Autor Tópico: HÉRCULES  (Lida 8067 vezes)

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HÉRCULES
« em: Novembro 07, 2013, 12:43:56 pm »
  Hércules

Também Héracles  : O Funcionário
O Aquele que funciona !

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  Uma partilha :

  Os 12 Trabalhos de Hércules    x       O Caminho da Iniciação
 
Hércules: o Herói dentro de cada um

“Hércules é o herói que alegoriza o Homem Autêntico – o Auto realizado.
Somente o Herói Solar pode realizar tal tarefa, valente e destemido,
 onde vive a personificação do Cristo Íntimo.”


Ao estudarmos as narrativas de Hércules e seus Doze Trabalhos,
inclusive correlacionando-os com a passagem através dos Doze Signos do Zodíaco,
 podemos abordar a questão do ponto de vista do aspirante espiritual ou iniciado,
 individualmente, ou do plano da humanidade como um todo.

As provas a que Hércules se submeteu podem ser enfrentadas por milhares de indivíduos
 que trilham o caminho do desenvolvimento espiritual consciente e da iniciação.

Cada um de nós é um Hércules em embrião;
os trabalhos, que ontem foram de Hércules, são de toda a humanidade,
 ou pelo menos de todos aqueles que mantêm as rédeas de sua evolução em mãos,
tendo em vista a iluminação espiritual.

Os trabalhos de Hércules demonstram o caminho que aguarda o aspirante espiritual sincero,
 aquele estágio do buscador espiritual inteligente, onde, tendo desenvolvido a mente
e coordenado suas habilidades mentais, emocionais e físicas,
esgotou os interesses no mundo fenoménico e procura expandir sua consciência.
 Esse estágio sempre foi expresso pelos indivíduos mais evoluídos de todos os tempos.

Enquanto escalamos a montanha da verdadeira Iniciação,
vamos eliminando todo medo e aprendendo a controlar as forças inerentes à natureza humana,
até que possamos nos tornar um servidor da humanidade,
eliminando a competição e os objetivos egoístas.

Ao se aprofundar nos Doze Trabalhos de Hércules,
torna-se claro qual deve ser a conduta de cada aspirante e iniciado
no Caminho do Discipulado e da Iniciação Real.
Um grande desafio é trazer, para nosso dia a dia hoje, novas maneiras de expressar
e vivenciar as velhas verdades contidas nestes mitos,
de forma a ajudar as velhas fórmulas para o desenvolvimento espiritual
a adquirirem nova e pulsante vida para nós.

Este é o desafio de sempre atualizar a luta humana para se superar a natureza animal,
fazer desabrochar a natureza humana e revelar a natureza divina oculta em cada um de nós,
o que está tão bem configurado nos Trabalhos de Héracles.

Os Doze Trabalhos de Hércules oferecem um quadro sintético do progresso da alma,
indo da ignorância à sabedoria, do desejo material à conquista espiritual,
de tal modo que o fim possa ser visualizado a partir do início,
e a cooperação inteligente com o propósito da alma substitua o esforço feito às cegas.

Verifica-se que a história das dramáticas experiências desse grande e venerável Filho de Deus,
Hércules ou Héracles, serviria justamente para focalizar qualquer uma das faces da vida
o aspirante espiritual em seu esforço para expansão da consciência e realização espiritual.

Este tema é tão rico e profundo, que todos nós, lutando em nossa atual vida moderna,
podemos aplicar a nós mesmos os testes e provas, os fracassos e as conquistas desta figura heróica
que lutou valorosamente para atingir a mesma meta que nós almejamos.

Através da cuidadosa e reflexiva leitura deste mito,
talvez possam ser despertados na mente do buscador espiritual um novo interesse
e um impulso renovado, pois diante de um tal quadro do desenvolvimento
e do destino especial do homem,
ele pode querer prosseguir com redobrada coragem e determinação na Senda.

Em sua narrativa mítica, podemos acompanhar como Hércules se esforçou
e desempenhou o papel de buscador espiritual.
Neste Caminho, ele desembaraçou-se de certas tarefas, de natureza simbólica,
e viveu certos episódios e acontecimentos que retratam, em qualquer época,
 a natureza do treinamento e das realizações que caracterizam o homem
que se aproxima da libertação pela senda iniciática.

Ele representa um filho de Deus encarnado, mas ainda imperfeito,
que definitivamente toma em suas mãos a natureza inferior e, voluntariamente,
submete-a a disciplina que finalmente fará emergir o divino.
É a partir do ser humano falível, mas que é sinceramente dedicado,
inteligentemente consciente do trabalho a ser realizado, que se forma um iniciado ou um Adepto.

Duas grandes e dramáticas histórias têm sido conservadas diante dos olhos dos homens ao longo do tempo.
 Nos Doze Trabalhos de Hércules, o Caminho da Iniciação é retratado e suas experiências,
 preparatórias e que conduzem ao grande ciclo de iniciações,
podem ser reconhecidas pelo homem que sinceramente aspira a este Caminho.
Na vida e obra de Jesus Cristo, radiante e perfeito Filho de Deus, o Reparador,
 que penetrou o véu por nós, deixando-nos o exemplo para que seguíssemos seus passos,
temos retratadas as etapas do Caminho Iniciático de Libertação ou Regeneração e Reintegração,
que são os episódios culminantes para os quais os Doze Trabalhos preparam o discípulo.

O oráculo falou e suas palavras ressoam através das eras:

 ”Homem, conhece-te a ti mesmo.”

Este conhecimento é a mais importante realização no caminho do discipulado
e a recompensa de todo o trabalho de Hércules.
 Sem este conhecimento, não se pode avançar seguramente na senda da Iniciação.
Somente assim, o homem pode-se encaminhar firmemente para tornar-se
definitivamente auto-consciente e intencionalmente se impõe a vontade da alma
– que é essencialmente a vontade de Deus – sobre sua natureza inferior.

Neste caminho, o indivíduo submete-se a um trabalho sobre si mesmo
que demanda esforço e dedicação, pureza de coração e caridade,
para que a flor da alma possa desabrochar mais rapidamente.

Simbolicamente, é uma obra onde um solvente psíquico (psique = alma)
consome toda escória e deixa apenas o ouro puro.
 É um processo de refinamento, sublimação e de transmutação,
continuamente levado adiante até finalmente se alcançar o Monte da Transfiguração e da Iluminação.

Em suma, trata-se de alquimia superior.
Os Doze Trabalhos demonstram exatamente este caminho acima,
 onde os mistérios ocultos e as forças latentes nos seres humanos são descobertos
 e têm de ser utilizados de maneira divina e de acordo com o divino propósito sabiamente entendido.
 Quando são utilizados desta maneira, o iniciado vê-se em sintonia
com energias e poderes divinos similares, que sustentam as operações do mundo natural.

Torna-se, assim, um trabalhador sob o plano de evolução e um cooperador
com aquela “nuvem de testemunhas”, a Igreja Invisível do Cristo,
que através do poder de sua supervisão, e do resultado de sua realização,
 engloba hierarquias espirituais por meio das quais a Vida Una
guia a humanidade para sua gloriosa consumação.

Essa é a meta da série de trabalhos de Hércules,
e com essa meta, a humanidade como um todo alcançará sua conquista espiritual grupal
 através das múltiplas perfeições individuais.
Outra grande e sábia maneira de se enxergar este mito
é apresentá-lo como um aspecto especial da Astrologia.

Acompanhamos a história de Hércules à proporção que ele percorre os doze signos do Zodíaco.
Ele expressou, uma a uma, as características de cada signo, e em cada um,
 ele conquistou um novo conhecimento de si mesmo,
e através desse conhecimento, demonstrou o poder do signo e adquiriu os dons que o signo confere.

Em cada signo, vamos encontrá-lo superando suas próprias tendências naturais,
controlando e governando seu próprio destino,
e demonstrando o fato de que astros predispõem, mas não controlam.
 Esta visão astrológica do mito é uma apresentação sintética dos acontecimentos cósmicos
que se refletem em nossa vida planetária, na vida da humanidade como um todo,
e na vida do indivíduo, o qual é sempre o microcosmo do macrocosmo.

Este estudo fornece indicações claras para a compreensão dos propósitos de Deus
para a evolução do mundo e do homem.
Somente a consciência de que somos partes integrantes de um Todo maior
e o conhecimento da divina totalidade, pode revelar o propósito mais vasto.

Hércules representou astrologicamente a história de vida de cada aspirante espiritual e iniciado,
 e demonstrou o papel que a unidade deve desempenhar na Obra eterna.
A analogia astrológica dos Doze Trabalhos de Hércules diz respeito aos doze tipos de energias
por meio dos quais a consciência da Realidade divina é obtida.

Através da superação da forma e da subjugação do homem inferior,
é-nos mostrado um quadro do desenrolar da auto-realização divina.
Hércules, em seu corpo físico, embaraçado e limitado pelas tendências a ele conferidas
 pelo signo no qual ele cumpria sua tarefa, alcançou a compreensão da sua própria divindade essencial.

As provas a que Hércules voluntariamente se submeteu,
e os trabalhos a que, às vezes impensadamente, atirou-se,
são aqueles possíveis para muitos de nós ainda hoje.
É evidente que, curiosamente, vários detalhes da sua dramática,
e às vezes divertida, história dos seus esforços de ascensão
podem ser aplicáveis em nossas vidas modernas.

Cada um de nós é mesmo um Hércules em embrião, deparando-nos com idênticos trabalhos;
cada um de nós tem a mesma meta a conquistar e o mesmo círculo do Zodíaco a abranger.
Hércules aprende a lição de que agarrar-se a qualquer coisa do eu separado
não faz parte da missão de um filho de Deus.

Ele descobre que é um indivíduo,
apenas para descobrir que o individualismo deve ser sabiamente sacrificado pelo bem do grupo.
Ele descobre também que a ambição egoísta não tem lugar na vida do aspirante espiritual
que está em busca de libertação dos ciclos recorrentes de existência
e da constante crucificação na cruz da matéria.

As características do homem imerso na vida da forma e sob o domínio da matéria
são o medo, o individualismo, a competição e a cobiça.
Estes têm de ceder lugar à confiança espiritual, à cooperação, à consciência grupal e ao altruísmo.

Esta é a lição que Hércules traz;
esta é a demonstração da vida de Deus que está sendo trazida à operação no processo criativo,
e que floresce, de maneira sempre mais bela, a cada volta que a vida de Deus faz em torno do Zodíaco.

Esta é a história do Cristo cósmico, crucificado na Cruz Fixa dos céus;
esta é a história do Cristo histórico, apresentada nos Evangelhos e representada,
na Palestina, há dois mil anos;
esta é a história do Cristo individual, crucificado na cruz da matéria e encarnado em cada ser humano.


Este é a história de nosso sistema solar, a história de nosso planeta, a história do ser humano.
 Assim, ao admirarmos os estrelados céus acima de nós,
temos eternamente representado para nós este drama magnífico,
o qual é detalhadamente explicado ao homem pelos Doze Trabalhos de Hércules.

