Olá, amigos.
Na sexta-feira passada aconteceu-me algo que até agora me deixa com algumas dúvidas, como sempre a senhora dúvida.
De regresso a casa e como sempre no meu laboratório ambulante (autocarro), decidi descansar os olhos após mais um capitulo do livro "Luz sobre o caminho" (uma versão diferente de "Luz no Caminho" de Mabel Collins), este descansar de olhos não seria muito prolongado uma vez que já me encontrava a uns 15km da Cidade.
Fechei os olhos, e fiquei na minha pequena luta de diálogos internos, não posso precisar quais eram pois já não me recordo, mas estavam relacionados com o livro e seus ensinamentos.
O que se passou a seguir foi algo que nunca me tinha sucedido, vou tentar explicar em poucas palavras para não gerar confusão, se é que existam palavras que possam descrever tal sensação.
Só me recordo de estar parado em frente ao Triângulo Dourado (restaurante) virado para o quiosque amarelo já fechado na exacta posição em que estava no autocarro, a imagem era tão nítida como se estivesse de olhos abertos, aqui sinto as minhas dúvidas e contradições, em que umas são anuladas pelo facto de usar lentes de contacto, e quem as usa sabe que quando se serra os olhos por algum tempo e adormece, ao abrir os olhos por vezes as lentes não ficam devidamente posicionadas o que distorce a imagem.
Dei por mim já de olhos abertos a tentar pestanejar para colocar as lentes no sitio e gerar um pouco de lágrima para as lentes rodarem, a cabeça parecia meio tonta, onde estou? É pá! Tenho que sair aqui! Meio louco, com as pernas a responderem mal a respiração mal controlada e uma grande confusão de pensamentos, lá tirei o corpo do autocarro que começou a andar como sempre faz na mesma direcção diariamente.
Dei por mim a pensar "Pára! Para onde vais!" "Onde é que estás?" "Onde tens o carro?", meio louco ainda.
Parei completamente, pensei "Realmente já vou na direcção errada, hoje deixei o carro mesmo na estação", lá voltei para trás e tomei outra rua. Fui o resto do caminho na direcção do carro a pensar no que me tinha acontecido.
Tenho pensado que vinha mesmo com o corpo a dormir e de olhos bem fechados, enquanto eu me debatia com os textos lidos.
Que interesse tem este texto, para dizer a verdade não sei, porque o escrevo também não sei, mas que me deixa grande confusão, deixa.
Será que foi intuição, "Atenção está neste local, sai!!!!" e a imagem da zona algo já retido no meu cérebro, pois conheço a rua de tanto lá parar. Mas se é intuição, como funciona? Se estava a dormir? Porque surge a imagem daquele local exactamente no sitio?
Se não dormia em que estado estava? Se os olhos estavam abertos porque não estavam as lentes no sitio correcto? A probabilidade de elas caírem dos olhos ao primeiro pestanejar seriam elevadas pois estavam secas, aqui não tenho dúvidas que os tinha bem fechados, pois são muitos anos a usar lentes de contacto semi-rígidas e sei exactamente cada sensação e como actuam os olhos de forma automática.
Ainda não consegui relacionar com os textos que vinha a ler..., será apenas mais uma experiência, bem certo será que mais mês menos mês virá a explicação.
Om Mani Padme Hum e A PAZ seja convosco.
