazia era perfeito. Portanto, quando tomou a seu cargo cuidar da pequena Sara Devi, começou um longo período de treino e ensinamentos, de uma maneira completa. Não só lhe deu ensinamentos espirituais como também lhe indicava a maneira correcta de fazer os deveres domésticos.

Sara Devi, pura e criada na atmosfera inocente da sua aldeia, encontrou em Ramakrishna, não um marido - no sentido comum do termo mas um ser que personificava o Amor Verdadeiro, que não pode ser descrito por palavras.

Das experiências dessa época, ela costumava dizer mais tarde:"Eu sentia como que um canal de beatitude divina permanentemente no meu coração." Obviamente, ela sentia que tinha o raro previlégio de receber um tesouro que não era deste mundo.

E qual era atitude de Ramakrishna em relação a ela?
                                       
                                                                                                    (continua)                                 

Um abraço
maria                           
« Última modificação: Junho 29, 2008, 22:36:51 pm por maria »

Offline maria

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Re: INDUISMO
« Responder #2 em: Julho 01, 2008, 00:49:55 am »

Olá a todos

Sara Devi
(continuação)

Ele nunca a encarou como sua mulher, mas assumiu a responsabilidade de cuidar dela e de lhe dar o apoio espiritual e material. O seu sentimento em relação a Sara Devi balançava entre a solicitude ansiosa para com alguém que necessitava dos seus cuidados e uma grande reverência por quem era, para Ramakrisma, a personificação da Mãe Divina. " A minha devoção a Deus desvanecer-se-à se os seus sentimentos forem feridos, ainda que ligeiramente." - costumava dizer Ramakrishna.

Um dia quando Sara Devi estava a massajar-lhe os pés, ela perguntou-lhe: "Como é que tu me vês?"
- " A mesma Mãe Divina que está no templo, está agora a massajar-me!"- Foi a resposta pronta de Ramakrishna. Para ele não havia diferença entre Sara Devi e a Divindade no Templo de Kali.

Sara Devi viveu cerca de 13 anos em Dakshineswar, num quarto com pouco mais de 15m2. As senhoras que vinham de Calcutá, visitar Ramakrishna, tinham pena da Santa Mãe e diziam: " Esta menina é obrigada a viver numa sala tão pequena, como se estivesse exilada."

Sara Devi e Ramakrisna ficavam em dois quartos separados um do outro,cerca de 20 metros. Mas, por vezes chegavam a não estar juntos durante meses. E, no entanto, que profundo sentimento havia entre eles.

No principio, ela tinha que cozinhar apenas para 2 ou 3 pessoas, mas, à medida que o numero de discípulos de Ramakrisna foi aumentando, ela tinha que cozinhar cada vez para mais pessoas. Num dia de aniversário do Mestre, ela teve que cozinhar para cerca de 50 pessoas, naquela sala. Às vezes ela tinha que arranjar comida para alguns devotos às horas mais incríveis. Mas a Santa Mãe estava sempre com a mesma disposição. Nunca estava aborrecida, era doce e maternal.

E com que cuidados ela tratava o Mestre! Muitas vezes ela tinha que o alimentar, pois ele ficava inquieto se houvesse demasiado arroz no seu prato.

Entre eles não havia a ideia de marido e mulher, mas nenhum outro casal partilhava um amor tão intenso como eles. Uma pequena dor de cabeça de Sara Devi e... Ramakrisna, ansioso, já não sabia o que havia de lhe fazer.Havia, no entanto algumas criticas. Algumas pessoas diziam que ele, na sua procura do infinito, esquecia os seus deveres de esposo. Mas nenhuma mulher na terra foi recipiente de tão grande amor e consideração da parte do seu marido como Sara Devi.

Em Junho de 1885, Ramakrisna desenvolveu um cancro na garganta.Os devotos providenciaram tudo: médicos, tratamentos, medicamentos, etc. Sara Devi era a enfermeira incansável, de dia e de noite, muitas vezes quase não dormindo, esquecendo-se totalmente de si mesma, numa entrega e oração totais para a cura do mestre. No entanto ela sabia intuitivamente que o fim se aproximava.