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       OM SHANTI

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   Adenda à posteriori :

      http://www.antroposofy.com.br/wordpress/hercules/


 
« Última modificação: Novembro 15, 2013, 15:15:43 pm por kunti »

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Re: HÉRCULES
« Responder #1 em: Novembro 09, 2013, 00:02:20 am »

      Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules


  Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia

Aprender a utilizar o poder e a coragem

O Leão de Neméia –  o aperfeiçoamento começa dentro de nós

O desafio de Hércules foi vencer um leão de pele invulnerável,
que devastava rebanhos e devorava todos os que tentavam matá-lo.
Aconselhado por Atena, deusa da sabedoria, a não usar a força,
 o herói estrangula a fera em sua caverna.
“Nesse teste, Hércules ensina que a luta pelo aperfeiçoamento começa dentro de nós.
Os leões de hoje são a violência e a agressividade e o desafio é buscar a harmonia,
procurando antes de mais nada nossos recursos internos”

Mitologia

Na cidade de Neméia vivia no fundo de uma caverna um leão terrível,
 concebido por Selene uma temida feiticeira.
Querendo vingar-se dos habitantes da cidade que a haviam expulsado,
fêz surgir esta terrível criatura.
Cobrindo a pele do leão com uma poção mágica,
a criatura se tornou indestrutível,
sendo incapaz de ser transpassada por qualquer arma criada pelos homens.
Quando saía da caverna, devorava os habitantes de Neméia.
Assim padecia a cidade com a fúria de Selena.

No Olimpo vários heróis eram instruídos pelo centauro Quíron
e dentre eles se destacava Hércules, um dos filhos de Zeus.
Percebendo sua bravura, lealdade e dignidade apesar de seu orgulho,
Zeus resolveu iniciar Hércules nos mistérios do Olimpo, e
screvendo com letras de fogo em uma folha de ouro, as 12 tarefas.

O primeiro trabalho iniciático seria matar o Leão de Neméia.
 Indo em direção a Neméia, Hércules tentou entender o motivo desta tarefa tão simples.
Ao encontrar a caverna, Hércules entrou decidido a matar a criatura com inúmeras armas.
Ao se aproximar do fundo da caverna, ele percebeu o leão vindo lentamente em sua direção.
O Leão era enorme e fixando o olhar em Hércules, com seus olhos  brilhantes e enigmáticos,
Hércules foi surpreendido pelo ataque do leão travando com ele uma batalha terrível.

Hércules fugiu da caverna assustado mas resolveu retornar com suas armas,
porém percebeu que elas não serviam para matar o leão.
Mais uma vez ele foi surpreendido pelo ataque feroz do monstro e fugiu.
Fora da caverna Hércules refletiu sobre a tarefa e decidiu enfrentar o leão sem armas,
talvez fosse essa a tarefa: usar sua razão em lugar de sua força.

Aproximando-se do fundo da caverna viu novamente o leão se aproximando
e fixando seu olhar em Hércules.
Surpreso, Hércules viu que o brilho nos olhos do leão era um espelho que refletia sua imagem.
 Ferozmente o leão avançava contra Hércules.
Depois de uma longa luta, Hércules estrangulou o leão que caiu morto.

Levando seu corpo para fora da caverna, Hércules viu o tamanho real do animal,
 que não lhe parecia tão grande assim.
Resolveu olhar mais uma vez em seus olhos e viu que nada havia lá dentro.
Ele havia conseguido vencer a si mesmo e ao seu orgulho.
Arrancou o pelo do animal e dela fez uma túnica, que o tornou indestrutível.
E com a cabeça fez um capacete, que passou a usar em todas as outras tarefas,
para sempre se lembrar que a força nunca deveria superar a razão.

Simbologia

A luta de Héracles ou Hércules com as feras representa a constante luta que temos
para conter a fera que mora dentro de nós,
ao mesmo tempo que preservamos nosso instinto vital e criativo.
O leão está sempre associado à realeza e, mesmo em sua forma destrutiva,
é o rei dos animais, egocêntrico e selvagem, o princípio infantil.
Dessa forma, sempre que derrotamos e vestimos a pele do leão,
as opiniões dos outros que antes nos intimidavam,
já não tem mais valor pois estamos vestidos com uma poderosa couraça, nossa própria identidade.

No entanto, por mais heróica que seja, a pele do leão sempre representa o egocentrismo,
 a dificuldade de lidar com a frustração e com a raiva contida.
 Não sabemos lidar com a frustração por não conseguirmos o que queremos,
pela auto-importância inflamada e o orgulho desmedido.
Entretanto quando dominamos essa fera que mora em nós,
podemos utilizá-la de forma construtiva.
As conquistas e vitórias exigem que deixemos para trás as couraças,
que carregam uma alma sem paixão.

Caminho de Iniciação

O Leão de Neméia é a viva alegoria das variadas e incontáveis forças instintivas
e passionais existentes nos infernos da Lua (o Astral Inferior).
Morto o Leão de Neméia, deve o adepto desintegrar sucessivamente o Demônio do Desejos (Judas),
 o Demônio da Mente (Pilatos) e, por fim, o Adepto prossegue seus trabalhos nesses infernos
libertando partes de sua Consciência aprisionadas nos átomos do Demônio de Má Vontade (Caifás),
que é o mais detestável dos três.

Esses três demônios são as três Fúrias dos Mistérios Buddhistas;
em seu conjunto formam o Dragão das Trevas do Apocalipse de São João.
No Apocalipse, o Dragão das Trevas é representado como um monstro de sete cabeças.
 Essas sete cabeças são os sete pecados capitais, portanto, o Leão de Neméia
é o símbolo de todas essas forças diabólicas que vivem nos infernos da Lua psicológica.

Todo o trabalho de desintegração dos demônios que vivem nesses infernos planetários
é executado pela Mãe Divina Individual.
“Que teria sido de mim sem o auxílio de minha Divina Mãe Kundalini”, exclama Samael Aun Weor.
“Desde o fundo do abismo chamava por minha mãe, e ela surgia empunhando a Lança de Eros…”.
 “Afortunadamente soube aproveitar ao máximo o coitus reservatus,
para fazer minhas súplicas a Devi Kundalini”, diz Samael falando de seu próprio processo
na Segunda Montanha (Caminho de Iniciação).

Terminado o Primeiro Trabalho de Hércules, o Iniciado ganha direito de ingressar no Céu da Lua,
a morada dos Anjos, o Astral Superior.
 Ao término dos trabalhos nos infernos da Lua, o iniciado une-se com sua Buddhi.
 Esclarecemos: na Sexta Iniciação Maior, Buddhi nasce dentro do Iniciado.
 Mas ainda não ocorrem as núpcias, a união entre Manas e Buddhi,
o que só ocorre ao fim do Primeiro Trabalho de Hércules interno, viva alegoria de Manas.

“Descer ao Inferno é fácil: difícil é retornar depois”, adverte a Sabedoria Oculta.
A última etapa do trabalho nessas regiões inferiores é acabar com as bestas secundárias, e
xpulsar as malignas inteligências de suas moradas nucleares.
Quando esses átomos ficam livres dessas inteligências diabólicas,
convertem-se em veículo de inteligências luminosas.
 Por isso dizemos que:

“O Cristo não desce aos infernos para destruir, se não para redimir.”

Resumindo, para subir ao Céu Lunar, Morada dos Anjos,
e celebrar as núpcias com nossa Noiva Imortal (Buddhi),
antes é preciso descer ao correspondente inferno lunar com o intuito de dominar
e eliminar todas as paixões animais, instintos bestiais, desejos, medos, processos passionais,
 a má vontade, a Besta de Sete Cabeças, enfim, transformar as águas pestilentas
 e negras em águas claras, limpas e transparentes.
Trata-se de uma tarefa multifacetada porque incontáveis são os defeitos de natureza emocional,
sentimental e instintiva que vivem nessa esfera inferior,
especialmente nossos defeitos mais antigos;
por isso, são de difícil eliminação;
empre surgem como monstros gigantescos e milenares diante da visão interna.
 Na Segunda Montanha (Caminho de Iniciação),
a paciência e a serenidade precisam ser elevadas a infinitos graus
porque o trabalho se torna extremamente delicado e sutil.


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

  Om Shanti


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   Adenda à posteriori :

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« Última modificação: Novembro 15, 2013, 15:17:54 pm por kunti »

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Re: HÉRCULES
« Responder #2 em: Novembro 15, 2013, 15:31:47 pm »
Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação

Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna

O Controle e superação dos desejos. A sua maior prova..

Hidra 1

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A Hidra de Lerna – Combate aos Vícios

Hércules teve de destruir um monstro de nove cabeças que soltavam fogo: oito renasciam
quando cortadas e a nona era imortal. O herói decepou as oito cabeças enquanto
um amigo as cauterizava com fogo. A nona foi enterrada, mas vigiada eternamente
por Hércules. “As cabeças simbolizam os vícios. Lutamos contra eles, mas, como
são imortais, se não estivermos atentos, renascem. Além dos vícios físicos,
como drogas e álcool, temos de combater os vícios éticos, como a ganância”

Mitologia

Conta a lenda que na antiga terra de Argos ocorreu uma seca.
 Amímona que reinava nessas terras, procurou a ajuda de Netuno.
 Este recomendou que se batesse numa rocha, e quando isto foi feito,
 começaram a correr três correntes cristalinas;
 mas logo uma hidra fez ali a sua morada.

O mestre disse a Hércules:
 “Para além do Rio Amímona, fica o fétido pântano de Lerna, onde está a hidra,
 uma praga para as redondezas.
Nove cabeças tem esta criatura, e uma delas é imortal.
Prepara-te para lutar com essa asquerosa fera e não penses que os meios comuns serão de valia;
se uma cabeça for destruída, duas aparecerão em seu lugar.”

Hércules estava ansioso e antes de partir, seu Mestre ainda lhe disse:
“Uma palavra de aconselhamentos só posso dar.
Nós nos elevamos, nos ajoelhando; conquistamos, nos rendendo; ganhamos, dando.
Vai, oh filho de Deus e filho do homem, e conquista.”

Chegando ao estagnado pântano de Lerna,
que era um charco que desanimava quem dele se aproximasse
e cujo mau cheiro poluía toda a atmosfera em um raio de sete milhas;
Hércules teve que fazer uma pausa pois o simples odor por pouco o derrotava.
As areias movediças eram uma ameaça
e mais uma vez Hércules rapidamente retirou seu pé
para não ser sugado para dentro da terra que cedia.
Finalmente ele descobriu onde se ocultava a hidra.

Numa caverna de noite perpétua vivia a fera, porém não se mostrava e Hércules inutilmente vigiava.
Recorrendo a um estratagema, ele embebeu suas setas em piche ardente
 e as despejou directamente para o interior da caverna onde habitava a horrenda fera.
Uma enorme agitação se seguiu e a hidra com as suas nove e zangadas cabeças emergiu,
 chicoteando a água e a lama furiosamente.
Com três braças de altura, algo tão feio como se tivesse sido feito
de todos os piores pensamentos concebidos desde o começo dos tempos.
A hidra atacou, procurando envolver os pés de Hércules que saltou e lhe deu um golpe tão severo
que logo decepou uma das cabeças, mas mal a horrorosa cabeça tocou o solo,
duas cresceram em seu lugar.
Repetidamente Hércules atacou o monstro, mas ele ficava cada vez mais forte.
Então Hércules lembrou-se das palavras do Mestre: “nós nos levantamos ajoelhando”.

Pondo de lado a sua clava, Hércules se ajoelhou, agarrou a hidra com suas mãos nuas e ergueu-a.
Suspensa no ar, a sua força diminuiu.
De joelhos, então, ela sustentou a hidra no alto, acima dele,
para que o ar purificado e a luz pudessem surtir o seu efeito.
O monstro, forte na escuridão e no lodo, logo perdeu a sua força
quando os raios do sol e o toque do vento o atingiram.
As nove cabeças caíram, mas somente quando elas jaziam sem vida
Hércules percebeu a cabeça mística que era imortal.
 Ele decepou essa cabeça e a enterrou, ainda sibilante, sob uma rocha.

Simbologia

Hércules foi incumbido de doze trabalhos, dentre eles, matar Hidra,
o monstro de nove cabeças que trazia pânico à cidade de Lerna.
Mas antes de enfrentar o monstro, Hércules recebe uma mensagem de seu mentor: – ”
 É ajoelhando que nos levantamos;
é nos rendendo que conquistamos;
 é desistindo de algo que o ganhamos”.

Hércules parte em busca do monstro que se esconde numa caverna escura,
de noite perpétua, à margem de um pântano de águas estagnadas;

e simboliza uma parte de nós que permanece oculta e resiste à iluminação.

Representa o nosso interior ruim, nossas paixões e defeitos, ambições e vícios,
 o que existe de ruim dentro do nosso mundo interior.
Enquanto a hidra, que representa esse monstro interior, não for dominada,
enquanto nossas vaidades, futilidades e ostentações não forem dominadas,
as cabeças continuam crescendo cada vez mais.

Hércules chega ao covil da Hidra e atira flechas flamejantes ao esconderijo do monstro.
 Indignada, Hidra emerge do seu covil com ímpeto vingativo –
da mesma forma, também nos sentimos assim quando situações nos obrigam
 a confrontar a besta que existe em nós ou a besta que existe nas pessoas à nossa volta.

Hércules tenta esmagar as cabeças de Hidra mas cada vez que corta uma cabeça outras surgem –
da mesma forma quando tentamos destruir nossas emoções bestiais, elas continuam aparecendo.
Finalmente Hércules se lembra da mensagem de seu mentor:
“é se ajoelhando que nos levantamos”.

Hércules se ajoelha no pântano e levanta o monstro á luz do dia e ela perde seu poder.
Então ele corta-lhe as cabeças que não renascem mais.
Porém nada disso acontece, senão enfrentarmos o lado bestial que vive em todos nós.

Caminho de Iniciação

A segunda tarefa encomendada à Hércules foi matar a Hidra de Lerna,
 o monstro simbólico de origem imortal dotado de nove cabeças ameaçadoras
 que voltavam a nascer logo após serem decepadas.
A Hidra polifacética representa a mente e seus defeitos psicológicos.
Quando o Iniciado que subir à Morada dos Arcanjos – o Plano Mental Superior –
 primeiro deve descer aos infernos de Mercúrio.

Como diz o mito, sempre que Hércules cortava uma das cabeças da Hidra,
 ela voltava a brotar, tornando a tarefa impossível.
Assim como Arjuna é auxiliado por Krishna, também Hércules é auxiliado por Iolau (IAO, IEÚ ou JEÚ) –
 o qual aconselha Hérculesa queimar as cabeças após cortá-las para não renascerem.
Isso quer dizer que não basta compreender um defeito;
é preciso ir além e capturar o profundo significado do mesmo; do contrário, eles voltam a renascer.

Os defeitos psicológicos eliminados nos infernos da Lua, o Astral Inferior,
certamente possuem ramificações nos mais diversos níveis mentais.
 Eliminar as cabeças da Hidra da Mente é possível quando,
após decepá-las forem cauterizadas com o fogo da alquimia sexual.
Portanto, compreendido um defeito, deve-se durante o ato alquímico suplicar à Divina Mãe
para Ela elimina-lo até suas raízes mais profundas.
Goethe, nesses momentos exclamava:

“Virgem pura no mais belo sentido
Mãe digna de veneração
Rainha eleita por nós
de condição igual aos Deuses”.

Anelando morrer em si mesmo, durantes as Bodas Alquímicas, o iniciado alemão exclamava:

“Flechas transpassai-me;
lanças, submetei-me;
maçãs, feri-me.
Tudo desapareça,
desvaneça-se tudo.
Brilhe a estrela perene,
foco do eterno amor.”

“… sempre procedi de forma muito parecida;
e a Hidra, pouco a pouco, lentamente, foi perdendo cada uma de suas abomináveis cabeças”. –
 Samael Aun Weor

“… em nome da Verdade, confesso francamente que sem o auxílio da minha Mãe Adorável
 jamais teria eliminado radicalmente a Hidra de Lerna
 (meus defeitos psicológicos) no subconsciente intelectual”. –

  Samael Aun Weor

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   Om Shanti


   
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Re: HÉRCULES
« Responder #3 em: Novembro 15, 2013, 15:52:37 pm »
 
  Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

      Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia

A paciência e o esforço na consecução da delicadeza e da sensibilidade sublime .


A Captura da Corça Cerínia – Cultivar a Delicadeza

A missão de Hércules era capturar viva uma corça extremamente veloz,
 com chifres de ouro e cascos de bronze, que pertencia a Ártemis, deusa da caça.
Orientado por Atena, o herói dominou o animal sagrado segurando-o pelos chifres.
 “Os chifres representam a iluminação, e os cascos de bronze, o mundo material.
 O aprendizado nesse trabalho é substituir os impulsos por qualidades mais nobres,
como sabedoria, delicadeza e paciência”

Mitologia

Hércules foi incumbido de capturar a corsa com galhada de ouro e pés de bronze.
Olhando ao redor de si, viu que ao longe, erguia-se o Templo do Deus-Sol.
No alto de uma colina próxima viu o esguio cervo, objecto de seu quarto trabalho.

Foi então que Ártemis, que tem a sua morada na lua, disse a Hércules, em tom de advertência:
 “A corça é minha, portanto não toque nela.
Por longos anos eu a alimentei e cuidei dela. O cervo é meu e meu deve permanecer.”

Então, de um salto surgiu Diana, a caçadora dos céus, a filha do sol.
Pés calçados de sandálias, em passos largos movendo-se em direção ao cervo,
também ela reclamou a sua posse.
“Não, Ártemis, belíssima donzela, não; o cervo é meu e meu deve permanecer”, disse ela,
 “Até hoje ele era jovem demais, mas agora ele pode ser útil.
A corça de galhada de ouro é minha, e minha permanecerá.”

Hércules observava e ouvia a disputa e perguntava-se porque as donzelas lutavam pela posse da corça.
 Uma outra voz atingiu-lhe os ouvidos, uma voz de comando que dizia:
“A corça não pertence a nenhuma das duas donzelas, oh Hércules,
mas sim ao Deus cujo santuário podes ver sobre aquele monte distante.
Salva-a, e leva-a para a segurança do santuário e deixa-a lá.
 Coisa simples de se fazer, oh filho do homem, contudo, e reflete bem sobre as minhas palavras;
 sendo tu um filho de Deus, deves ir à sua procura e agarrar a corça.
 Vai.”

De um salto Hércules lançou-se à caçada que o esperava.
 À distância, as donzelas em disputa tudo observavam.
Ártemis, a bela, apoiada na lua e Diana, a bela caçadora dos bosques de Deus,
seguiam os movimentos da corça e, quando surgia uma oportunidade,
 ambas iludiam Hércules, procurando anular os seus esforços.
Ele perseguiu a corça de um ponto a outro e cada uma delas subtilmente o enganava.
 E assim o fizeram muitas e muitas vezes.

Durante um ano inteiro, o filho do homem que é um filho de Deus,
 seguiu a corça por toda a parte, captando rápidos vislumbre de sua forma,
 apenas para descobrir que ela desaparecer na segurança dos densos bosques.

Correndo de uma colina para outra, de bosque em bosque,
 Hércules a perseguiu até à margem de uma tranquila lagoa,
 estendida sobre a relva ainda não pisada, ele viu-a a dormir, exausta pela fuga.
 Com passos silenciosos, mão estendida e olhar firme, ele lançou uma flecha, ferindo-a no pé.

Reunindo toda a vontade que estava possuído, aproximou-se da corça,
e ainda assim, ela não se moveu.
Assim, ele foi até ela, tomou-a nos braços, e enlaçou-a junto ao seu coração,
enquanto Ártemis e a bela Diana o observavam.
“Terminou a busca”, bradou ele, “Para a escuridão do norte fui levado e não encontrei a corça.
 Lutei para abrir meu caminho através de cerradas, profundas matas, mas não encontrei a corça;
e por lúgubres planícies e áridas regiões e selvagens desertos eu persegui a corça,
e ainda assim não a encontrei.
 A cada ponto alcançado, as donzelas desviavam meus passos,
porém eu persisti, e agora a corça é minha!
 A corça é minha!”

“Não, não é, oh Hércules”, disse a voz do Senhor, “
A corça não pertence a um filho do homem, mesmo embora sendo um filho de Deus.
 Carrega a corça para aquele distante santuário onde habitam os filhos de Deus e deixa-a lá com eles.”

“Porque tem que ser assim, oh Senhor?
A corça minha; minha, porque muito peregrinei à sua procura,
 e mais uma vez minha, porque a carrego junto ao coração.”

“E não és tu um filho de Deus, embora um filho do homem?
E não é o santuário também a tua morada?
E não compartilhas tu da vida de todos aqueles que lá habitam?
Leva para o santuário de Deus a corça sagrada, e deixa-a lá, oh filho de Deus.”

Então, para o santuário sagrado de Micenas, levou Hércules a corça;
carregou-a para o centro do lugar santo e lá a depositou.
 E ao deitá-la lá diante do Senhor, notou o ferimento em seu pé,
 a ferida causada pela flecha do arco que ele possuíra e usara.
A corça era sua por direito de caça.
A corça era sua por direito de habilidade e destreza do seu braço.
“Portanto, a corça é duplamente minha”, disse ele.

Porém, Ártemis, que se encontrava no pátio externo do sagrado lugar
ouviu seu brado de vitória e disse:
“Não, não é. A corça é minha, e sempre foi minha.
 Eu vi a sua forma, refletida na água; eu ouvi seus passos pelos caminhos da terra;
eu sei que a corça é minha, pois todas as formas são minhas.”

Do lugar sagrado, falou o Deus-Sol.
“A corça é minha, não tua, oh Ártemis, não podes entrar aqui, mas sabes que eu digo a verdade.
 Diana, a bela caçadora do Senhor, pode entrar por um momento e contar-te o que vê.
” A caçadora do Senhor entrou por um momento no santuário
e viu a forma daquilo que fora a corça,
 jazendo diante do altar, parecendo morta.
E com tristeza ela disse: “Mas se seu espírito permanece contigo, oh grande Apolo,
nobre filho de Deus, então sabes que a corça está morta.
A corça está morta pelo homem que é um filho do homem, embora seja um filho de Deus.
 Porque pode ele passar para dentro do santuário enquanto nós esperamos pela corça lá fora?”