Em 1886 Ramakrisna entra em Mahasamadhi, mergulhando todos os discípulos num profundo desgosto e abatimento. No dia seguinte, quando Sara Devi se preparava para se vestir de viuva, Ramakrishna apareceu-lhe e disse: "O que é que estás a fazer? " Para onde pensas que fui? Isto é apenas como passar duma sala para outra!" Com isto a Santa Mãe ficou um pouco consolada e desistiu de se vestir de viuva. Mais tarde pensou em deixar de usar os anéis e pulseiras de ouro que trazia, mas sempre que o tentava, Ramakrishna aparecia-lhe. Mais tarde, para evitar os comentários da aldeia tirou as pulseiras. Novamente o Mestre lhe apareceu; então Sara Devi perdeu de vez o medo de ser criticada.
                                   --------------------------------------------
Sara Devi percorreu grande parte da India, em peregrinações, começando a ser venerada como a Santa Mãe. Durante anos ela manteve a fé e a união entre os discípulos dispersos, até que Vivekananda fundou a Ordem e a Missão Ramakrishna. Por toda a parte ela deixava a marca da presença do Mestre e da sua própria devoção e humildade.

Um aspecto notável do seu carácter é o facto de que se mantinha inalteravelmente humilde quando recebia adoração e honras; era exactamente a mesma pessoa quando ajudava o seu cunhado (sempre que necessário) no trabalho da drogaria.
                                                                                          (continua)


Um abraço
maria
 


Offline maria

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Re: INDUISMO ( Sara Devi )
« Responder #3 em: Julho 01, 2008, 23:28:06 pm »

Olá a todos!

Sara Devi, embora não tivesse muita instrução, era notável a sua capacidade para resolver problemas intrincados da vida espiritual. As suas soluções iam directas ao coração da pessoa em causa e dava-lhe a força necessária, durante toda a vida.

Porque é que há tanto sofrimento no mundo de Deus? - é um problema que perturba muitas mentes. Quando lhe fizeram esta pergunta, a Santa Mãe respondeu: "A Criação significa uma mistura de felicidade e miséria. A miséria é o símbolo da compaixão de Deus. Além disso ninguém sofre para sempre. Toda a acção traz o seu inevitável resultado, por isso a felicidade também terá a sua vez."

"Tem alguma utilidade repetir o nome de Deus se não O amarmos?" Perguntou um discípulo. "Se tu caíres à água, quer queiras quer não, o teu fato fica todo molhado" - Foi a sua resposta imediata.

Porque é que uma pessoa não experimenta a absorção em Deus pela repetição constante do Seu nome? É um problema que deixa perplexos muitos aspirantes. Quando puseram à Mãe Divina esta questão, o seu conselho prático foi: " Isso virá pouco a pouco, mas não deixem de fazer o mantra ainda que a mente não o queira ou esteja inquieta. Devem insistir na repetição do nome até que a mente vai gradualmente ficando calma,, como uma chama onde o ar não se move. Qualquer movimento no ar perturba a firmeza ardente da chama; sendo assim, a presença de qualquer pensamento ou desejo torna a mente inquieta. O mantra deve ser repetido correctamente. Um chamamento incorrecto retarda o progresso. Mas um simples chamamento correcto do nome do Senhor é mais eficaz do que um milhão de repetições, se o fizerem com a mente firme e concentrada.
Qual é a utilidade de repetir mil vezes o mantra com a mente ausente? Devem faze-lo com todo o vosso coração. Só então merecerão a Sua graça".

"A graça de Deus é para todos como a luz do sol. Qual é então a necessidade da prática espiritual?"  -Perguntou um devoto, tentando um argumento lógico: "É como a comida. Aquele que a cozinhar mais cedo, mais cedo comerá; aquele que não gosta de cozinhar ficará com fome-" Foi a sua resposta simples e directa.

Mas o traço dominante do seu carácter era o seu amor maternal. Ela podia fazer qualquer outra outra coisa, mas todos encontravam nela uma mãe, cujo amor era mais forte do que as outras mães carnais.

Nos últimos tempos da sua vida Sara Devi sofreu de malária. Em Dezembro de 1919 começou a ter febres muito altas. Apesar de receber tratamento a febre continuava. Mas mesmo doente ela irradiava uma paz maravilhosa, doçura e luz.

Cinco dias antes de desencarnar, ela disse a uma devota que se sentia desconsolada com a aproximação do fim da Santa Mãe: De que é que tens medo? TU viste o Mestre! Se desejas a paz de espirito não vejas os defeitos nos outros: vê antes os teus. Aprende a considerar que todo o Universo não é diferente de ti. Ninguém te e estranho. O mundo e tu são UM."

Este foi o seu ultimo ensinamento espiritual. Ela entrou em Mahasamadhi no dia 21 de Julho de 1920. O espírito imortal que tinha estado aprisionado na carne mortal partiu,mas ela continua a inspirar e a transformar muitas vidas.

Um abraço
maria