“Porque ele carregou a corça em seus braços, junto ao coração,
e a corça encontra repouso no lugar sagrado, e também o homem.
Todos os homens são meus.
A corça é igualmente minha; não vossa, nem do homem mas minha.”

Hércules diz então ao Mestre: “Cumpri a tarefa indicada.
 Foi simples, a ser pelo longo tempo gasto e o cansaço da busca.
 Não dei ouvidos àqueles que faziam exigências, nem vacilei no Caminho.
A corça está no lugar sagrado, junto ao coração de Deus,
da mesma forma que, na hora da necessidade, está também junto ao meu coração.”

“Vai olhar de novo, oh Hércules, meu filho”.
 E Hércules obedeceu.
Ao longe se descortinavam os belos contornos da região
e no horizonte distante erguia-se o templo do Senhor, o santuário do Deus-Sol.
E numa colina próxima via-se uma esguia corça.
“Realizei a prova, oh Mestre?
A corça está de volta sobre a colina, onde eu a vi anteriormente.”

E o mestre respondeu:
“Muitas e muitas vezes precisam todos os filhos dos homens, que são os filhos de Deus,
sair em busca da corça de cornos de ouro e carregá-la para o lugar sagrado;
 muitas e muitas vezes.
 O quarto trabalho está terminado, e devido à natureza da prova e devido à natureza da corça,
 a busca tem que ser frequente e não te esqueças disto:
medita sobre a lição aprendida.”

Simbologia

Essa corça, era uma das cinco que Artemis encontrou no monte Liceu.
Quatro a deusa atrelou em seu carro e a quinta, a poderosa Hera conduziu para o monte Cerinia,
com o fito de servir a seus intentos contra Hércules.

Consagrada à irmã gêmea de Apolo, esse animal, cujos pés eram de bronze e os cornos de ouro,
 trazia a marca do sagrado e, portanto, não podia ser morta.
 Mais pesada que um touro, se bem que rapidíssima, o herói, que deveria trazê-la viva a Euristeu,
 perseguiu-a durante um ano.

Já exausto, o animal buscou refúgio no monte Artemísion,
mas, sem lhe dar tréguas, Hércules continuou na caçada.

Hércules seguiu a corça em direção ao norte, através da Ístria,
chegando ao país dos Hiperbóreos, onde, na Ilha dos Bem-Aventurados, foi acolhido por Artemis.

A interpretação é uma antecipação da única tarefa realmente importante do herói,
 sua liberação interior.
Sua estupenda vitória, após um ano de tenaz perseguição,
 apossando-se da corça de cornos de ouro e pés de bronze,
tendo chegado ao norte e ao céu eternamente azul dos Hiperbóreos,
 configura a busca da sabedoria, tão dificil de se conseguir.

O simbolismo dos pés de bronze há que ser interpretado a partir do próprio metal.
Enquanto sagrado, o bronze isola o animal do mundo profano,
 mas, enquanto pesado, o escraviza à terra.

Têm-se aí os dois aspectos fundamentais da interpretação:
o diurno e o nocturno dessa corça.
Seu lado puro e virginal é bem acentuado, mas o peso do metal poderá pervertê-la,
 fazendo-a apegar-se a desejos grosseiros, que lhe impedem qualquer vôo mais alto.

A corça, como o cordeiro, simboliza uma qualidade do espírito,
 que se contrapõe à agressividade dominadora.
 Os pés de bronze, quando aplicados à sublimidade, configuram a força da alma.

A imagem traduz a paciência e o esforço na consecução da delicadeza e da sensibilidade sublime,
 especificando, igualmente, que essa mesma sensibilidade representada pela corça,
embora se oponha à violência,
possui um vigor capaz de preservá-la de toda e qualquer fraqueza espiritual.

Caminho de Iniciação

O Caminho de Iniciação considera o 3º Trabalho –
 A Captura da Corça Cerínia
e o 4º Trabalho – O Javali de Erimanto como um só.

O céu de Vênus é a morada dos Principados. Esses vivem no Mundo Causal.
O Iniciado que anela entrar nessa oculta morada interior, antes deve descer aos infernos de Vênus,
e ali, como Hércules, capturar a Corça de Cerínia e o Negro Javali de Erimanto.
Nesses dois símbolos vemos claramente a delicadeza e a brutalidade,
o refinado e o tosco, a bela e a fera.


O Javali, perverso como poucos, é o símbolo vivo de todas as baixas paixões animais,
a luxúria mais grosseira e devassa.
Portanto, temos aí o contraste entre o denso e o subtil.

Mesmo após haver eliminado os defeitos do Mundo Astral Inferior
e do Mundo Mental Inferior (as duas primeiras façanhas de Hércules),
as “causas” desses defeitos continuam existindo.
Essas causas são eliminadas durante os processos do terceiro e quarto Trabalhos de Hércules:
 a captura da Corça Cerínia e do Javali de Erimanto.

Se todos os defeitos têm origem sexual (não importa se os defeitos são refinados ou toscos),
as maiores provas do Terceiro e Quarto Trabalhos consistem em resistir às tentações da carne,
cujo drama foi ricamente descrito pelo patriarca gnóstico Santo Agostinho:
Imenso é o número de delitos cujos gérmens causais devem ser eliminados nos infernos de Vênus.

Findo o Trabalho nos infernos do Mundo Causal, o Mundo de Tipheret,
o Cristo Cósmico penetra no coração do Iniciado e este, cheio de êxtase, exclama:
“Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus…”

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http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-3o-trabalho-de-hercules-a-captura-da-corca-cerinia/

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Re: HÉRCULES
« Responder #4 em: Novembro 15, 2013, 16:08:38 pm »
Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

  Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto

Respeito aos limites e domínio dos impulsos

     Javali de Erimanto


O Javali de Erimanto: reconhecer os limites e domínio dos impulsos

Foram necessários dois anos para Hércules capturar um javali feroz que devastava
tudo por onde passava. Esse trabalho está relacionado ao aprendizado da vida em
sociedade. “O javali é um monstro sem fronteiras, que não respeita limites.
 Cada um de nós tem dentro de si essa fera, que é preciso dominar,
aprendendo a reconhecer nosso espaço e o das outras pessoas.
É um teste para vencer o egoísmo e a equilibrar os impulsos”.

Mitologia

Hércules é incumbido de capturar o Javali de Erimanto,
sem contudo saber que este trabalho era na verdade uma dupla prova:
 a prova da amizade rara e da coragem destemida.
Foi-lhe recomendado que procurasse pelo javali e Apolo que lhe deu um arco novo para usar,
porém Hércules disse que não o levaria consigo, porque temia matar.

Ele disse:

“Eu não o levarei comigo neste trabalho, pois temo matar. Deixo aqui o arco.”

E assim desarmado, a não ser por sua clava, ele escalou a montanha,
procurando pelo javali e encontrando um espectáculo de medo e terror por toda a parte.
 Mais e mais ele subia e em determinada altura encontrou um amigo, Pholos,
que fazia parte de um grupo de centauros, conhecidos dos deuses.

Eles pararam e conversaram e por algum tempo
Hércules esqueceu-se do objetivo da sua busca.
E Pholos convidou Hércules para furar um barril de vinho,
que não era dele mas do grupo de centauros e que viera dos deuses,
juntamente com a ordem de que eles jamais deveriam furar o barril,
a não ser quando todos os centauros estivessem presentes, já que ele pertencia ao grupo.
Mas Hércules e Pholos abriram-no na ausência dos seus irmãos,
convidando Cherion, um outro sábio centauro, para se juntar a eles.
Assim ele fez, e os três beberam e festejaram e se embebedaram-se
e fizeram muito ruído que foi ouvido pelos outros centauros.

 Enraivecidos eles vieram e seguiu-se uma feroz batalha
 e uma vez mais Hércules fez-se mensageiro da morte e matou os seus amigos,
 a dupla de centauros com quem ele antes tinha bebido.

 E, enquanto os demais centauros com altos lamentos choravam as suas perdas,
Hércules escapou novamente para as altas montanhas e reiniciou a sua busca pelo javali.
 Até aos limites das neves ele avançou, seguindo a pista do animal, mas não o encontrava.
Depois de muito pensar, Hércules colocou uma armadilha habilidosamente oculta
e esperou nas sombras pela chegada do javali.

Quando a aurora surgiu, o javali saiu da sua toca levado por uma fome atroz
e caiu na armadilha de Hércules que, no tempo devido, libertou a fera selvagem,
 tornando-a prisioneira da sua habilidade.
Ele lutou com o javali e domesticou-o,
e fê-lo fazer o que lhe determinava e seguir para onde Hércules desejava.

Do pico nevado da alta montanha Hércules desceu, regozijando-se no caminho,
 levando adiante de si, montanha abaixo, o feroz, contudo domesticado javali.
 Pelas duas pernas traseiras ele conduziu o javali, e todos na montanha se riam ao ver o espectáculo.
E todos os que encontrava Hércules, cantando e dançando pelo caminho,
também riam ao ver a sua caminhada.
 E todos na cidade riram ao ver o espectáculo: o exausto javali e o homem cantando e rindo.

Quando reencontrou seu Mestre, este lhe disse: “O Trabalho foi completado.
Medita sobre as lições do passado, reflecte sobre as provas.
 Por duas vezes mataste a quem amavas. Aprende porquê.”

Simbologia

Este trabalho está associado ao signo de Libra e Áries,
onde a aprendizagem consiste na capacidade de manter o equilíbrio perante as adversidades
 (Libra), sendo capaz de manter as necessidades básicas atendidas (Áries).

Libra é o primeiro signo que não tem um símbolo humano ou animal,
mas sustentando a balança, está a figura da Justiça – uma mulher com os olhos vendados.
Ele apresenta-se com muitos paradoxos e extremos,
dependendo de se o discípulo que se voltou conscientemente para o caminho de volta ao Criador
 segue o zodíaco segundo os ponteiros do relógio, ou no caminho inverso.
Diz-se que é um interlúdio, comparável com a silenciosa escuta na meditação;
um tempo de cobranças do passado.

Neste ponto percebemos como o equilíbrio dos pares de opostos deve ser atingido.
 A balança pode oscilar do preconceito até à injustiça ou julgamento;
da dura estupidez à sabedoria entusiástica.
 Neste majestoso signo de equilíbrio e justiça nós verificamos que a prova termina
 numa explosão de riso, o único trabalho em que isso acontece.

Hércules conviveu, riu e cantou com os amigos,
sendo que socializar é uma característica de Libra,
e em vez de seguir a recomendação, de abrir o barril para o grupo,
abriu-o para celebrar com um único centauro,
procurando aqui um espelho, uma identificação com o outro.
 E embora estivesse determinado a não matar, o seu impulso, primeiro, de Áries, foi mais forte.

No entanto, Hércules conseguiu também entregar o javali ainda com vida
e já domesticado, demonstrando que era possível domesticar o animal,
devido à sua dedicação e delicadeza no trato, atributo natural de Libra.

Caminho de Iniciação

O Caminho de Iniciação considera o 3º Trabalho – A Captura da Corça Cerínia
e o 4º Trabalho – O Javali de Erimanto como um só.

O céu de Vênus é a morada dos Principados.
Esses vivem no Mundo Causal.
O Iniciado que anela entrar nessa oculta morada interior, antes deve descer aos infernos de Vênus,
e ali, como Hércules, capturar a Corça de Cerínia e o Negro Javali de Erimanto.
Nesses dois símbolos vemos claramente a delicadeza e a brutalidade ,
o refinado e o tosco, a bela e a fera.

O Javali, perverso como poucos, é o símbolo vivo de todas as baixas paixões animais,
a luxúria mais grosseira e devassa.
Portanto, temos aí o contraste entre o denso e o subtil.

Mesmo após haver eliminado os defeitos do Mundo Astral Inferior e do Mundo Mental Inferior
(as duas primeiras façanhas de Hércules), as “causas” desses defeitos continuam existindo.
 Essas causas são eliminadas durante os processos do terceiro e quarto Trabalhos de Hércules:
a captura da Corça Cerínia e do Javali de Erimanto.

Se todos os defeitos têm origem sexual (não importa se os defeitos são refinados ou toscos),
as maiores provas do Terceiro e Quarto Trabalhos consistem em resistir às tentações da carne,
cujo drama foi ricamente descrito pelo patriarca gnóstico Santo Agostinho:
Imenso é o número de delitos cujos gérmens causais devem ser eliminados nos infernos de Vênus.

Findo o Trabalho nos infernos do Mundo Causal, o Mundo de Tipheret,
 o Cristo Cósmico penetra no coração do Iniciado e este, cheio de êxtase, exclama:
 “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus…”

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Re: HÉRCULES
« Responder #5 em: Novembro 15, 2013, 16:26:44 pm »
Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

Quinto Trabalho: A Limpeza dos Estábulos de Áugias

   Purificação dos Sentimentos

Hercules_limpia los establos de Augias_



    Os Estábulos de Áugias: O serviço de limpeza e purificação

Hércules se ofereceu para limpar em um só dia os currais imundos
de um rei que possuía um rebanho numeroso – Augias, filho de Poseidom.
 Eles continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos.
 Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal.
Desviando dois rios para os estábulos, Hércules  cumpriu a promessa, que parecia impossível.
 Nossa sujeira acumulada é composta por raiva, angústia e emoções negativas.
 “Para fazer uma limpeza interior, devemos observar diariamente
e com honestidade a qualidade de nossas reações e emoções”

        Mitologia

O Mestre chamou Hércules e disse:
“Por muito tempo perseguiste a luz que tremeluzia, primeiro de maneira incerta,
depois aumentando até tornar-se um firme farol, e agora brilha para ti como um sol brilhante.
Agora volta tuas costas para o brilho, inverte os teus passos;
volta para aqueles para quem a luz é apenas um ponto de transição e ajuda-os a fazê-la crescer.
Dirige teus passos para Augias, cujo reino deve ser limpo do antigo mal.”

E Hércules saiu à procura de Augias, o rei.
Quando ele se aproximou do reino onde Augias governava,
um terrível mau cheiro fê-lo quase desmaiar.
Durante anos, ele ficou sabendo, o Rei Augias jamais fizera limpar o excremento
que o seu gado deixava nos estábulos reais.
Então os pastos estavam tão adubados que nenhuma colheita crescia.
Em consequência, a pestilência varria o país, devastando vidas humanas.

Hércules dirigiu-se para o palácio e procurou pelo próprio Augias.
Informado de que Hércules vinha limpar os fétidos estábulos,
Augias confessou a sua dúvida e descrença dizendo:
“Dizeis que farás esta imensa tarefa sem recompensa?
Não confio naqueles que anunciam tais bazófias.
Hás-de ter algum plano astucioso que arquitetaste, oh Hércules, para me roubar o trono.
Jamais ouvi de homens que procuram servir ao mundo sem recompensa.
Nunca ouvi.

A esta altura, contudo, eu de bom grado acolheria qualquer tolo que procurasse ajudar.
 Mas deve ser feito um trato, para que não zombem de mim como sendo um rei bobo.
Se tu, em um único dia, fizeres o que prometeste, um décimo de todo o meu rebanho será teu;
mas se fracassares, tua vida e teus bens estarão em minhas mãos.
Não penso que possas cumprir tuas bazófias, mas podes tentar”

Hércules então deixou o rei.
Ele vagou pela pestilenta área, e viu uma carroça passar empilhada com cadáveres,
as vítimas da pestilência.
Dois rios, ele observou, o Alfeu e o Peneu, fluíam mansamente pela vizinhança.
 Sentado à beira de um deles, a resposta a este problema veio-lhe à mente como um relâmpago.
Com determinação e força ele trabalhou.
Com enorme esforço ele conseguiu desviar ambas as correntes dos cursos seguidos por séculos.
Ele fez com que o Alfeu e o Peneu derivassem as suas águas através dos estábulos
e aceleradas limparam a imundície por tanto tempo acumulada.
O reino foi limpo de toda a sua fétida treva.
Num único dia foi cumprida a tarefa impossível.

Quando Hércules, bastante satisfeito com o resultado,
voltou a Augias, este último franziu a testa e disse:
“Conseguiste êxito com um truque”, berrou de raiva o Rei Augias.
 “Os rios fizeram o trabalho, não tu.
Foi uma manobra para me tirar meu gado, uma conspiração contra o meu trono.
Não terás uma recompensa. Vais, sai daqui ou mandarei decapitar a tua cabeça!”

O enraivecido rei assim baniu Hércules, e proibiu-o de voltar ao seu reino,
sob pena de morte imediata.
Hércules cumpriu a tarefa que lhe fora dada e voltou ao Mestre, que disse:
 “Tu tornaste-te um servidor mundial.
Avançaste ao recuares; vieste à Casa da Luz por um outro caminho,
gastaste a tua luz para que a luz dos outros pudesse brilhar.
A jóia que o Trabalho dá é tua para sempre”.

    Simbologia

Em Augias, o trabalho é feito pelo eixo Aquário/Leão,
em que com a sua lâmpada acesa (Leão) através do serviço altruísta
e alinhamento com os níveis superiores de consciência (Aquario),
que Hércules deve levar a luz aos outros,
pois é a partir do momento em que a luz se acende na consciência
que o Homem deixa de ter possibilidade de voltar às trevas do mundo.

É aqui que Hércules deixa de prestar atenção a si mesmo (Aquário),
 indo ao encontro dos que ainda não acenderam a sua própria luz.

Quando Hércules se dirige ao reino de Áugias,
simbolizado pelo Leão e a propriedade, o domínio, o poder e a arrogância demonstrado pelo Rei,
sente o cheiro, acumulado de tempos imemoriais, desse mesmo preconceito.
Sem se sentir intimidado por estar a prestar um serviço à humanidade
apesar do desprezo do rei e o seu descrédito naqueles que prestam serviço desinteressado,
 Hércules levou a cabo a sua tarefa e acaba por se retirar em silêncio
após as palavras de medo de perda de poder do próprio rei.

Mas Hércules já sabe que as únicas contas a prestar são a Deus.
E que usando a sua intuição e a sua própria luz (Leão em equilíbrio),
 trazendo luz àqueles que não a viam, são um presente de Aquário
para as forças retrógradas e provisórias que representa este rei no seu reino.

Hércules sendo o iniciado, deveria fazer três coisas,
 que podem ser resumidas como as características principais de todos os verdadeiros iniciados.
Se não estiverem presentes em alguma medida, o homem não é um iniciado.

A primeira é o serviço impessoal,
que não é o serviço que prestamos porque nos dizem que o serviço é um caminho de libertação,
mas o serviço prestado porque a nossa já não é mais centrada em nós mesmos.
Não estamos mais interessados em nós mesmos e sim na nossa consciência,
que sendo universal nada há a fazer, senão assimilar os problemas dos nossos semelhantes e ajudá-los.
Para o verdadeiro iniciado, isso não representa esforço.

A segunda é o trabalho grupal que é permanecer sozinho espiritualmente
 na manipulação dos assuntos pessoais, esquecendo completamente de si mesmo
no bem-estar do particular segmento da humanidade ao qual está associado.

A terceira é o auto-sacrifício que significa tornar o ego sagrado.
Isto lida com o ego do grupo e o ego do individúo; esse é o trabalho do iniciado.

Caminho de Iniciação

Todo Adepto que anela conquistar a morada das Potesdades, o Mundo Institucional,
 terá que limpar seus estábulos interiores, descendo aos infernos do Sol.
Nesses estábulos (nosso subconsciente) vivem recolhidos os rebanhos
(animais que personificam os milhares de egos de nossa mente) do Rei da Élida;
dentre deles, os doze touros (karma zodiacal) que haviam acumulado ali enorme volume de sujeira.

Nos relatos mitológicos, Hércules cumpriu essa tarefa desviando o curso das águas de um rio,
que fluía nas proximidades, para dentro dos estábulos (desviou o fluxo das energias sexuais),
 e com isso logrou cumprir tal tarefa que parecia impossível,
devido ao curto tempo que lhe haviam dado para fazer tal limpeza.
Na alquimia sexual temos a ciência que ensina a desviar a corrente da energia sexual
 e também para acelerar o trabalho.

Aqueles que se esquecem de sua Divina Mãe não passam nessa prova.
Todo o fluxo de amor deve ser entregue a Ela.
Na prática, vemos as pessoas apaixonadas e enamoradas pelas coisas materiais,
atraídas por aparências, enfeitiçadas pelos caprichos do amor mundano
e das relações entre homens e mulheres.
Nem remotamente as pessoas se lembram da divindade durante o diário viver.
Infeliz daquele que não compreender os Mistérios do Eterno Feminino de Deus…
 jamais logrará alcançar a Região onde moram os Principados.

Links para os Trabalhos Anteriores:

Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto

Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia

Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna

Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia

Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação



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      http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-5o-trabalho-de-hercules-a-limpeza-dos-estabulos-de-augias/


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Re: HÉRCULES
« Responder #6 em: Novembro 15, 2013, 16:42:40 pm »
 Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

 Sexto Trabalho: Morte das Aves do Lago Estínfale

                 Recuperar a Lucidez – reconhecer e usar a intuição


    Os Pássaros do lago Estínfalo: Recuperar a lucidez

Para derrotar aves antropófagas que tinham penas de bronze e as lançavam como flechas,
Hércules atordoou-as com o som ensurdecedor de um címbalo.
O teste de Hércules é igual ao de qualquer um de nós:
 conseguir reconhecer e usar a intuição.
Os pássaros simbolizam a falta de lucidez e o som é nossa voz interior.
O trabalho em excesso, a pressa e o estresse são pássaros que nos atordoam.
O antídoto para essa situação é nos aquietarmos
para ouvir o que verdadeiramente queremos fazer.

Mitologia

Era tempo de mudar o seu caminho.
Desta vez Hércules teria que procurar no pântano de Estínfalo,
lugar de habitação dos pássaros destruidores e descobrir a forma de os espantar desta sua morada.

O mestre disse-lhe “A chama que brilha além da mente revela a direção certa”.
Após longa procura, conseguiu encontrar o fétido pantanal e os barulhentos ameaçadores pássaros.
Cada pássaro tinha um bico de ferro, afiado como uma espada.
As penas pareciam dardos de aço que ao caírem
poderiam cortar ao meio a cabeça de quem por ali passasse.
As suas garras eram igualmente ferozes.

Ao verem-no três pássaros se lhe dirigiram ao que ele ripostou com a sua clava,
fazendo cair no chão duas penas.
Parado à beira do pântano pensava em como livrar-se dos terríveis pássaros.
Pensou em setas, em armadilhas no pântano e lembrou-se então do conselho que recebera
 “A chama que brilha além da mente revela a direção certa”
e reflectindo longamente lembrou-se de dois pratos de bronze que possuía
 e que emitiam um som estridente, não terreno;
um som áspero e penetrante capaz de acordar os mortos.
Até para si próprio o som se torna intolerável.

Aguardando pela noite, em que os pássaros estariam todos pousados,
tocou os pratos aguda e repetidamente.
Assustados e perturbados por ruído tão monstruoso, os pássaros levantaram voo
Guinchando , e fugindo para nunca mais voltar.

Simbologia

Este trabalho está associado a Sagitário e Gêmeos.
O ruído dos pássaros é associado ao excesso de comunicação e expressão do signo de gêmeos,
e que os pássaros utilizam para devastar a região.
Em Sagitário, o arqueiro, bem como em Escorpião,
 Hércules assumiu e completou o trabalho iniciado em Áries.
Em Áries, ele lidava com o pensamento,
enquanto em Sagitário, ele já demonstra completo controle do pensamento e da palavra.
 No momento em que nos libertamos da ilusão, entramos em Sagitário e vemos o objetivo.
Nós nunca o víramos antes, porque o-entre-nós-e-o-objetivo,
encontram-se sempre os pensamentos-forma que nos impedem de vê-lo,
ou seja, não conseguimos ver as nossas metas.

Sagitário é o signo preparatório para Capricórnio, e por vezes chamado de “o signo do silêncio”,
porque esta é a lição de Sagitário: restrição da fala através do controle do pensamento
 porque depois de abandonar o uso das formas comuns da fala,
tais como falar da vida alheia, então será preciso aprender a silenciar sobre a vida da alma.
O reto uso do pensamento, o calar-se e a consequente inofensividade do plano físico,
resultam na libertação; pois nós somos conservados na unidade humana
não por alguma força externa que nos mantenha ali, mas pelo que nós mesmos temos dito e feito.
No momento em que não mantivermos mais relações erradas com as pessoas
pelas coisas que dissermos quando deveríamos ter ficado calados,
no momento em que paramos de pensar sobre as pessoas,
coisas que não deveríamos pensar, pouco a pouco aqueles laços
que nos prendem à existência planetária são rompidos, ficamos livres
e escalamos a Montanha como o bode em Capricórnio.
 Em Sagitário, o primeiro dos grandes signos universais,
vemos a verdade como o todo quando usamos as flechas do pensamento correto.
Todas as várias verdades formam uma verdade; é disso que nos damos conta em Sagitário.

  Caminho de Iniciação

Esta Esfera Celeste corresponde ao Mundo de Atman, o Mundo do Espírito Puro,
a morada das Virtudes, Hércules foi a caça e à morte das aves que viviam no Lago de Estínfale.
Essas aves possuíam poderosos bicos de aço e penas de bronze e se alimentavam dos frutos da terra.
Eram tão numerosas que ao voarem juntas, encobriam o Sol.

Este Trabalho está relacionado ao Senhor da Magia Prática.
Essas aves são as mesmas harpias mencionadas por Virgílio.
De um modo geral, as harpias são bruxas, “jinas negros”.

Na Primeira Montanha, o Iniciado precisa descer à Esfera de Marte,
 onde imperam os eus da violência, do ódio, da guerra, da luta, das armas,
das brigas, das iras, vinganças, rancores e etc…
Nessas esferas, os brigam entre si, um querendo matar o outro e uns odiando os outros.

Na Segunda Montanha é preciso descer aos Infernos do planeta Marte
para ali aniquilar os elementos psicológicos relacionados à magia negra, à feitiçaria, à bruxaria.
 Ainda que muitos actualmente não se lembrem de nada,
ainda que muitos não dêem a menor importância aos assuntos de magia e bruxaria,
ainda que muitos se julguem “santos e piedosos”,
dentro de si levam muitos átomos negros ligados à bruxaria e às artes tenebrosas.

Livrar-se dessa carga é preciso quando se quer subir ao Céu de Marte, a morada de Atman,
o Mundo das Virtudes, um mundo que está além da mente e dos afetos.
No Mundo de Atman, a percepção das coisas é total, perfeita, íntegra e objetiva,
porque ali reinam as matemáticas e os conceitos exatos.



Links para os Trabalhos Anteriores:

Quinto Trabalho: A Limpeza dos Estábulos de Áugias

Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto

Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia

Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna

Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia

Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação


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           http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-6o-trabalho-de-hercules-morte-das-aves-do-lago-estinfale/

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Re: HÉRCULES
« Responder #7 em: Novembro 15, 2013, 16:57:55 pm »
Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

  Sétimo Trabalho: A Captura do Touro de Creta

                  Governar os Instintos


O Touro de Creta: governar os instintos

Nesse trabalho, Hércules domou o furioso touro de Creta,
ao qual eram oferecidos jovens em sacrifício.
 Essa tarefa chama a atenção para o controle dos instintos, especialmente da sexualidade.
 Hércules precisava manter o animal vivo:
tinha que domar e governar seu instinto, mas não matá-lo.
Em um mundo com tantos apelos eróticos e sensuais,
esse é um desafio para todos, em especial para os jovens.

  Mitologia

No horizonte erguia-se a ilha onde vivia o touro que ele deveria capturar.
O touro era guardado por um labirinto que desnorteava os homens mais audazes:
o labirinto de Minos, Rei de Creta, guardião do touro.

Cruzando o oceano até à ilha ensolarada,
Hércules iniciou a sua tarefa de procurar o touro e conduzi-lo ao lugar sagrado
onde habitam os homens de um só olho, os Ciclopes.

De um lugar para o outro ele caçava o touro, seguindo a luz que brilhava na testa do animal.
Sozinho ele perseguiu-o, encurralou, capturou e montou, e assim guiado pela luz,
atravessou o oceano rumo à terra dos Ciclopes que eram três
e chamavam-se Brontes, Esterope e Arges.

É importante observar que Minos, Rei de Creta,
o dono do touro sagrado, possuía também o labirinto no qual o Minotauro vivia,
 e o labirinto tem sido sempre símbolo da grande ilusão.
A palavra “labirinto e o touro é um destacado símbolo da grande ilusão.
 Estava separada do continente, e ilusão e confusão são características do eu-separado,
mas não da alma em seu próprio plano,
onde as realidades grupais  e as verdades universais constituem o seu reino.

Para Hércules, o touro representava o desejo animal, e os muitos aspectos do
desejo no mundo da forma, a totalidade dos quais constitui a grande ilusão.

O discípulo, tal como Hércules, é uma unidade separada;
separada do continuente, símbolo do grupo,
pelo mundo da ilusão e pelo labirinto em que vive.
O touro do desejo tem que ser capturado, domado e perseguido
de um ponto a outra da vida do eu-separado,
até ao momento em que o aspirante possa fazer
o que Hércules conseguiu: montar o touro.

Montar um animal significa controlar.
O Touro não é sacrificado, ele é montado e dirigido, sob o domínio do homem.

  Simbologia

Este trabalho está associado ao signo de Touro e a Escorpião.
A consumação do trabalho é realizada em Touro, e o resultado da influência deste signo,
é a glorificação da matéria e a subsequente iluminação por seu intermédio.

Tudo o que atualmente impede a glória, que é a alma, e o esplendor que emana
de Deus dentro da forma, de brilhar em sua plenitude, é a matéria ou
aspecto-forma. Quando esta tiver sido consagrada, purificada e espiritualizada,
então a glória e a luz poderão realmente brilhar através dela.

Neste trabalho procura-se vencer o desejo, representado pelo dono da ilha, que
tem por alimento a fraqueza daqueles que se perdem, na tentativa de capturar o
Touro ou o corpo e que são comandados pelo ego.

Aqui o trabalho de resgate do submundo (Escorpião),
representa as pessoas que no passado ficaram ligadas ao desejo
e que não trabalharam a forma mas sim a sedução,
que não materializaram e se apropriaram das vontades daqueles
igualmente dominados pelo ego e e pelo desejo.
Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o poder
de vencer os vícios e as forças negativas. pelo desejo.
Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o
poder de vencer os vícios e as forças negativas.

    Caminho de Iniciação

Capturar e domar o Touro de Creta foi o próximo Trabalho confiado à Hércules,
protótipo do Homem Solar.
 O Touro representa os mais profundos impulsos sexuais,
passionais, os quais devem ser contidos ou conduzidos de forma produtiva.
Hércules pôs-se à frente do animal, segurou-o pelos chifres com muito esforço e,
 após dominá-lo, montou em seu dorso.

Prender o terrível animal das paixões mais arraigadas da mente humana
é uma tarefa gigantesca.
 Em contrapartida, o Céu de Júpiter é o Nirvana Superior,
a morada dos Elohim, as Dominações do esoterismo cristão.

Na Primeira Montanha,
o Iniciado deve eliminar da face visível de sua Lua pscicológica
os elementos ateístas e materialistas.
Para isso, desce ao correspondente círculo infernal atómico jupiteriano,
onde Dante encontrou os blasfemos, os que odeiam a Deus,
os hereges, os tiranos, os legisladores, os maus governantes,
os líderes perversos, os maus servidores e todos aqueles que abusaram do poder.

Na Segunda Montanha, o Iniciado precisa descer aos infernos do planeta Júpiter
e se defrontar com o terrível e descomunal Touro de Creta
antes de poder subir ao correspondente Mundo Celeste,
onde vivem os Elohim ou as Dominações,
os Hermafroditas Divinos, o Adam-Kadmon, o Primeiro Júpiter.

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Links para os Trabalhos Anteriores:

Sexto Trabalho: A Morte das Aves do Lago Estínfale

Quinto Trabalho: A Limpeza dos Estábulos de Áugias

Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto

Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia

Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna

Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia

Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação

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   http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-7o-trabalho-de-hercules-a-captura-do-touro-de-creta/


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Re: HÉRCULES
« Responder #8 em: Novembro 15, 2013, 17:16:55 pm »
     Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

    Oitavo Trabalho: Captura das Éguas Antropofágicas de Diómedes

                           O Controle da Mente e a Arte de Amar


As Éguas de Diomedes: A Arte de Amar

Hércules teve de enfrentar quatro éguas que se alimentavam de náufragos estrangeiros.
Como no trabalho anterior, esse é mais um passo para o herói se aperfeiçoar na arte de amar.
“Essa é uma iniciação: aprender a entregar o coração com sinceridade,
não se deixar levar pela tentação, movido apenas pela atracção física”.

    Mitologia

Diomedes, filho de Marte, governava uma terra de pântanos
onde criava os cavalos e as éguas para a guerra.
Os cavalos eram selvagens e as éguas eram ferozes,
diante dos quais os homens tremiam, pois elas matavam todos
os que cruzassem seu caminho e procriavam sem cessar
cavalos extremamente selvagens e perversos.

Hércules recebeu a tarefa de capturar as malignas éguas e dar um fim às suas atrocidades.
Por isso, Hércules chamou seu inseparável amigo, Abderis.
Após planear seus actos cuidadosamente, os dois seguiram os cavalos soltos
pelos pântanos da região e, finalmente, encurralaram as éguas bravias
 num campo onde não havia espaço para que se movessem.
Lá ele agarrou-as e acorrentou-as e deu gritos de alegria pelo sucesso alcançado.

Tão feliz se sentia que julgou indigno de si conduzir as éguas até Diodemes
e para isso chamou Abderis, deu-lhe a tarefa e seguiu adiante.
Mas Abderis era fraco e teve medo.
Não conseguiu conter as éguas que se voltaram contra ele
e mataram-no, fugindo em seguida.
Hércules retornou à sua tarefa, mais sábio, presa da dor, humilde e abatido.
Procurou os cavalos por toda a parte, deixando o amigo morto no chão.
Prendeu novamente os cavalos e conduziu-os ele mesmo.
Mas Abderis estava morto.
Os cavalos foram conduzidos para um lugar de paz
para serem domesticados e adestrados e o povo aclamava Hércules
como seu libertador e salvador de sua terra.
Mas seu amigo estava morto e Hércules sabia que o Trabalho estava feito, mas mal feito.
Sabia que havia uma importante lição a aprender dessa tarefa antes de prosseguir.

  Simbologia

Este Trabalho está associado ao signo de Áries.
Áries governa a cabeça, portanto é um signo mental.
Todos os começos se originam no plano mental e na mente do criador.
Consequentemente, está claro que em Áries
começam a correcta direcção e a correcta orientação de Hércules.

O alvo simboliza a atividade intelectual:
o cavalo branco representa a mente iluminada do homem espiritual
e cavalos negros, representam a mente inferior com as suas ideias falsas e errôneos conceitos humanos.

O significado desta prova está agora muito mais evidente.
Hércules tinha que começar no mundo do pensamento para obter o controle mental.
 As éguas do pensamento vinham produzindo cavalos guerreiros
e, através do pensamento errado, da palavra errada e de ideias erróneas, devastavam os campos.

Uma das primeiras lições que todo o principiante tem que aprender
 é o tremendo poder que ele exerce mentalmente,
e a extensão do mal que ele pode causar no meio que o circunda,
através das “éguas reprodutoras da mente”.
 Por isso ele tem que aprender o correcto uso da sua mente
e a primeira coisa a fazer é capturar as éguas
e providenciar para que não gerem mais cavalos guerreiros.

Para aquele que pretende seguir o Caminho,
 basta que dedique um único dia a observar o pensamento
e perceberá que quase todo o tempo, a maldade, o amor,
a fofoca e a crítica estão a ser fertilizadas pelo egoísmo e ilusão.

Hércules compreendeu o mal que as éguas estavam causando
e correu em socorro das pessoas, determinado a capturá-las;
porém ele superestimou-se quando não percebeu a potência e a força que elas possuíam,
 tanto que as entregou a Abderis, o símbolo do eu inferior pessoal.

Hércules, a alma, e Abderis, a personalidade, juntos eram necessários para guardar as éguas.
Sozinho, Abderis não tinha força suficiente e por isso foi morto.

Abderis, incapaz de contrariar quem ama, tal como no signo da Balança,
não teve coragem de enfrentar o seu amigo,
mostrando o seu medo, temendo perder o seu Amor.

Com a morte de Abderis, e a necessidade de tratar do seu corpo,
após o cumprimento da sua tarefa (apanhar as éguas),
Hércules defronta-se com o seu orgulho e vaidade
e com a aprendizagem dos limites entre o eu e o outro.
Enquanto na Libra, o respeito por si próprio ao assumir que não seria capaz de tal tarefa,
 espelha-se no Áries, destemido, que na sua ânsia e coragem de guerreiro,
nem compreende a incapacidade do outro.

Assim funciona a grande lei:
pagamos em nossas próprias naturezas o preço das palavras incorrectamente proferidas
e pelas ações mal julgadas.
 Assim, uma vez mais, a alma da pessoa de Hércules teve que lidar
com o problema do pensamento erróneo, e somente mais tarde
ele consegue realmente atingir o controlo total dos processos de pensamento e de sua natureza.

   Caminho de Iniciação

Capturar as Éguas Antropófagas de Diomedes, foi o próximo Trabalho de Hércules.
As Éguas de Diomedes (um rei cruel da Trácia) devem ser eliminadas dos infernos
do planeta Saturno para que a Consciência, liberada desses átomos, possa subir
ao Céu desse planeta, morada dos Tronos.
O céu de Saturno é o Para-Nirvana.

O Trabalho nos Infernos de Saturno é penoso.
Basta dizer que na Mitologia as Éguas do Rei Diomedes eram alimentadas com carne humana.
Essas éguas representam novos elementos infra-humanos de natureza passional;
evidentemente, são simbólicos animais que vivem junto
 às águas espermáticas (sexo) sempre dispostas a devorar
os fracassados (os que deixam cair no sexo).

Prender as éguas (cavalos) é a tarefa principal, porém,
existem muitos outros trabalhos a serem realizados nos infernos de Saturno.
“Hércules limpou a terra e os mares de toda a classe de mostruosidades, que não de monstros,
vencendo o mago negro Briarco, o dos cem braços,
num dos célebres trabalhos de magia negra Atlante que havia se apoderado de toda a Terra”,
diz um texto histórico antigo.

Portanto, todo classe de tentações e guerras são travados pelo Iniciado
contra as hostes tenebrosas que vivem nos infernos do planeta Saturno.
 São ataques de bruxaria e de magia negra; s
ão tentações sexuais sublimes e bestiais; são seduções maravilhosas e perigosas.

Saturno é o Senhor da Verdade e da Justiça.
Nenhum Adepto poderá ingressar no Céu de Saturno
sem haver sido declarado totalmente “morto” (em si mesmo)
no Palácio da Verdade e da Justiça (o Tribunal do Karma,
regido por Saturno ou Deus Kronos).

Quando uma pessoa, um Iniciado, morre em si mesmo, se converte em criança inocente.
Os Deuses, por mais poderosos que sejam, são crianças;
possuem mente infantil, inocente, porém com a experiência das Idades…


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  http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-8o-trabalho-de-hercules-captura-das-eguas-antropofagicas-de-diomedes-2/

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Re: HÉRCULES
« Responder #9 em: Novembro 15, 2013, 17:31:43 pm »
 
Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

Nono Trabalho: A Tomada do Cinturão de Hipólita


                   A Coragem de Ser Autêntico


O Cinturão de Hipólita: A Coragem de Ser Autêntico

A missão do herói era conseguir o cinturão da rainha das amazonas,
mulheres conhecidas por sua bravura.
Mas não poderia obtê-lo pela força: precisaria ganhá-lo conquistando o coração da guerreira.
Esse trabalho fala sobre a importância de construirmos laços afetivos duradouros.
Ensina que a arte de conquistar uma pessoa não se faz pela força
nem criando ilusões e falsas aparências,
mas pelo respeito ao outro e pela coragem de mostrar quem verdadeiramente somos.

    Mitologia

Este trabalho leva Hércules até às praias onde vivia a grande rainha,
que reinava sobre todas as mulheres do mundo conhecido.
Elas eram suas vassalas e guerreiras ousadas.
Nesse reino não havia homens, só as mulheres reunidas em torno da sua rainha, Hipólita.

A ela pertencia o cinturão que lhe fora dado por Vénus, a rainha do Amor.
Aquele cinturão era um símbolo da unidade conquistada através da luta,
do conflito, da aspiração, da maternidade e da sagrada Criança
para quem toda a vida humana está verdadeiramente voltada.

“Ouvi dizer”, disse Hipólita às guerreiras, “que está a caminho um guerreiro cujo nome é Hércules,
um filho do homem e no entanto um filho de Deus;
 a ele eu devo entregar este cinturão que eu uso.
Deverei obedecer a ordem, oh Amazonas, ou deveremos combater a palavra de Deus?”
 Enquanto as Amazonas reflectiam sobre o problema, foi passada uma informação,
dizendo que ele se havia adiantado e estava lá,
esperando para tomar o sagrado cinturão da rainha guerreira.

Hipólita dirigiu-se ao encontro de Hércules.
Ele lutou com ela, combateu-a, e não ouviu as palavras sensatas que ela procurava dizer.
Arrancou-lhe o cinturão, somente para deparar-se com as mãos dela
estendidas e lhe oferecendo a dádiva, oferecendo o símbolo da unidade e amor, de sacríficio e fé.

Entretanto, tomando-o, ele, matou quem lhe dera o que ele exigira.
E enquanto estava ao lado da rainha agonizante, consternado pelo que fizera,
 ele ouviu a voz do mestre que dizia:
 “Meu filho, por que matar aquilo que é necessário, próximo e caro?
Por que matar a quem você ama, a doadora das boas dádivas, guardiã do que é possível?
 Por que matar a mãe da Criança sagrada?

Novamente registamos um fracasso. Novamente você não compreendeu.
Ou redimirá este momento, ou não mais verá a minha face.”

Hércules partiu em silêncio deixando as mulheres lamentando a perda da liderança e do amor.
Quando ele chegou às costas do grande mar, perto da praia rochosa,
 ele viu um monstro das profundezas trazendo presa em suas mandíbulas a pobre Hesione.
Os seus gritos e suspiros elevavam-se aos céus e feriram os ouvidos de Hércules,
perdido em remorsos e sem saber que caminho seguir.
Dirigiu-se prontamente em sua ajuda quando ela desapareceu
nas cavernosas entranhas da serpente marinha.

Esquecendo-se de si mesmo, Hércules nadou até o monstro
e desceu até o fundo do seu estômago onde encontrou Hesione.
Com a sua mão esquerda ele agarrou-a e segurou-a junto a si,
enquanto com a sua espada se esforçou
para abrir caminho para fora do ventre da serpente até a luz do dia.
 E assim ele salvou-a, equilibrando seu feito anterior de morte.
Pois assim é a vida: um ato de morte, um ato de vida,
e assim os filhos dos homens, que são filhos de Deus,
aprendem a sabedoria, o equilíbrio e o caminho para andar com Deus.

  Simbologia

Este trabalho está associado à Virgem,
signo onde a consciência de Cristo é concebida e nutrida através do período de gestação
 até que por fim em Peixes, o signo oposto, o salvador mundial nasce.

Note-se que nos dois Trabalhos onde Hércules vence,
na verdade, são os dois onde ele se saiu mal justamente com os seus opostos,
femininos (as éguas bravias e a rainha das Amazonas).

Assim a guerra entre os sexos é de origem antiga,
na verdade, está inerente na dualidade da humanidade.
O Leão é o rei dos animais.
 Nele alcançamos a personalidade integrada;
mas em Virgem é dado o primeiro passo para a espiritualidade,
a alma é chamada de filho da mente, e Virgem é regida por Mercúrio, que leva a energia da mente.

É em virgem que, o mau uso da matéria
representa o maior erro de toda a peregrinação de Hércules:
atentar contra o Espírito Santo; quando ele não compreendeu que a rainha das Amazonas
devia ser redimida pela unidade, e não morta,
e foi aí que ele sentiu a dor do signo de Peixes,
diante do sofrimento humano provocado pela violência e pela agressividade,
criada muitas vezes pela falta de diálogo ou até mesmo de compreensão.

O cinto é o símbolo da união e do amor, e ele mata quem lho quisera entregar por amor a Deus.
Aqui o herói é abatido pela depressão e pena que sente de si mesmo, característica de Peixes.

Ao salvar Hesione da boca do monstro,
Hércules compreende que tudo o que se faz, se reflecte no universo eternamente,
e que para que o ser pare de sofrer, deve compreender que a dor é uma forma de redenção
 e aprendizagem que nos conduz ao crescimento.
Que a aceitação da imperfeição do mundo é um caminho para atingir a perfeição.

Enquanto nos martirizamos com a culpa do mal feito,
não assumimos a responsabilidade dos erros, mas quando aceitamos esta responsabilidade,
 transformamos esta dor em atitude, fazemos o bem e libertamo-nos das amarras do sofrimento.
É neste momento e com esta tomada de consciência que passamos do trabalho ao serviço à humanidade.

   Caminho de Iniciação

Na Mitologia Esotérica, o Nono Trabalho de Hércules
corresponde à conquista do Cinto de Ouro de Hipólita – a Raimnha das Amazonas –
 viva alegoria do aspecto psíquico feminino oculto e mais delicado de nossa íntima natureza.

Durante este trabalho, o Iniciado é atacado naquilo que ele tem de mais fraco: o sexo.
 As Amazonas, suscitadas por Hera (um dos aspectos de nossa Mãe Divina),
assediam com seus encantos femininos o caminhante que adentra seus domínios;
usam de todas as artimanhas da sedução para infligir fatal derrota ao nobre e valente guerreiro
que está prestes a conquistar sua rainha com seu precioso cinto,
uma vez que o cinto sem a rainha não possui nenhuma beleza…

Mas infeliz do Hércules que se deixa cair ou seduzir
por essas beldades dotadas de beleza enfeitiçadora.
Apoderar-se do Cinto de Hipólita consiste, justamente, em não se deixar seduzir
ou cair sob o hipnotismo de tais provocações sexuais femininas;
significa dominar totalmente os sentidos, a mente e as sensações físicas e psíquicas.
 O Hércules que tem total domínio sobre si acaba conquistando a Rainha das Amazonas,
não pela força, mas pelo amor, pelo respeito e pela veneração ao Feminino Cósmico.

Neptuno é o Senhor da Magia.
Portanto, torna-se evidente que o inferno de Neptuno é habitado
pelos magos negros mais terríveis e pela magas tenebrosas de beleza fatal e maligna.

Durante este Trabalho, o alegórico Castelo do tenebroso Klingsor,
autêntico templo de magia negra, deve ser totalmente destruído.
Quando o castelo cair em pedaços, o Iniciado, vencedor da terrível batalha contra si mesmo,
ganha o direito de ingressar no  Céu do Senhor Neptuno, o Empíreo,
a região dos Serafins, criaturas do amor e expressões diretas da Unidade Divina.


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Links para os Trabalhos Anteriores:

Oitavo Trabalho: Captura das Éguas Antropofágicas de Diomedes

Sétimo Trabalho: A Captura do Touro de Creta

Sexto Trabalho: A Morte das Aves do Lago Estínfale

Quinto Trabalho: A Limpeza dos Estábulos de Áugias

Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto

Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia

Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna

Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia

Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação

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   http://www.antroposofy.com.br/wordpress/simbologia-oculta-o-9o-trabalho-de-hercules-a-tomada-do-cinturao-de-hipolita/

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Re: HÉRCULES
« Responder #10 em: Julho 30, 2014, 22:06:31 pm »


Simbologia Oculta – Os 12 Trabalhos de Hércules

  Décimo Trabalho: A Captura do Gado Vermelho de Gerião

            A transcendência da animalidade




O Gado Vermelho de Gerião: A transcendência da animalidade e da matéria
Hércules empreendeu uma grande viagem para derrotar o rei Gerião
e se apoderar de seus bois.
Enfrentou também o gigante Anteu,
invencível porque, cada vez que tocava a terra, recobrava as forças.
Para derrotá-lo, ergueu-o no ar.
Essa é uma lição de desapego, sobre derrotar a cobiça e o materialismo.
Gerião e os bois simbolizam as posses.
A verdadeira riqueza, que é eterna, está dentro de nós.
São nossos sentimentos e valores.

Mitologia

O Mestre chamou Hércules e disse-lhe:
Vai até aquele lugar sombrio chamado Eritéia, onde a Grande Ilusão está entronizada;
onde Gerião, o monstro de três cabeças, três corpos e seis mãos, é rei e senhor.
À margem da lei ele mantém um rebanho de gado vermelho escuro.
De Eritéia deves trazer até a nossa Sagrada Cidade, este rebanho.
Cuidado com Euritião, o pastor, e seu cão de duas cabeças Ortus.”
E depois de uma pausa continuou:
“Mais um aviso posso dar. Invoca a ajuda de Hélio.”

Hércules partiu e no templo, fez oferendas a Hélio, o deus do fogo e do sol.
Por sete dias Hércules meditou, e depois mereceu dele um favor.
Um cálice dourado caiu no chão aos seus pés.
Ele sentiu no seu íntimo que esse objeto brilhante o capacitaria a cruzar os mares
para alcançar o país de Eritéia. E assim foi.
Sob a segura proteção do cálice dourado, ele velejou pelos mares agitados até chegar a Eritéia.

Numa praia naquele país distante, Hércules desembarcou.
Não muito longe dali ele chegou a um pasto onde o gado vermelho escuro pastava.
Era guardado pelo pastor Euritião e o cão de duas cabeças, Ortus.
Quando Hércules se aproximou, o cão lançou-se como uma flecha para ele,
rosnando ferozmente, tentando alcançá-lo.
Com um golpe decisivo Hércules derrubou o monstro.
Então, Euritião amedrontado pelo bravo guerreiro que estava diante dele,
suplicou que a sua vida fosse poupada. Hércules concedeu-lhe o pedido.
Conduzindo o gado vermelho-sangue adiante dele, Hércules voltou a sua face para a Cidade Sagrada.
Ainda não estava muito longe daquelas pastagens quando percebeu
que o monstro Gerião vinha em louca perseguição.
Logo Gerião e Hércules estavam face-a-face.
Exalando fogo e chamas de todas as três cabeças simultaneamente,
o monstro avançou sobre ele.
Esticando bem o seu arco, Hércules lançou uma flecha que parecia queimar o ar
 e que atingiu o monstro no seu flanco.
 Tamanho foi o ímpeto com que fora lançada, que todos os três corpos de Gerião foram perfurados.
Com um guincho desesperado, o monstro oscilou, depois caiu, para nunca mais se levantar.

Hércules conduziu, então o lustroso gado para a Cidade Sagrada.
Difícil foi a tarefa.
Volta e meia alguns bois se desgarravam e Hércules deixava o rebanho
para procurar aquelas cabeças que se perdiam.
Através dos Alpes ele conduziu o seu rebanho até Halia.
Onde quer que o mal tivesse triunfado, ele golpeava as forças do mal com golpes mortais,
e corrigia a balança em favor da justiça.
Quando Eryx, o lutador, o desafiou, Hércules o derrubou tão vigorosamente que ele permaneceu caído.

Novamente quando o gigante Alcioneu lançou sobre Hércules,
uma rocha que pesava uma tonelada,
este último a deteve com a sua clava e a mandou de volta, matando o seu agressor.

Às vezes ele perdia o seu rumo, mas sempre se voltava, refazia os seus passos, e prosseguia.
Embora exausto por este cansativo trabalho, Hércules por fim voltou.
Quando chegou, o Mestre que o esperava, disse-lhe:
“A jóia da imortalidade pertence-te.
Por este Trabalho tu superaste o humano e te revestiste do divino.
No firmamento estrelado o teu nome será inscrito,
um símbolo para os batalhadores filhos dos homens, de seu imortal destino.
Os trabalhos humanos estão encerrados, tua tarefa Cósmica começa”.

Simbologia
Em Peixes/Virgem, Hércules termina um grande ciclo de realizações
que marcam a sua libertação das formas terrestres
e da maioria dos apegos que prendem os homens à roda de reencarnações.
É aqui que o homem crítico e rígido do passado aprende a ter fé.

Hércules tem que conduzir o rebanho de gado vermelho-sangue (representa a quinta raça)
para fora das terras da ilusão até à Cidade Sagrada.
Para desempenhar a sua tarefa, é advertido de que deverá invocar Hélio – Deus do sol,
senhor da luz e da consciência, que só se consegue encontrar nos planos interiores do ser.

Aqui ficamos a saber, que a união da consciência cósmica com a terrestre,
e o apelo a esse deus interior que existe dentro de todos nós,
é imprescindível para enfrentar tarefas que exigem um esforço maior.
Hércules medita em consciência, na sua essência repleta de luz, que significa a busca de Peixes,
ser que vem ao mundo para compreender a própria essência e para se revelar como fé.

Como resultado da sua meditação, recebe o Santo Graal – cálice dourado – depósito de toda a sabedoria.

É com a frieza de Virgem que Hércules consegue enfrentar Gerião,
mas esta frieza levada ao extremo pode revelar-se em tirania,
daí que o bom senso demonstra bem o signo de Peixes em equilíbrio.
O lutador com que Hércules se debate, mostra a raiva contida de peixes
e falta de firmeza na sua própria colocação e acção no mundo; e
 o ter que abandonar momentaneamente o rebanho para ir apanhar algum boi desgarrado,
demonstra também a dificuldade que o signo de peixes sente com os imprevistos.

Quando chega à cidade sagrada e ouve “A jóia da imortalidade pertence-te.
Por este Trabalho tu superaste o humano e te revestiste do divino.
De volta ao lar viestes, para não mais partires.
No firmamento estrelado o teu nome será inscrito,
um símbolo para os batalhadores filhos dos homens, de seu imortal destino.
Os trabalhos humanos estão encerrados, tua tarefa Cósmica começa”,
aprende finalmente que necessitava de ter coragem e fé para ver tudo o que viu,
e que estes valores são o seu legado para os seus irmãos.
E para o conseguir, o homem tem que tirar o seu Cristo da cruz e caminhar ao seu lado..


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Links para os Trabalhos Anteriores:
Nono Trabalho: A Tomada do Cinturão de Hipólita
Oitavo Trabalho: Captura das Éguas Antropofágicas de Diomedes
Sétimo Trabalho: A Captura do Touro de Creta
Sexto Trabalho: A Morte das Aves do Lago Estínfale
Quinto Trabalho: A Limpeza dos Estábulos de Áugias
Quarto Trabalho: A Captura do Javali de Erimanto
Terceiro Trabalho: A Captura Corça Cerínia
Segundo Trabalho: A Hidra de Lerna
Primeiro Trabalho: A Morte do Leão de Neméia
Os 12 Trabalhos de Hércules x O Caminho da Iniciação
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    Om shanti